COMUNICADO A
IMPRENSA
PDSSG, UPG, UNDP, FD,
PDG, UDS, LIPE, FLING, PRP, PPD, PP, MP, PADEC, CD, partidos políticos legalmente constituídos defen-dem que o poder Judicial em
qualquer parte do Mundo, tem o compromisso de cumprir e fazer cumprir a Constituição
e as Leis do País. Seria deveras catastrófico se a reposição da legalidade constitucional,
não fosse reposta neste caso de perda ilegal e fraudulenta de mandatos dos 15 Deputados
do PAIGC, resultado da independência do poder Judicial ao poder Politíco no
nosso País contrariamente de que muita gente pretende advogar.
A luta dos partidos legalizados sem assento parlamentar,
nesta grave crise política que assola o País, não visa a criação de
instabilidade política ou a luta desmedida pelo poder, mas sim, como demostra o
seu posicionamento após as últimas eleições legislativas, em que voluntariamente
se remeteram ao silêncio total, concretamente a uma moratória de 2 (dois) anos
para que houvesse condições para uma melhor governação do País sem sobressaltos,
deixando premeditadamente o País sem uma
oposição politica.
Tinha
ainda como objectivo a consolidação e instituição de um
Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e
individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a
igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna,
pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida na
ordem interna e internacional, perfilando por uma solução pacífica das controvérsias na esperança de se deixarem para trás
as velhas práticas de ilegalidades e atrocidades que dominaram o País durante
os últimos 42 anos .
Entendemos que na
Guiné Bissau ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei, basta de MACHUNDADIS, de super homens.
O lider do PAIGC, “MACHU” Domingos Simões Pereira, não
entendendo esse posicionamento, optou pela arrogância, pela divisão, pelo ódio,
pelo ajuste de contas, pelo amiguismo, pela corrupção generalizada, pela
perseguição, pela demagogia, pela falácia, pela institucionalização de um estado
anti-democrático, enfim por tudo aquilo que não beneficiasse a Guiné e aos Guineenses.
DSP, Domingos Simões Pereira, incapaz de liderar
pacificamente e consensualmente o PAIGC, de
brigas em brigas endémicas no seu seio, conduziu o partido mais votado
nas últimas eleições a uma fragmentação interna, resultando numa completa
degradação da antiga maioria, devastada por lutas e divisões jamais
inconciliáveis no seu seio, evidênciando ao longo dos últimos sete
meses uma total incapacidade de formar uma maioria necessária para a governabilidade do País.
Demetido
pelo Presidente da República, ferido e inconsolado associado ao seu
egocentrismo, faz transbordar para o
Estado a crise interna do seu Partido de
uma forma negativa e deliberada, envolve as instituições públicas do país,
nomeadamente, o Parlamento sem qualquer responsabilidade inerente ao cargo
público para que fora investido.
Ao
perceber que mesmo no seu seio, no Partido e no seu grupo parlamentar, também
está a perder, envereda por um caminho de ilegalidades e trafolhices jamais
materializadas por um governante na Guiné, culminando com a expulsão de 15
Deputados no seu Partido e no Parlamento, pelo simples facto de estes
entenderem abster-se relativamente a uma matéria com o qual não concordam, tal
facto levou DSP a decretar que os mesmos deixaram de “preencher uma das
condições de elegibilidade como deputados.” e por consequência deveriam perder os seus mandatos,
sendo substituídos por Deputados mais obedientes e subservientes.
Perante
esta grosseira decisão ilegal e inconstitucional, à luz do
ordenamento jurídico da Guiné-Bissau, não podiam os Partidos subscritores
do presente comunicado de imprensa manter-se em silêncio.
Assim, reaparecem no cenário politico, na defesa da
Constituição e da legalidade democrática, exigindo a reposição da mesma,
predispondo-se estes Partidos na continuação da sua luta pela dignidade da
actividade politica na Guiné Bissau.
No passado dia 8 de fevereiro o Tribunal Regional de Bissau
veio dar razão à luta movida pelos Partidos Politicos Legalizados quando se solidarizaram
com os 15 deputados do PAIGC, na procura da legalidade, ordenando a anulação da
decisão do Parlamento que os suspende, confirmando assim que o que move este
grupo de Partidos é sómente a luta por um Estado de direito democrático, pela
legalidade e pelo respeito da Constituição da República.
Crentes também que de seguida será declarada a
inscontitucionalidade do actual governo de Carlos Correia e a sua consequente
demissão à luz da nossa Constituição, ao abrigo dos artºs 104º, nº 1, d) e do artº 69, alinea b) e conjugado com artº 104, nº1,
alinea b), a luta por esses objectivos prosseguirá.
Para terminar, os Partidos aqui representados exortam o Poder Judicial, que num Estado de direito democrático
cabe- os tutelar os direitos e o direito.
É neste sentido que se pretende que os
tribunais sejam chamados a contribuir para a efectivação dos direitos,
liberdades e garantias dos cidadãos e a defesa da legalidade.
O Poder Judiciário declara o direito
defendendo a Constituição. Além disso, cabe ao Poder Judiciário
controlar os demais Poderes do Estado, tendo como parâmetro a Constituição e
ainda assegurar a efectiva aplicação
do direito, em especial dos direitos fundamentais.
É nesse sentido que exigimos ao Poder
Judicial Guineense para que seja de per si independente do Poder Executivo a
bem da Justiça e do Povo Guineense.
VIVA A
GUINÉ BISSAU
Bissau 10
de fevereiro de 2016
Os
Partidos
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