quinta-feira, 4 de novembro de 2021

 ESTUDAR/PENSAR ANTES DE AGIR 

Os alicerces da estabilidade, da democracia e do desenvolvimento não estão assentes no açambarcamento (e na acumulação) de poderes constitucionais. 

Quem acredita nessa fórmula talvez não tivesse estudado suficientemente bem as vantagens históricas que as independências institucionais e do mercado e assim como a separação de poderes propulsionaram aos países mais avançados. 

Considero-me um subscritor da tese da liberdade (e da estabilidade) institucional como um dos elementos mais importantes para o desenvolvimento de qualquer país. 

E essa tal liberdade institucional nunca deve ser confundida com a falta de hierarquia. Da mesma forma, o absolutismo do poder raramente significa a harmonização da cidadania e dos esforços nacionais. 

Dito de uma forma simples, a Guiné-Bissau não precisa de homens fortes. Precisamos fundamentalmente de instituições fortes,  independentes e funcionais.

Assim, mais uma vez, é preciso pensar/estudar antes de agir. E pensar, sobretudo, pelas nossas próprias cabeças, como dizia o nosso saudoso líder, Amílcar Lopes Cabral.

É mais fácil evitar um erro de que tiver que corrigi-lo mais tarde. 


--Umaro Djau 

4 de Novembro de 2021

terça-feira, 2 de novembro de 2021

 MEA CULPA (POR NOSSA CULPA)

Quando um partido político, um deputado da nação ou um Presidente da República acredita que o eleitor não terá outra escolha senão reelegê-los;

Quando um partido político, um deputado da nação ou um Presidente da República acredita que não haverá prejuízos eleitorais em resultado do seu comportamento público;

Então, esse mesmo partido político, deputado da nação ou Presidente da República não terá incentivo nenhum em fazer mais e melhor, sobretudo na ausência da moralidade política.

Em tais circunstancias, como é o caso da Guiné-Bissau, os tais partidos políticos, os tais deputados da nação e/ou os tais Presidentes da República têm poucos incentivos para avaliar cuidadosamente os riscos associados com as suas acções e comportamentos.

Em consequência disso, assumem cada vez riscos mais elevados (e desprezíveis) em relação ao eleitor.

Por nossa culpa. Infelizmente.


--Umaro Djau

2 de Novembro de 2021