OS "VETERANOS" DO PAIGC
Tem-se falado muito, nos últimos dias, sobre os "veteranos" do PAIGC. A minha questão prende-se com o seguinte: será que, na verdade, existe algum órgão estatutário com esta designação previsto no PAIGC, cujo mandato visa dirimir conflitos internos e externos ao partido libertador? Nka fia!
Embandeiram em arco dizendo que "Os veteranos do partido auscultaram individualmente José Mário Vaz, Cipriano Cassamá e Domingos Simões Pereira, para saber se as alegadas desavenças entre os três têm fundamento ou não e quais os motivos." Que eu saiba, o Presidente da República, José Mário Vaz, é Presidente de todos os guineenses. A função de Presidente na Guiné-Bissau é apartidária. Portanto, não presta vassalagem a nenhum partido político em concreto. Por isso, não deixa de ser perigoso a mistura propositada de alho com bugalho, por parte de quem lançou a notícia desta forma.
Noticiou o Progresso Nacional Fascista que "Após estas diligências, os veteranos do PAIGC, que se manifestaram “preocupados com a falta de sintonia entre principais dirigentes políticos”, auscultaram os 91 membros do Bureau Político, que, por sua vez, sugeriram um encontro entre as partes." Ai, será que a situação não está ainda suficientemente madura para a realização de um congresso extraordinário? Como os "veteranos" podem desperdiçar energia em vão? Son Pó! O PAIGC já nos habituou à dita falta de sintonia no seu seio, desde os primórdios da independência do país, entre Luís Cabral e Francisco Mendes (Chico Té), cujo desfecho culminou no assassinato deste.
Nô kansa tchora!
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