sexta-feira, 13 de março de 2015

MESA REDONDA A ILUSÃO DA SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS DA GUINÉ-BISSAU
“A obsessão internacional para o controlo dos Estados ditos “frágeis, falhados e em colapso”, projectados na arena internacional sempre pela negativa, como tem sido o caso da Guiné Bissau, contribui em grande medida para a substituição da necessidade da comunidade internacional, fazer da Guiné- Bissau um país modelo, pela lógica do caso sem solução, pela desilusão crónica e pela internalização das responsabilidades, maus politicos, maus militares, maus quadros, mau Povo, ou seja, um País de malfeitores, etc,etc.

Ao receber permanentemente tratamento de excepção ou emergência, nada é discutido com seriedade internamente e politicamente, mas sim, tratado burocraticamente pelo “lobi” da CPLP, Angola e agora os Caboverdeanos com os potênciais doadores; harmonizam-se políticas pelo mínimo denominador comum como a  “Matriz de Compromissos da UE para a Guiné Bissau”, que felizmente nem o DSP cumpre, pois o chefe de estado maior, os chefes dos ramos militares e alguns membros do governo foram e estiveram com a transição, criando supostamente instituições favoráveis à paz e desenvolvimento, sem nunca discutir que tipo de paz e desenvolvimento se procura fomentar para a Guiné Bissau e para os Guinnenses e qual o Povo pretende. 

Fica cada vez mais claro que o que está realmente em causa nas intervenções da CPLP, Angola e Cabo Verde e ainda dos doadores tradicionais da Guiné-Bissau é nada mais do que a sua própria protecção de interesses”.
Como Guineense, Patrióta e que ama a sua Pátria, parecem-me ambiciosas, irrealistas e megalomanas as metas que o Governo de Simões Pereira traçou para a Mesa Redonda de Bruxelas.

Antes de mais convém enfatizar que uma mesa redonda não é uma mesa de doações e ofertas, mas sim uma mesa de promessas de empréstimos e de endividamento futuro dos Estados ditos pobres para as gerações vindouras.
A actual crise institucional que se vive na Guiné Bissau, entre o Presidente da República e o Primeiro Ministro, queira-se ou não, valorizada ou desvalorizada, influenciarão o despecho desta tão propalada mesa redonda como ùnica tabúa de salvação para a Guiné Bissau.

O Povo Guineense cansado já nem quer saber o que é a tão falada mesa redonda, alvitra sómente esperança que no seu entendimento serão ofertas que trarão mais ajuda ao País e boas soluções, não imagina que se trata do maior empréstimo desde que o Estado da Guiné Bissau é um Estado livre e independente, que este governo de DSP persegue e que isso é concerteza um assunto bastante sério,pois poderá comprometer o futuro dos seus filhos se esses empréstimos forem mal  administrados e aplicados como tem sido apanágio do PAIGC desde a independência a esta parte.

Portanto é bom que fique claro que ninguém dá nada a ninguém sem troca, que o que a UE, Angola, Cabo Verde com o readitar da UNIDADE GUINÉ CABO VERDE, proclamado de novo por DSP, e demais interessados pretendem são as contrapartidas das nossas riquezas, como dizia, portanto a solução está nos Guineenses na forma como aplicarão estes empréstimos de forma séria ou não e em bons ou maus projectos, realistas ou irrealistas de forma a poderem solve-los no futuro.

 A actual conjuntura política e económica internacional   são pouco favoráveis para a realização de uma mesa redonda com os mesmos tradicionais doadores quase todos eles em crises internas, regionais ou a nivel global.

 Nesta óptica os resultados esperados pelo Governo de DSP dificilmente serão alcançados, ficando muito aquém das miragens dos bilhões de doláres projectados.


 Os primeiros  projectos serão implementada entre 2015 a 2016 representando o conjunto dos mesmos um custo global de cerca de 500 biliões de francos CFA, ou seja, um bilião de dólares americanos, correspondendo as prioridades imediatas projectos ligados à defesa e segurança, justiça e reconciliação nacional . Pretenção que considero bastante irrealista e irresponsável para um ano,nomeadamente as reformas das forças armadas, da justiça e a reconciliação nacional, por outro lado dado a estrutura sequencial e sucessória dos projectos, basta que falhe um para que  a “canua incadja”.

Portanto mesmo conseguindo promessas de empréstimos que rondem os 500 milhões de doláres, valor que será mais realista, todo o ambicioso projecto de DSP e dos seus académicos caíra por terra, sendo este o cenário mais provavél.

Nada mudará no País, é bom que se acabe o mais rápidamente possivel com esta grande farsa de que o DSP poderá salvar o País.Haver vamos! A ùnica certeza que temos e sabemos é que DSP, JOMAV e companhia saírão mais ricos deste embuste que só servirá para os manter no poder para servirem os interesses de Angola, Portugal e Cabo Verde.
Enquanto não existir transparência, seriedade, legalidade na gestão do nosso Estado nada mudará, garanto-vos, e isso não o conseguiremos com DSP e JOMAV, porque ambos são farinha do mesmo saco, acabarão por encontrar um denominador comum que interessa aos dois, roubar quanto mais melhor e abrir as pernas aos angolanos,portugueses e caboverdianos.


Dr. José Almeida

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.