MESA
REDONDA A ILUSÃO DA SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS DA GUINÉ-BISSAU
“A
obsessão internacional para o controlo dos Estados ditos “frágeis, falhados e
em colapso”, projectados na arena internacional sempre pela negativa, como tem
sido o caso da Guiné Bissau, contribui em grande medida para a substituição da
necessidade da comunidade internacional, fazer da Guiné- Bissau um país modelo,
pela lógica do caso sem solução, pela desilusão crónica e pela internalização
das responsabilidades, maus politicos, maus militares, maus quadros, mau Povo,
ou seja, um País de malfeitores, etc,etc.
Ao
receber permanentemente tratamento de excepção ou emergência, nada é discutido
com seriedade internamente e politicamente, mas sim, tratado burocraticamente
pelo “lobi” da CPLP, Angola e agora os Caboverdeanos com os potênciais
doadores; harmonizam-se políticas pelo mínimo denominador comum como a “Matriz de Compromissos da UE para a Guiné
Bissau”, que felizmente nem o DSP cumpre, pois o chefe de estado maior, os
chefes dos ramos militares e alguns membros do governo foram e estiveram com a
transição, criando supostamente instituições favoráveis à paz e
desenvolvimento, sem nunca discutir que tipo de paz e desenvolvimento se
procura fomentar para a Guiné Bissau e para os Guinnenses e qual o Povo
pretende.
Fica cada vez mais claro que o que está realmente em causa nas
intervenções da CPLP, Angola e Cabo Verde e ainda dos doadores tradicionais da
Guiné-Bissau é nada mais do que a sua própria protecção de interesses”.
Como Guineense, Patrióta e que
ama a sua Pátria, parecem-me ambiciosas, irrealistas e megalomanas as metas que
o Governo de Simões Pereira traçou para a Mesa Redonda de Bruxelas.
Antes de mais convém enfatizar que uma mesa redonda
não é uma mesa de doações e ofertas, mas sim uma mesa de promessas de
empréstimos e de endividamento futuro dos Estados ditos pobres para as gerações
vindouras.
A actual crise institucional que
se vive na Guiné Bissau, entre o Presidente da República e o Primeiro Ministro,
queira-se ou não, valorizada ou desvalorizada, influenciarão o despecho desta
tão propalada mesa redonda como ùnica tabúa de salvação para a Guiné Bissau.
O Povo Guineense cansado já nem
quer saber o que é a tão falada mesa redonda, alvitra sómente esperança que no
seu entendimento serão ofertas que trarão mais ajuda ao País e boas soluções,
não imagina que se trata do maior empréstimo desde que o Estado da Guiné Bissau
é um Estado livre e independente, que este governo de DSP persegue e que isso é
concerteza um assunto bastante sério,pois poderá comprometer o futuro dos seus
filhos se esses empréstimos forem mal
administrados e aplicados como tem sido apanágio do PAIGC desde a
independência a esta parte.
Portanto é bom que fique claro
que ninguém dá nada a ninguém sem troca, que o que a UE, Angola, Cabo Verde com
o readitar da UNIDADE GUINÉ CABO VERDE, proclamado de novo por DSP, e demais
interessados pretendem são as contrapartidas das nossas riquezas, como dizia,
portanto a solução está nos Guineenses na forma como aplicarão estes
empréstimos de forma séria ou não e em bons ou maus projectos, realistas ou
irrealistas de forma a poderem solve-los no futuro.
A actual conjuntura política e económica
internacional são pouco favoráveis para
a realização de uma mesa redonda com os mesmos tradicionais doadores quase
todos eles em crises internas, regionais ou a nivel global.
Nesta óptica os resultados esperados pelo
Governo de DSP dificilmente serão alcançados, ficando muito aquém das miragens
dos bilhões de doláres projectados.
Os primeiros
projectos serão implementada entre 2015 a 2016 representando o conjunto
dos mesmos um custo global de cerca de 500 biliões de francos CFA, ou seja, um
bilião de dólares americanos, correspondendo as prioridades imediatas projectos
ligados à defesa e segurança, justiça e reconciliação nacional . Pretenção que
considero bastante irrealista e irresponsável para um ano,nomeadamente as
reformas das forças armadas, da justiça e a reconciliação nacional, por outro
lado dado a estrutura sequencial e sucessória dos projectos, basta que falhe um
para que a “canua incadja”.
Portanto mesmo conseguindo
promessas de empréstimos que rondem os 500 milhões de doláres, valor que será mais
realista, todo o ambicioso projecto de DSP e dos seus académicos caíra por
terra, sendo este o cenário mais provavél.
Nada mudará no País, é bom que se
acabe o mais rápidamente possivel com esta grande farsa de que o DSP poderá
salvar o País.Haver vamos! A ùnica certeza que temos e sabemos é que DSP, JOMAV
e companhia saírão mais ricos deste embuste que só servirá para os manter no
poder para servirem os interesses de Angola, Portugal e Cabo Verde.
Enquanto não existir
transparência, seriedade, legalidade na gestão do nosso Estado nada mudará,
garanto-vos, e isso não o conseguiremos com DSP e JOMAV, porque ambos são
farinha do mesmo saco, acabarão por encontrar um denominador comum que
interessa aos dois, roubar quanto mais melhor e abrir as pernas aos
angolanos,portugueses e caboverdianos.
Dr. José Almeida
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