quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Existem guineenses que realmente ainda desejam o bem entre os guineenses.
Mais uma pessoa a mediar entre eu e a Ministra de Justiça.
Pois bem, dentro de momentos o meu esclarecimento e os meus pedidos de desculpas.  Obrigado ao Sr. Samuel Vieira e ao sr. José Fernando que desde esta manhã tem estado a procurar um concenso entre eu e a Ministra.  E por outro lado a algumas personalidades politicas e do atual governo que me ligaram para que baixasse os braços no bom sentido.
Sendo assim dentro de momentos uma nota especial a Ministra de Justiça Carmelita Pires.  As 18 horas será públicado. Bissau e Inglaterra, com o mesmo fuso horário.


Doka.
Antes de tudo, quero manifestar aqui e para ti, os meus melhores votos de um Ano Novo de muitas felicidades, saúde, para ti e para sua família, muito sucesso na sua carreira, boa disposição como sempre demonstrou possuir, fé na sua luta para servir melhor a Guiné e paz.

Tu sabes que eu sou um assíduo frequentador do seu Blog, dou pitaco naquilo que acho por direito e pela sua permissão, o que é fundamental para atenuar alguma situação. Faço isso primeiro, porque sinto total confiança em ti, e o facto de termos trocados já alguns e-mails que tu reconheceste minhas sugestões, sinto assim a liberdade de te mandar mais um e-mail suplicando e pedindo desta vez, uma profunda reflexão sobre os ocorridos.

Você é jovem e como tal podes certas vezes cometer equívocos que para um bom interpretador esses equívocos são toleráveis levando em conta seu espírito jovem. 
Antes de prosseguir a manifestação de minha opinião me esbarrei no texto de um amigo seu dirigido a ti e publicado no seu Blog, onde ele pede para tu ponderares e procurar outros caminhos para alinhar sua boa relação com a Ministra da Justiça – Carmelita Pires. Vou incluir uma parte do seu texto em seguida:

Caro irmão Doka

Esta não é a primeira vez que a rede guineense de blogues se vê envolvida em guerras e guerrilhas. Em tempos, se bem te lembras, tentei apaziguar um conflito que mantiveste com o Progresso Nacional. Desta vez, talvez o Progresso Nacional tenha ido longe demais, com acusações que colocam em causa o teu bom nome, coisa de que ninguém gosta.

Há um ano, ou um pouco mais, não sei se te recordas, chegámos a combinar manter, entre todos, um certo nível de cortesia e responsabilidade, sem linguagem ofensiva. Aliás, julgo que foi esse o espírito da tua recente mensagem de Ano Novo. Julgo que uma das tuas grandes qualidades, que compensam largamente alguns defeitos, é a capacidade de reconhecer os erros. Não sendo o autor de algum texto que publiques, julgo que deves a assumir a responsabilidade de expurgar as ofensas pessoais. Podes manter o teu estilo denunciante sem essas cenas mais degradantes e que acabam por afastar de ti muita gente. Podes agitar, que é o que as pessoas apreciam no teu papel, mas para isso não precisas de ofender ou deixar que ofendam gratuitamente, neste caso, uma mulher, na sua decência e feminidade. Se me permites que te dê a minha opinião, julgo que, entre os epítetos que usaste recentemente para a Senhora, «ambiciosa» não tem problema, «frustrada» no limite (embora desagradável, com um bocadinho de jeito ainda se consegue enquadrar num âmbito estritamente político), mas o resto foi claramente demais. 

Tenho quase a certeza de que uma pequena nota, desfazendo o equívoco, com um pedido de desculpa soft e um apagão das etiquetas (deixando apenas «Ministra da Justiça») no texto do «Dr. José Almeida» datado de 22 de Dezembro, seria suficiente para que a Ministra desistisse de eventuais diligências que tenha tomado para tentar responsabilizar-te pelos conteúdos desapropriados. Enterrar-se-ia o machado de guerra, neste princípio de ano, seria um magnífico exemplo de reconciliação, evitando querelas inúteis com base em mal entendidos.

Continuando o meu texto...

Quero te pedir encarecidamente, que sigas o conselho ou orientação dessa pessoa, pois no fundo ele revelou uma preocupação face aos factos que te liga à Ministra. Demonstre mais uma vez ser bastante inteligente para lidar com os problemas e tirar lições deles. A Guiné ao longo dos tempos foi marcada com histórias que envolvem intrigas, sabotagens, traições, falsidades, invejas, etc, etc. 

Essa fase perversa da nossa história eu acredito que está sendo superada. Pela primeira em toda a nossa história governamental, podemos expressar sem sombra para dúvidas que  temos um elenco governamental constituído por jovens altamente capacitados e muito competentes. Temos um Primeiro Ministro jovem e cheio de energia, competente, que em suas entrevistas demonstra firmeza e inteligência para encarar os jornalistas ou repórteres com perguntas intrigantes, mas que ele responde a todas sem titubear.  

Precisamos dar voto de confiança aos nossos dirigentes, pelo menos por um período, para que eles possam trabalhar afincadamente e revelar resultados positivos que esperamos deles.  O guineense é invejoso, eu diria uma parcela significativa de sua população carrega no coração a inveja. O guineense no lugar de somar, ele muitas vezes prefere a divisão. Essa atitude é perceptível em muitas áreas de actuação. 

Um estudante guineense que cursa economia numa determinada faculdade, no cérebro dele começa a desenvolver-se o espírito para conquistar o lugar do atual ministro da economia. 

Importa para ele chegar a este lugar com apoio de algumas figuras políticas que são seus familiares que tem peso no governo a qualquer custo. Ele esquece que para isso existe toda uma etapa para se chegar a este posto. Essa forma macabra de querer chegar ao poder a qualquer custo tem os seus dias contados na Guiné, pois a cada dia que se passa cria-se novos mecanismos baseados num processo selectivo mais rigoroso que contempla não só a formação como um conjunto de experiência agregado à formação do indivíduo. Temos hoje um presidente jovem e podemos nos orgulhar da escolha de um presidente que a maioria do povo guineense escolheu dando seu voto na urna. Isso é reflexo da mudança de atitude por parte do nosso povo que cansou de ser enganado. 

Essa mudança de atitude deve perseguir todos os guineenses fazendo reflexão a um passado triste, mas que o presente se encarrega de enterrar fazendo mudanças progressivas em todas as áreas: Social, Econômico, Turismo, Educação, etc, etc.

Quero terminar esse meu texto suplicando-te a buscar o caminho do consenso baseado no espírito puramente africano: MININU KU TA BA PA GARANDI PA PIDI DISCULPA!

Um abraço!

Samuel Vieira

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