Análise a alguns depoimentos do Tenente-Coronel Marcelino da Mata sobre a História da Guerra pela Independência da Guiné-Bissau
Marcelino da Mata - Não estava nada perdida! Se não fosse o 25 de Abril, mais um ano e o PAIGC entregava tudo. Eu sei, eu sou da Guiné e conheço as zonas todas, faltava ocupar o único sector para eles se entregarem, era o único corredor onde eles passavam com armas."
É que, ainda que fosse adolescente à época do 25 de Abril de 1974 ainda hoje me recordo perfeitamente que, enquanto aluno do ciclo preparatório 1972/73, tinha como colega de turma o filho de um piloto aviador português, de apelido Barata, morto em combate, quando o avião que pilotava, em combate, foi abatido por um míssil disparado por um Comando do PAIGC.
Seguiram-se vários outros aviões da força de combate do lado português, a serem abatidos, o que causou pânico, preocupação e apreensão. Ou seja, o PAIGC tinha, nessa altura, armamento sofisticado e força de combate especializada, para contrariar a vantagem da força aérea portuguesa, que, em boa verdade, fazia a diferença para o lado português.
Mas se o 25 de Abril levasse mais um ano, o PAIGC já tinha, não só os mísseis e o Comando Abel Djassi, a quem competia a operacionalidade da utilização dos mísseis "Strella" disponibilizados pela antiga União Soviética, mas, teria igualmente, aviões de combate MIG, sendo que, um grupo de jovens guineenses já estavam a receber formação nesse sentido, na antiga União Soviética.
Como é que o Comandante Marcelino da Mata esperava que o PAIGC entregasse tudo, quando nem o assassinato de Amilcar Cabral, ocorrido a 20 de Janeiro de 1973 enfraqueceu ou destruiu a unidade e a operacionalidade no seio do PAIGC sendo que, foi depois disso que se registaram as maiores vitórias no terreno, contra o exército colonial português?
Tomei a liberdade de partilhar dois links que podem ajudar a compreender melhor este tema, sendo um deles, da autoria do Professor Doutor Leopoldo Amado, ilustre Historiador e intelectual guineense. Obrigado pela atenção. Didinho 23.01.2015
http://www.didinho.org/ guinegadamael.html
http://paigc.com.sapo.pt/ GuineStrella.html
http://jornaldiabo.com/…/ marcelino-da-mata-portugal- esquec…/
http://pt.wikipedia.org/wiki/ Marcelino_da_Mata
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Com todo o respeito pelas declarações do Comandante Marcelino da Mata, tenho que discordar com a seguinte passagem " (...) A guerra na Guiné estava perdida, como muitos afirmam?
Marcelino da Mata - Não estava nada perdida! Se não fosse o 25 de Abril, mais um ano e o PAIGC entregava tudo. Eu sei, eu sou da Guiné e conheço as zonas todas, faltava ocupar o único sector para eles se entregarem, era o único corredor onde eles passavam com armas."
É que, ainda que fosse adolescente à época do 25 de Abril de 1974 ainda hoje me recordo perfeitamente que, enquanto aluno do ciclo preparatório 1972/73, tinha como colega de turma o filho de um piloto aviador português, de apelido Barata, morto em combate, quando o avião que pilotava, em combate, foi abatido por um míssil disparado por um Comando do PAIGC.
Seguiram-se vários outros aviões da força de combate do lado português, a serem abatidos, o que causou pânico, preocupação e apreensão. Ou seja, o PAIGC tinha, nessa altura, armamento sofisticado e força de combate especializada, para contrariar a vantagem da força aérea portuguesa, que, em boa verdade, fazia a diferença para o lado português.
Mas se o 25 de Abril levasse mais um ano, o PAIGC já tinha, não só os mísseis e o Comando Abel Djassi, a quem competia a operacionalidade da utilização dos mísseis "Strella" disponibilizados pela antiga União Soviética, mas, teria igualmente, aviões de combate MIG, sendo que, um grupo de jovens guineenses já estavam a receber formação nesse sentido, na antiga União Soviética.
Como é que o Comandante Marcelino da Mata esperava que o PAIGC entregasse tudo, quando nem o assassinato de Amilcar Cabral, ocorrido a 20 de Janeiro de 1973 enfraqueceu ou destruiu a unidade e a operacionalidade no seio do PAIGC sendo que, foi depois disso que se registaram as maiores vitórias no terreno, contra o exército colonial português?
Tomei a liberdade de partilhar dois links que podem ajudar a compreender melhor este tema, sendo um deles, da autoria do Professor Doutor Leopoldo Amado, ilustre Historiador e intelectual guineense. Obrigado pela atenção. Didinho 23.01.2015
http://www.didinho.org/
http://paigc.com.sapo.pt/
"Portugal esqueceu-se de mim, mas os amigos não. Pensei que estava isolado, mas afinal ainda há amigos que contam comigo, por isso é que apareceram aqui."
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