segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Guineenses, recordar O LEVANTAR DOS MORTOS.
Existiu um Hélicóptero..., existiu um rio..., existiu muita mentira..., existiram homens que fabricaram essa mentira..., muita maldade..., e existiram 6 cadavéres:     Paulo Correia..., Viriato Pan..., Binhãnkeré Na Tchanda..., Pedro Ramos..., N’bana Sambu..., e Braima Bangurã!!!!!
Eu DOKA, pergunto:  Aonde param esses corpos???

Mais uma vêz, muitos irão perguntar:
Isto é verdade???  Será possivél???      
E eu DOKA, apenas direi:   
O que é que, foi que nunca foi possivél com o paigc em termos de maldades e pecados????    Que verdade mais nos falta saber ou descobrir???

Sei que vou ferir de novo a sensibilidade de certas pessoas..., mas apenas vos posso dizer que para chegar ao ponto..., tenho que atingir a certas pessoas, porque eu Doka, não minto nestas coisas..., e por tanto, quem se sentir mal que deixe de ler.
O cabeça do caso-      Quem foi o Paulo Correia???

- Foi Ministro dos Antigos Combatentes,  foi um dos juízes do Tribunal Militar que em 1977, condenou a morte Rafael Barbosa, com a pena comutada em prisão perpétua, mas que foi libertado logo após ao golpe 14 de Novembro.
- Foi vice- presidente de Nino Vieira e Ministro da Justiça e Poder Local.  
- Foi o Comandante do ataque a Cantacunda em 10 de Abril de 1968.
Paulo Correia, mas 5 compnheiros seus..., foram barbáramente espancados e torturados.    Recordar que a sua bacia foi quebrada de tanto espancamento..., e Paulo sofria já com tantas dôres e apenas rastejava pela cela e suplicava para que lhe deixassem ver ao seu filho pela última vêz.

Um outro se chamava Binhanquerem Na Tchanda..., este aqui teria uma viagem marcada para a quinta-feira do dia 17 de Outubro de 1985.
Alguns dias antes fora despedirse do Presidente da República- Nino, o qual, certamente grato pelo gesto, ofereceu-lhe dinheiro em dólar.

Alguém, que se julga ser um vizinho, vendo as portas e as janelas da casa do Binhanqueremfechadas e ouvindo vôzes no interior, teria informado ao Presidente João Bernardo Vieira de que algo de insólito se estava a passar na residência ao lado donde morava.

O Presidente telefonou de antemão a um outro vizinho do Binhanquerem, que não era nenhum outro senão o próprio Paulo Correia, pedindo-lhe que fosse verificar a informação.
Paulo Correia confirmaria ao Presidente, pelo telefone, que efectivamente as portas e as janelas da casa em questão estavam encerradas e havia vozes provenientes do interior.
Naquela noite, João Bernardo Vieira, rodeado dos seus guarda-costas, deslocou- se pessoalmente à casa do Binhanquerem, para se inteirar.
Em facto, da eventual trama que se  preparava.

“Assegurando-se de que o ambiente da reunião de convívio era apenas festivo e não de conspiração..., o Presidente teve, contudo, de explicar o motivo da sua irrupção.

Ao ouvi-lo, o major Tué Na Bangha exprimiu a sua admiração por o Presidente se deixar  facilmente enredar em mentiras, observando que, se  estivesse a preparar um golpe de Estado, não se reuniriam naquelas circunstâncias, e acrescentou não compreender como era  possível o Presidente admitir que conspiravam contra ele, depois de tanto tempo e tantos  sacrifícios passados juntos.”

Isso não impediu ao Presidente João Bernardo Vieira de dar conhecimento da cena ao ministro do Interior, José Pereira, que por sua vez o teria transmitido ao seu colega das Forças Armadas.

Consequência directa deste jogo de  xadrez de sentido único, o Binhanquerem Na Tchanda, bem como todos os oficiais que com ele festejavam a sua  despedida, foram detidos na Segunda Esquadra da Polícia e submetidos a interrogatórios pelos oficiais de segurança do ministério do Interior, logo no dia seguinte.

Enquanto as audições decorriam na Segunda Esquadra, João Bernardo Vieira viajou para os EUA com o fim de assistir às comemorações do 40° aniversário da Organização das Nações Unidas.

Entretanto, os ministros das Forças Armadas e do Interior resolveram criar uma comissão 
para inquirir parte dos detidos. 

Submetidos a insuportáveis torturas, estes tiveram que confessar as acusações que pendiam sobre eles.
Tué Na Bangha e Tagme Na Wae teriam sido de tal maneira torturados que, temendo que pudessem morrer, a Comissão de Inquérito transferiu- lhes g para a Marinha de Guerra que, pela sua proximidade com o Hospital Militar,  oferecia mais condições de evacuação em caso de necessidade. 

No dia 6 de Novembro de 1985, no fim da tarde, Paulo Correia seria convocado para  uma reunião no Secretariado do PAIGC.
À sua espera encontravam-se, entre outros, o Presidente da República NINO, Iafai Camará e José Pereira, já sobejamente conhecidos, e Lourenço Gomes,  este último Director da Segurança Nacional.

  A ordem de prisão, que durante tanto tempo fora minuciosamente preparada, abateu-se sob  os ombros de Paulo Correia que de imediato foi conduzido à Segunda Esquadra, na “Cela Sul”, a mais inospitaleira da prisão.

Fisicamente destruídos, estes homens constituiriam, aos olhos de todos, a prova viva da falta de humanismo do regime pelo que se ordenou a sua rápida  execução em local que permaneceu secreto.

A vala comum que o mundo conheceu depois de 7 Junho de 1998..., com ossadas..., restos mortais de 22 pessoas................., nenhum deles pertencia ao Paulo Correia e aos seus camaradas.

Guineenses, os restos mortais de PAULO CORREIA,  VIRIATO PAN,  BINHANKAREN NA TCHANDA,  PEDRO RAMOS,  BRAIMA BANGURAN,  e N’BANA SAMBU..., jamais chegaram de ser enterrados.
Mas sim, atirados no rio FARIM..., foram lançados de um hélicoptero.

Esta foi a forma mais cinistra de se tentar apagar algo que um dia todos viriam a saber.
Atravéz de  um hélicoptero...., os restos mortais destas 6 pessoas foram lançadas num rio.    Rio Farim. 

Fuzilados, sim foram fuzilados, e quem mais poderia confirmar tudo neste momento???    Uma pessoa que participou nas torturas..., a pessoa que esteve na estrada naquela noite juntamente com Ansumane Mané....,  na estrada apenas para confirmarem o fuzilamento e ir dizer ao CHEFE Nino..., é fuzilado dja.

Irei agora citar os nomes que de uma forma directa tiveram o envolvimento na intriga, na falsidade, na mentira, na tortura e  no fuzilamento destas 6 pessoas que tanto sofreram.     

Participaram nas  mortes.   
São eles os principais nomes.

1.     Manuel Saturnino da Costa.
2.    Iafai Camará.
3.    Humberto Gomes.
4.    João Monteiro.
5.    Robalo De Pina.
6.    João Malaka.
7.    Zé Pereira.
8.    Ansumane Mané.
9.    Afonso Té.
10.  Lourenço Gomes.
11. Francisca Pereira-  Hoje é ela que vive na casa, que um dia pertenceu ao Paulo Correia.  Francisca Pereira acabou por tomar a casa.

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