sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Uma ameaça implícita

Com todo o respeito que é devido aos órgãos de soberania, e por todo o respeito que elas devem umas as outras, não devíamos estar a assistir a este lançar “postas de pescada” em praça pública.

Em matéria de peixeirada política, acabamos por ver cair a mascara a quem muito se esforçou por vender uma imagem imaculada (que nem o rabo de um bebe). Já diziam os entendidos: Ninguém consegue fingir por tanto tempo sem perder a face. Alias na Guiné-Bissau quando dizemos que conhecemos alguém, os muçulmanos colocam nos uma questão de sublime inteligência: Quanto tempo viveram juntos? Porque na realidade até lá, nunca podemos afirmar que conhecemos alguém.

Faz algum sentido que o primeiro-ministro, lance farpas, indiretas, e ameaças implícitas como aconteceu ao lhe escapar a boca para a verdade?

DSP: “Daqui até final de março, guardemos as nossas desavenças. De lá para diante podemos voltar às nossas lutas internas”!!!

Tenho para mim que as opiniões são como as vaginas, as minhas desculpas pelo abuso de linguagem, mas para dizer que quem as tem, dá-las a quem quiser. Por isso decidi dar a minha e de borla e a todos os guineenses.
Quando um primeiro-ministro faz afirmações destas, das duas três:
1-Ou quer conflito institucional:
2-Ou tem dúvidas de que consegue segurar o seu governo até a dita mesa redonda, que pelo que temos lido, já parece de “”geometria variável”;
3-Ou simplesmente perdeu completamente o tino, e decidiu partir para a ameaça direta aos seus camaradas do partido e quem sabe aos demais órgãos de soberania.

Em qualquer dos casos, reservo lugar na primeira fila porque se DSP tem a mania “kuma i ta findji dudu”, já teve tempo mais que suficiente para perceber que na presidência mora o senhor “djon kata medi”.

Se é de confusão que se anda a procura, pode-se ter a certeza de que a barraca já está montada.

São raras as ocasiões em que vi o presidente da república rir-se, acho que é um homem que leva a viva e tudo o que faz com a máxima seriedade possível, com um grau de seriedade que roça mesmo o mau feitio. Por isso, deduzo que se o primeiro-ministro não conseguir conter os fartos dentes e a respetiva língua dentro da boca, acabará por morrer pela própria boca.

Até lá, não lhes ficava nada mal portarem-se como gente adulta, principalmente se não chegar a haver mesa redonda, ou de qualquer outra geometria.

Um bom fim-de-semana

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