APELO TÍMIDO DE MURADE MURARGY
O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Murargy, apelou, ontem, dia 2 de Fevereiro, segunda-feira, aos membros da comunidade lusófona para que se mobilizem para apoiar Moçambique, onde as cheias já causaram pelo menos 117 mortos. Exortou Murargy, num comunicado, dizendo: "Em meu nome e de todo o secretariado executivo da CPLP, apelo aos nossos Estados-membros, aos nossos governos e aos nossos cidadãos para a mobilização em torno da rápida normalização da vida, das infraestruturas e das actividades em Moçambique".
O apelo do Secretário-executivo da CPLP ao recordarmos a reacção do Primeiro-Ministro, José Maria Neves, relativamente ao gesto de "extraordinário" contributo do Governo da Guiné-Bissau - e também de Angola e Portugal - de solidariedade e de amizade para com o povo cabo-verdiano com a erupção vulcânica no Fogo. A Guiné-Bissau, enviou, na altura, para além da mensagem de conforto, através do seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades da Guiné Bissau, embaixador Mário Lopes da Rosa, uma quantia no valor de 75 mil dólares.
Ora, até aqui, o apelo de Murargy não acusa nada de anormal. A incongruência está no facto do apelo não ser extensivo aos novos ricos da CPLP, a começar pela Valentina, filha de Guebuza, de 33 anos de idade, sendo, como diz Dhlakama, a segunda mais rica do continente africano. Para não falar na Isabel dos Santos que todos conhecemos.
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