domingo, 1 de fevereiro de 2015

Vamos ver isto e análisar, porque é um crime como muitos outros que continuam impúnes pessoas que a práticaram
Guineenses, recordar é viver..., mas também é sofrer.
Esta é a minha luta..., a luta do Doka e dos que sofrem e lutam pela verdade

“ O Caso 17 de Outubro” 
Hoje não é segredo para ninguém de que “Nino” Vieira desprezou o apelo do Papa João  Paulo II, virou as costas às organizações internacionais e traiu a confiança das mais diversas 
entidades nacionais e estrangeiras, que lhe pediram solenemente, em nome da humanidade, para que poupasse a vida dos seis condenados à morte, gesto que poderia, talvez, mudar o 
curso da história na Guiné. 
O que o teria levado a exibir tamanha arrogância?

“Por um carcereiro e outras fontes, que ainda não posso citar, soube que na prisão,  enquanto se aguardava a concessão de clemência, Paulo Correia dizia: ‘ É verdade que estão 
a fuzilar cidadãos inocentes? 
Não, não posso admitir que isso seja uma realidade! É incrível 
que o Presidente se tenha deixado convencer de uma tão incoerente tentativa de golpe de Estado! 
Ao menos, dêem-nos oportunidade de vermos os nossos filhos pela última vez!” 

No entanto, Álvaro Nôbrega, no seu livro intitulado “A luta pelo poder na Guiné-Bissau” 6revela por sua vez o seguinte : 

“Depois soube-se que quando os pedidos de clemência chegaram, os réus já tinham sido fuzilados e enterrados. Segundo a ÁfricaContinental 

7- foram-no poucas horas depois do termo da reunião do Conselho de Estado.” 

Entretanto, no término do delicado exercício de recomposição a que nos entregamos à volta do “Caso 17 de Outubro”, deparamo-nos com uma revelação insólita do jornalista João Carlos Gomes
tornada hoje dia, que, em resumo, diz: 

“ (...)... Baseado nas informações a que o autor desta peça teve acesso, apesar do facto de que Paulo Correia foi condenado à morte pelo Tribunal Militar, conta-se que o então Presidente Nino Vieira ainda não tinha proferido o seu veredicto final, enquanto Primeiro 
Magistrado da Nação. (...) Aparentemente, o Presidente estava a avaliar, não só, o impacto político-militar da decisão, a nível nacional, mas também, a reacção da comunidade internacional, antes de fazer cumprir a pena de morte. (...) ” 

E o jornalista continua: 
“Entretanto, segundo as mesmas fontes, alguém na hierarquia governamental decidiu mandar cumprir a sentença. Quando, face às reacções que estava a receber, tanto a nível interno como internacional, o Presidente Nino Vieira voltou a abordar a questão do Paulo Correia com o indivíduo em questão, foi informado de que: “No bibil dja udju”(termo crioulo, utilizado noutros tempos, no seio do PAIGC, como código para, ‘fuzilamento’) Quem usou esse termo foi Coronel João Monteiro. (...) ” 

Mas o Álvaro Nôbrega volta à carga

: “Recentemente tem sido divulgada uma nova 
explicação para o facto dos seis condenados à pena capital não terem sido poupados. 

Os pormenores não são muito abundantes em relação a quatro dos fuzilados, mas sobre o Paulo Correia e Viriato Pã, as caras do Golpe, conta-se, segundo o ‘Banobero’ que terão sido 
brutalmente seviciados após a condenação.”

 Eis com efeito, o que o jornal guineense ‘Banobero’ escreve:“Quebraram a bacia do Paulo Correia e este rastejava, na Segunda Esquadra (...) pois não podia caminhar. Ao Viriato Pã 
ferroaram-lhe os olhos.” 

Retomando Álvaro Nôbrega: “ Fisicamente destruídos, estes homens constituiriam, aos olhos de todos, a prova viva da falta de humanismo do regime pelo que se ordenou a sua rápida execução em local que permaneceu secreto até à queda de Nino em 1999, ‘encontrando-se’ por essa data a vala comum com 22 cadáveres; 
os mortos do processo cujos corpos nunca foram entregues às famílias, nem aos cuidados de um médico legista.”

Obs:
Guineenses pesquisem a nossa história, o nosso passado, e mostremos ao mundo o que tem que ser mostrado.
Ajudemos aos familiares e a todas as vitimas que sofreram crúeldade por parte do PAIGC.

Lutemos pela verdade, procuremos a unidade, a reconciliação e o perdão e só assim estaremos e viveremos em paz.

Deixemos de protagonismos, e vamos pela decência e caractér.
Eu Doka, não brinco em serviço, porque luto pelo bem estar do meu povo e defendo aos injustiçados.
E nesse campo, poucos estão comigo.

Porque grande e espaçoso, é o caminho da perdição, ao passe que o caminho da verdade, esse sim, é muito estreito e poucos lá conseguirão chegar.
Eu Doka optei pelo mais dificil. A verdade.

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