CATARSE INTERNA?
Com este desfecho, pensamos que mais do que nunca, o
PAIGC precisa de se purificar politicamente. A forma como brindou o povo com a
escolha única do nome do veterano e doente, Carlos Correia. Pondo de parte as
virtudes que possa ter como como pessoa e ex-governante, hoje, não apenas pela
sua idade, Carlos Correia não está em condições de caminhar normalmente de sua
casa para o carro, sem ser apoiado.
Na nossa leitura, esse gesto do Bureau Político é o
prenúncio claro da existência de um vazio político galvanizante, no seio dos libertadores
e, já agora, para a governação do nosso país.
A questão política pode ainda ser colocada nestes
termos. Os autores morais que têm protagonizando o desvio da linha político-ideológica
do PAIGC de Cabral, são, sobejamente, conhecidos. Agora nem sequer se escondem.
Manecas dos Santos tem sido o chefe da legião. É flagrante que a sua residência
se transformou numa espécie de centro de engendramento de uma ala dos
libertadores para a devassidão política.
É, por outro lado, curioso que nunca tínhamos escutado
Mário Cabral a falar tão grosso. Mesmo em momentos que a sua voz era
indispensável, sentou-se encima do muro só a olhar, “boka yem, sons in sinhor!”.
Camilo Simões Pereira que mesmo protegido pelo santuário de Farim, nunca deu
mios contra Nino Vieira. O gigolô, politicamente, nunca existiu mesmo. Hoje,
ousa levantar a voz ameaçando pular a vedação do Palácio da República, para atacar
o Sua Excelência Senhor Presidente da República, José Mário Vaz, por ter
exonerado seu irmão do cargo de Primeiro-ministro.
Mas,é como lamenta o povo: “té pa nin nada, mindjor
na nada”. Já se fala em Convenção dos libertadores para este ano. “Nô bai son,
dianti ki kaminhu”.
Bissau kila muda!
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