sexta-feira, 18 de setembro de 2015

CATARSE INTERNA?

Com este desfecho, pensamos que mais do que nunca, o PAIGC precisa de se purificar politicamente. A forma como brindou o povo com a escolha única do nome do veterano e doente, Carlos Correia. Pondo de parte as virtudes que possa ter como como pessoa e ex-governante, hoje, não apenas pela sua idade, Carlos Correia não está em condições de caminhar normalmente de sua casa para o carro, sem ser apoiado.

Na nossa leitura, esse gesto do Bureau Político é o prenúncio claro da existência de um vazio político galvanizante, no seio dos libertadores e, já agora, para a governação do nosso país.

A questão política pode ainda ser colocada nestes termos. Os autores morais que têm protagonizando o desvio da linha político-ideológica do PAIGC de Cabral, são, sobejamente, conhecidos. Agora nem sequer se escondem. Manecas dos Santos tem sido o chefe da legião. É flagrante que a sua residência se transformou numa espécie de centro de engendramento de uma ala dos libertadores para a devassidão política.

É, por outro lado, curioso que nunca tínhamos escutado Mário Cabral a falar tão grosso. Mesmo em momentos que a sua voz era indispensável, sentou-se encima do muro só a olhar, “boka yem, sons in sinhor!”. Camilo Simões Pereira que mesmo protegido pelo santuário de Farim, nunca deu mios contra Nino Vieira. O gigolô, politicamente, nunca existiu mesmo. Hoje, ousa levantar a voz ameaçando pular a vedação do Palácio da República, para atacar o Sua Excelência Senhor Presidente da República, José Mário Vaz, por ter exonerado seu irmão do cargo de Primeiro-ministro. 

Mas,é como lamenta o povo: “té pa nin nada, mindjor na nada”. Já se fala em Convenção dos libertadores para este ano. “Nô bai son, dianti ki kaminhu”.

Bissau kila muda!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.