quarta-feira, 1 de abril de 2015

"LIBERDADE DE EXPRESSÃO"



O ex-Presidente da República da Guiné-Bissau, Kumba Ialá, faleceu no dia 4 de Abril do ano passado. Dir-me-ão os sabichões de "Tchon-di-pepel" que, atendendo a sua actuação no cenário político interno, merecia ser injuriado e difamado. Até aqui tubo bem, porque, enquanto cidadãos, assiste-nos o direito e a liberdade de caricaturar o que, de facto, nos desagrada. Mas, pergunto, por exemplo, se ele (o "Homem do barrete vermelho"), alguma vez -  em vida, no poder e, inclusivamente, no dia do seu falecimento -  incomodou, perseguiu, prendeu ou mandou prender, matou ou mandou matar quem pensou, falou ou escreveu texto semelhantes ao abaixo publicado, ultrajando-o, que ponha o braço no ar!


"O cabrão do macaco da Indochina

O «Público» revela que Kumba Ialá, o deposto líder guineense, é licenciado em filosofia e teologia, fala crioulo, português, espanhol, francês e inglês, e domina até um ponto não especificado o latim, o grego e o hebraico. Tudo bem, mas quem leu os «Pensamentos» do ex-presidente, publicados em Janeiro último, sabe que uma obra daquelas não dispensa também fundos conhecimentos de estética, biologia, economia (micro e macro), geografia (humana e física), antropologia, etnologia e psicologia social. Mínimo. Para cúmulo, o sr. Ialá tem o dom de irritar o dr. Soares e usa um gorro que o transforma numa réplica bastante razoável do Peninha, primo do Donald, factores que só abonam em seu favor. Espero que a junta militar o trate com decência. No vasto panorama de tiranetes africanos, o sr. Ialá era o único que me fazia rir. Literal e genuinamente."

Nhu Morgado ku Mariantonia, olhem-se no espelho e confessem o delito cometido!
Ahn Istaba na katchur, ma gosi I tchiga na pekadur?

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