quarta-feira, 4 de março de 2015

Empréstimos e Fraudes do DSP versus Salários Salteados
O Governo adquiriu o vício de pagar salários com recurso a empréstimos. Contudo, as contas do Governo DSP não são transparentes.
O primeiro empréstimo, no valor de 15 biliões de francos CFA, foi contraído em Agosto de 2014.
Esse montante que, diga-se de passagem, foi mobilizado “em fundação alheia”, constituiu uma almofada que permitiu ao Governo suportar os salários da Função Pública durante algum tempo.

Portanto, o pagamento dos salários pelo Governo, até aqui, não resultou de nenhum esforço interno de arrecadação de receitas ou de contenção de despesas.

Nos últimos dias, o Governo viu-se a rasca para poder pagar o salário do mês de Fevereiro – estando agora a pagá-lo a conta-gotas.
Para isso, recebeu 2.9 biliões de francos CFA a um Banco da praça, ao qual penhorou as receitas públicas dos próximos meses.

Sabe-se que nos últimos tempos, o Governo exerceu uma forte pressão sobre a banca para conseguir um empréstimo de 7 biliões de francos CFA, com vista ao pagamento dos salários de Fevereiro e Março e outras despesas.

Afinal, em vez de ajudar os Bancos, que enfrentam uma grande falta de liquidez, o Governo está sufocá-los.

Assim, como é que os Bancos vão poder financiar o sector privado na campanha de comercialização da castanha de caju – um sector nevrálgico da nossa economia?
O Governo recebeu – e nós sabemos – avultadas somas de dinheiro no último semestre do ano passado.
Ø A BCEAO/Mercados Financeiros concedeu 15 biliões de francos CFA.

Ø A União Europeia concedeu 11.5 biliões de francos CFA.

Ø O Banco Mundial concedeu 4.6 biliões de francos CFA.

Ø O Fundo Monetário Internacional concedeu 2.7 biliões de francos CFA.

Ø Timor Leste concedeu 3 biliões de francos CFA.

Ø Através do Ecobank, 1.7 biliões de francos CFA resultantes do pagamento de licenças de pesca.

Se somarmos isto às receitas internas geradas pelas Direcções-Gerais das Alfândegas e de Contribuições e Impostos, no valor de 17.9 biliões de francos CFA, estaremos a falar de… é só fazer as contas.

Então será forçoso perguntar: para onde foi todo esse dinheiro em tão pouco tempo?
Ou será que “a serpente que engole dinheiro” já tem filhos e netos que também participam no banquete?!

Guineenses, estejamos atentos! Há muita roubalheira! E este Governo, para nos distrair, difunde muita propaganda enganosa.
A Mesa Redonda de Bruxelas transformou-se em panaceia. É o depósito de todas as esperanças, imediatas e longínquas…

Será que o Governo pretende que seja a Mesa Redonda a pagar os salários dos servidores de Estado?

Era o que faltava! 

E a Carmelita Pires diz que o Doka Internacional é que é a prioridade?
Ka bu fassi són Bu tarbadju.

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