Empréstimos
e Fraudes do DSP versus Salários Salteados
O Governo adquiriu o
vício de pagar salários com recurso a empréstimos. Contudo, as contas do
Governo DSP não são transparentes.
O primeiro empréstimo, no
valor de 15 biliões de francos CFA, foi contraído em Agosto de 2014.
Esse montante que,
diga-se de passagem, foi mobilizado “em fundação alheia”, constituiu uma
almofada que permitiu ao Governo suportar os salários da Função Pública durante
algum tempo.
Portanto, o pagamento dos
salários pelo Governo, até aqui, não resultou de nenhum esforço interno de
arrecadação de receitas ou de contenção de despesas.
Nos últimos dias, o
Governo viu-se a rasca para poder pagar o salário do mês de Fevereiro – estando
agora a pagá-lo a conta-gotas.
Para isso, recebeu 2.9
biliões de francos CFA a um Banco da praça, ao qual penhorou as receitas
públicas dos próximos meses.
Sabe-se que nos últimos
tempos, o Governo exerceu uma forte pressão sobre a banca para conseguir um
empréstimo de 7 biliões de francos CFA, com vista ao pagamento dos salários de
Fevereiro e Março e outras despesas.
Afinal, em vez de ajudar
os Bancos, que enfrentam uma grande falta de liquidez, o Governo está
sufocá-los.
Assim, como é que os
Bancos vão poder financiar o sector privado na campanha de comercialização da
castanha de caju – um sector nevrálgico da nossa economia?
O Governo recebeu – e nós
sabemos – avultadas somas de dinheiro no último semestre do ano passado.
Ø A
BCEAO/Mercados Financeiros concedeu 15 biliões de francos CFA.
Ø A
União Europeia concedeu 11.5 biliões de francos CFA.
Ø O
Banco Mundial concedeu 4.6 biliões de francos CFA.
Ø O
Fundo Monetário Internacional concedeu 2.7 biliões de francos CFA.
Ø Timor
Leste concedeu 3 biliões de francos CFA.
Ø Através
do Ecobank, 1.7 biliões de francos CFA resultantes do pagamento de licenças de
pesca.
Se somarmos isto às
receitas internas geradas pelas Direcções-Gerais das Alfândegas e de Contribuições
e Impostos, no valor de 17.9 biliões de francos CFA, estaremos a falar de… é só
fazer as contas.
Então será forçoso
perguntar: para onde foi todo esse dinheiro em tão pouco tempo?
Ou será que “a serpente
que engole dinheiro” já tem filhos e netos que também participam no banquete?!
Guineenses, estejamos
atentos! Há muita roubalheira! E este Governo, para nos distrair, difunde muita
propaganda enganosa.
A Mesa Redonda de
Bruxelas transformou-se em panaceia. É o depósito de todas as esperanças,
imediatas e longínquas…
Será que o Governo
pretende que seja a Mesa Redonda a pagar os salários dos servidores de Estado?
Era o que faltava!
E a Carmelita Pires diz que o Doka Internacional é que é a prioridade?
Ka bu fassi són Bu tarbadju.
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