segunda-feira, 8 de julho de 2013

Crediii!!!!!!!! Mukur mukur?????????

EGIPTO: “MUKUR-MUKUR”…

 

A destituição de Morsi pelos militares no Egipto, não provocou nenhuma onda de contestação internacional audível. Não existe neste caso, até agora, “a comunidade internacional” a falar em uníssono, contra o golpe militar. Não existe pastor nenhum a conduzir o seu rebanho em peregrinação ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, para apresentar queixinhas e exigindo o retorno à ordem constitucional no Egipto. Ouvimos, isso sim, uma dispersão de vozes condenando o golpe militar. Mas, maior parte dos países acobardaram-se e preferiram manter-se no acanhamento diplomático.

 

A começar no próprio país, internamente, os militares e a população que os apoia negam ter sido um golpe de Estado. O movimento cívico rebelde Tamarod, que tem estado na origem dos protestos anti-Morsi, justifica que o Presidente tinha vindo a seguir uma agenda islamita contrária às aspirações da maioria dos egípcios, falhando também a promessa de resolver os problemas económicos do país. A nível externo, Admore Kambudzi, o secretário do Conselho de Paz e de Segurança da União Africana, considerou o afastamento do Presidente Morsi, democraticamente eleito, não obedecer às disposições da Constituição egípcia e corresponde ao que é considerado uma mudança inconstitucional do poder. Mas, o que é mais ensurdecedor tem sido o silêncio dos países africanos na condenação do golpe militar.

 

As diplomacias americanas e europeias têm preferido expressar as suas preocupações, como diz o “ Publico”, em tons diversos pelos acontecimentos ocorridos no Cairo, evitando sistematicamente dar-lhe o nome de golpe de Estado. Segundo noticiou o mesmo jornal, “a diplomacia britânica não teve uma palavra de condenação para a destituição, pelos militares, de um presidente eleito”. Limitou-se, pela voz do chefe do Foreign Office, William Hague, a dizer:  "Temos de colaborar com todo aquele que esteja no poder. Esta é a realidade prática da política externa". O homólogo alemão de Hague, o liberal Guido Westerwelle, mais preocupado com os padrões vigentes de politicamente correto, fez notar  que "uma suspensão assim da ordem democrática não constitui solução sustentável dos grandes problemas com que o Egipto está confrontado".    E sublinhou: "é urgente que o Egipto regresse o mais rapidamente possível à ordem constitucional". Esquivando, também ele, de se falar em golpe de Estado.

 

Segundo o “Publico”, o Departamento de Estado norte-americano  tem motivos de peso para omitir a classificação do sucedido no Egipto como golpe de Estado, acrescentando que uma lei de 1961 manda limitar todo o tipo de ajuda aos países "cujo chefe de Estado legalmente eleito seja destituído por um putsch militar ou decreto militar". Portanto, classificar o derrubamento de Morsi como golpe de Estado obrigaria os EUA a cortarem a ajuda militar, no valor de 1.300 milhões de dólares, ao Exército egípcio. A França: o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês se defendeu com o silêncio e não tem, no seu site, qualquer comunicado a comentar a deposição de Morsi e a sua detenção pelo Exército, em lugar desconhecido.

 

“Nha ermons” o jogo político diplomático é correlação direta dos interesses económicos de cada país!

 


Abraços!

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