quinta-feira, 20 de junho de 2013

Obama visita África
Segundo noticiou a VOZ de América, o presidente americano Barack Obama estará de volta, pela segunda vez, desde 2009, a África na próxima semana. Visitará o Senegal, África do Sul e Tanzânia. O objetivo é reafirmar o seu apoio as democracias africanas e ao progresso económico, e falará acerca da importância dos direitos humanos.

Quando o Obama adverte aos africanos para seguirem o caminho da “boa governação, dizendo que “O desenvolvimento depende da boa governação…É o ingrediente que está a faltar até então em muitos lugares, para se avançar. É essa mudança que pode desbloquear o potencial de Africa.”, os lideres africanos, respondem ao contrário e com outra verborreia, falando em “conflitos”, como justifica o Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, numa conferencia da União Africana/UNESCO em Luanda,  dizendo que  “o continente africano tem tanta necessidade de paz como de pão para alimentar os seus filhos. Não podemos satisfazer a necessidade de todos se a guerra prevalecer. Já por diversas vezes afirmámos que sem paz o desenvolvimento não é possível.”

Em que é que ficamos, então: é o ovo ou a galinha, que nasceu primeiro? Obama diz é a “boa governação” que traz a tranquilidade e a paz; José Eduardo dos Santos diz não, é a paz que traz a tranquilidade e o desenvolvimento, ou seja, combater os “conflitos”. Guerrear os “conflitos” em África para que se possa dar pão para alimentar os nossos filhos. Para mim, o caminho mais curto para se ter tranquilidade e paz, não é o da guerra, mas sim o indicado por Obama: a “boa governação”! Alias, o exemplo começa no chefe da família! Pois, a “boa governação” pressupõe boa gestão da “coisa pública”, o que implica uma democracia saudável e não o de esmagamento do adversário, e de realização transparente das eleições. O fenómeno “banho”, por exemplo, é a consequência direta do autocratismo atado com laços coloridos da democracia. Quando os líderes africanos comentam, como diz o angolano: “salvaguardar a estabilidade política como base indispensável ao desenvolvimento, consagrando o princípio de não reconhecimento de governos instalados por via da violência ou por meios não constitucionais e antidemocráticos”, a afirmação suscita a seguinte pergunta básica: a de se saber como lidar com os governos instalados por via do “banho eleitoral”? A conclusão que chegamos é de que a sua permanência no poder é justificada pela lógica da paz, isto é, fazer a guerra para se chegar a paz!

Atenção, os lobos ainda uivam na terra e assustam as nossas crianças!
Abraços!


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