Bissau (Gabinete de Imprensa da Presidência da República, 12 de Junho de 2013) – “A hora é de ação e não de palavras”. Com este conceito e espírito da urgência na mente, bastaram 6 dias depois da tomada de posse do novo Governo mais inclusivo, para que a máquina do executivo governamental entrasse em exercício definitivo.
Sem perder mais tempo, o novo Governo efetuou esta quarta-feira, 12 de Junho de 2013, a sua primeira reunião de Conselho de Ministros e, a luz da Constituição da Guiné-Bissau, este Conselho de Ministros foi dirigido pelo Presidente da República de Transição porque assim o entendeu.
Serifo Nhamajo aproveitou a ocasião para felicitar o Primeiro-ministro Rui Duarte Barros pela recondução ao cargo, os Partidos políticos, a Sociedade civil e outros atores pelo consenso alcançado.
Ao plenário de Conselho de Ministros, Serifo Nhamajo disse que, “o momento demonstra que afinal de contas, os guineenses podem entender-se quando sentados à mesma mesa procurarem soluções aos seus problemas”.
O Presidente da República de Transição enfatizou a necessidade de todos os membros do atual Governo trabalharem de olhos postos em Novembro próximo, altura em que devem ser realizadas as eleições gerais e, pediu por isso, “uma maior coesão e que todos deem o máximo de si, no interesse absoluto do país, sendo necessário a criação de um ambiente indispensável para a preparação conveniente dessas eleições. Deixo aqui um apelo vibrante à Comunidade Internacional no seu todo e as Nações Unidas para contribuírem com a sua mestria, na tarefa da organização dessas eleições”.
Para Serifo Nhamajo, “é preciso que todos encaremos o desafio que temos pela frente, o de tirarmos o país do marasmo em que se encontra, tendo em consideração que o carater principal deste Governo assenta-se na gestão corrente, por forma a conduzir o país a bom porto”.
O Presidente da República de Transição não deixou de manifestar na ocasião a sua satisfação como disse, “conseguimos estancar a via da guerra civil engendrada por alguma parte da Comunidade Internacional e venceu a via do diálogo escolhida por nós, estamos todos desta forma de parabéns”.
Serifo Nhamajo deixou transparecer a sua visão sobre o incremento futuro da política externa da Guiné-Bissau, neste sentido disse, “a política externa do país deve ser exercida por via de u único canal, o canal da Presidência da República. Reconheço o estado crítico em que vivem alguns dos nossos diplomatas, daí a imperiosa necessidade de o Governo tentar resolver esse problema, mesmo que isso leve a equacionar e redimensionar o número das nossas representações diplomáticas no estrangeiro”.
Sobre a campanha agrícola, Serifo Nhamajo pediu uma atenção especial do Governo, “sobretudo no que diz respeito à distribuição de sementes de qualidade que possam a uma melhor produção. Para o que resta da campanha de comercialização da castanha de cajú, o Governo deve prestar maior atenção, como forma de ir ao encontro das necessidades da população camponesa, assim como deve ter como prioridade o setor económico, para possibilitar alternativas de emprego no setor privado”.
Sem ovos não se podem fazer omoletes, é assim que o Presidente da República revelou a sua preocupação sobre as greves nos setores do ensino e da saúde. A este propósito recomendou Serifo Nhamajo,”o Governo deve tentar resolver estas questões das greves caso por caso conforme as possibilidades”.
Deixou alguma recomendação sobre a segurança interna do país, “são cada vez mais evidentes as tendências de ceitas islâmicas na Guiné-Bissau, é preciso manter e reforçar o controlo sobre as entradas de estrangeiros nas nossas fronteiras, para assim podermos evitar a propagação destas ceitas no nosso país”.
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