O DITO-CUJO DA “TOLERANCIA ZERO” PISOU O CHÃO DA MINHA TERRA?
“Nha ermons”, bem se recordam - a propósito da presença do representante da CPLP em Bissau – que o Secretario Executivo da CPLP, Murade Murargy, dizia: "Não se trata de reconhecimento ou não, trata-se de uma obrigação que a CPLP tem para com um Estado-membro. Essa é a nossa missão: não podemos deixar um Estado-membro “abandonado”. A presença do representante especial lá é precisamente para contribuir para que a normalidade na Guiné-Bissau volte de novo". Olha, sem que a CPLP tivesse dado o respeito de levantar a tal suspensão eis o, o dito-cujo, o brasileiro Carlos Alves Moura, em Bissau, desde Domingo, dia 9 de Janeiro como era noticiado.
Pergunto: a Guiné-Bissau não tem sido o “bobo da corte” que divertia a CPLP? Figura sujeita a chantagens e caricaturas dos seus membros. Depois de dois anos Murade Murargy vem mais uma vez gozar com a nossa cara, falando no “abandono”? A ideia de “(…) não podemos deixar um Estado-membro abandonado” reflete, antes de mais, o sentimento despótico da organização. Por outro lado trata-se de uma corrida contra o tempo. Mas, a missão não deixa de ser suicida, porque a organização corre o grave risco de desagregação.
Sem o levantamento público da “tolerância zero” aos golpistas decretada por Paulo Portas, como a Guiné-Bissau poderá regressar ao convívio normal com os Estados-membros dessa organização cultural que é a CPLP?
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