MOÇAMBIQUE: A CPLP A ASSISTIR O ESPETACULO …
Com o recrudescimento da desavença político-militar em Moçambique, entre o Governo e a Renamo, em Outubro do ano passado, temperado depois pelo clima de raptos a cidadãos estrangeiros, o Secretario Executivo da CPLP, o moçambicano, Murade Murargy, avisou logo: "Por enquanto, não é necessária nenhuma intervenção da CPLP, mas estamos disponíveis. Os Estados-membros estão disponíveis para, se houver necessidade de alguma intervenção, não digo intervenção militar, mas política, os Estados-membros vão decidir o que é que poderão fazer, mas eu acho que até este momento não é necessário". Assegurou Murargy dizendo: "Acredito que o Governo moçambicano, sob a liderança do Presidente Armando Guebuza vai saber gerir esta situação e restabelecer a normalidade no país". Mas, a normalidade passou a ser de raptos a estrangeiros. Fato que levou o Presidente Cavaco Silva, o Governo português em 8 de Novembro - quer no âmbito dos países da CPLP quer individualmente- a oferecer ao Governo de Moçambique “apoio e colaboração” necessários para responder aos raptos e o clima de insegurança que assolava e desbarata a imagem externa daquele país.
Pese então o fato de Moçambique ser um Estado soberano, tanto Portugal como a CPLP resolveram ficar encima do muro à espera que o Governo moçambicano assim que entendesse e consoante fosse escolhido o apoio e a colaboração disponibilizados. Entendemos que a CPLP, sendo uma organização essencialmente cultural não pode estar na vanguarda e a instigar governos legítimos para matar. Quando uma organização dessas toma partido e não consegue juntar as partes desavindas, transforma-se num bando de mafiosos e torpes.
Hoje, dia 17 de Janeiro, o jornal “Público” noticiou que “(…) Sem que tenha sido declarada, a guerra é, cada vez mais, a realidade de Moçambique. O distrito de Funhalouro, na província de Inhambane, entrou esta semana no mapa dos ataques atribuídos à Renamo (Resistência Nacional de Moçambique, antiga guerrilha e maior partido da oposição).
A última acção armada de que há notícia ocorreu na manhã de quarta-feira: um ataque a uma coluna automóvel no troço da Estrada Nacional n. 1 (EN1) entre Muxúnguè e o rio Save, na província de Sofala, no centro, fez três mortos. Entre os feridos – quatro ou sete, o número diverge consoante as fontes – estão dois futebolistas do Ferroviário de Quelimane. O caso aconteceu no distrito da Gorongosa, onde as ações armadas da Renamo têm sido mais frequentes nos últimos meses (…)”.
A situação no terreno está a piorar, tendo o mesmo jornal informado que “No início da semana, a União Europeia apelou ao fim dos ataques. Na quarta-feira, num comunicado divulgado após o ataque a Mavume, a Embaixada dos Estados Unidos em Maputo disse que a morte do jovem polícia se insere numa “série de eventos trágicos” e manifestou profunda preocupação pelos “relatos de confrontos contínuos”. Pergunto: “cadê a CPLP em Moçambique?
Com o recrudescimento da desavença político-militar em Moçambique, entre o Governo e a Renamo, em Outubro do ano passado, temperado depois pelo clima de raptos a cidadãos estrangeiros, o Secretario Executivo da CPLP, o moçambicano, Murade Murargy, avisou logo: "Por enquanto, não é necessária nenhuma intervenção da CPLP, mas estamos disponíveis. Os Estados-membros estão disponíveis para, se houver necessidade de alguma intervenção, não digo intervenção militar, mas política, os Estados-membros vão decidir o que é que poderão fazer, mas eu acho que até este momento não é necessário". Assegurou Murargy dizendo: "Acredito que o Governo moçambicano, sob a liderança do Presidente Armando Guebuza vai saber gerir esta situação e restabelecer a normalidade no país". Mas, a normalidade passou a ser de raptos a estrangeiros. Fato que levou o Presidente Cavaco Silva, o Governo português em 8 de Novembro - quer no âmbito dos países da CPLP quer individualmente- a oferecer ao Governo de Moçambique “apoio e colaboração” necessários para responder aos raptos e o clima de insegurança que assolava e desbarata a imagem externa daquele país.
Pese então o fato de Moçambique ser um Estado soberano, tanto Portugal como a CPLP resolveram ficar encima do muro à espera que o Governo moçambicano assim que entendesse e consoante fosse escolhido o apoio e a colaboração disponibilizados. Entendemos que a CPLP, sendo uma organização essencialmente cultural não pode estar na vanguarda e a instigar governos legítimos para matar. Quando uma organização dessas toma partido e não consegue juntar as partes desavindas, transforma-se num bando de mafiosos e torpes.
Hoje, dia 17 de Janeiro, o jornal “Público” noticiou que “(…) Sem que tenha sido declarada, a guerra é, cada vez mais, a realidade de Moçambique. O distrito de Funhalouro, na província de Inhambane, entrou esta semana no mapa dos ataques atribuídos à Renamo (Resistência Nacional de Moçambique, antiga guerrilha e maior partido da oposição).
A última acção armada de que há notícia ocorreu na manhã de quarta-feira: um ataque a uma coluna automóvel no troço da Estrada Nacional n. 1 (EN1) entre Muxúnguè e o rio Save, na província de Sofala, no centro, fez três mortos. Entre os feridos – quatro ou sete, o número diverge consoante as fontes – estão dois futebolistas do Ferroviário de Quelimane. O caso aconteceu no distrito da Gorongosa, onde as ações armadas da Renamo têm sido mais frequentes nos últimos meses (…)”.
A situação no terreno está a piorar, tendo o mesmo jornal informado que “No início da semana, a União Europeia apelou ao fim dos ataques. Na quarta-feira, num comunicado divulgado após o ataque a Mavume, a Embaixada dos Estados Unidos em Maputo disse que a morte do jovem polícia se insere numa “série de eventos trágicos” e manifestou profunda preocupação pelos “relatos de confrontos contínuos”. Pergunto: “cadê a CPLP em Moçambique?
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