sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

CPLP E “TOLERANCIA ZERO” AOS GOLPISTAS

Entre muitas interpelações lançadas, há dias, por Didinho, eis a questão chave que precisava ser respondida por quem de direito: E agora que a CPLP até já nomeou um representante para a Guiné-Bissau, e que viajará brevemente para lá... como explicar aos guineenses a suposta convicção da organização e dos seus Estados-Membros, relativamente à "tolerância-zero" aos golpes de Estado?

O Secretario Executivo da CPLP,  Murade Murargy, à margem da cerimónia de assinatura de um protocolo, no dia 9 Janeiro,  entre a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) e a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), em Lisboa, foi questionado pela Lusa sobre o  novo “posicionamento” da CPLP, disse:
"Não se trata de reconhecimento ou não, trata-se de uma obrigação que a CPLP tem para com um Estado-membro. Essa é a nossa missão: não podemos deixar um Estado-membro abandonado. A presença do representante especial lá é precisamente para contribuir para que a normalidade na Guiné-Bissau volte de novo". O quê, agora um Estado-membro não pode ser abandonado?

Em jeito de conclusão, faço minhas as palavras do nosso irmão Didinho: “(…) Quase dois anos depois (e numa altura em que foram anunciados relatórios de estudos sustentados sobre potencialidades petrolíferas da Guiné-Bissau que superam as expectativas iniciais, certamente, razão principal de todas as disputas de posicionamento no pós-golpe de Estado de 12 de Abril de 2012) eles aí estão, a fazerem-se ao "bolo"... de forma sorrateira, entre governantes de países que não queriam saber das autoridades de transição da Guiné-Bissau para nada, e organizações várias, incluindo uma, a CPLP da qual a Guiné-Bissau Estado-Membro, Fundador e de Pleno Direito, foi excluída ilegalmente (desprezada/humilhada até) de todas as participações na Comunidade, desde o golpe de Estado de 12 de Abril de 2012”.


O secretário executivo da CPLP terá manifestado também "otimista" quanto à realização de eleições gerais na Guiné-Bissau em 16 de março, alertando para a necessidade de evitar novos golpes de Estado no nosso país, mas nenhuma palavra sequer em relação ao recrudescimento da guerra, por exemplo, em Moçambique.

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