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Ex-Primeiro Ministro pede Tribunal ad-doc para julgamento de todos os crimes de sangue cometidos na Guiné-Bissau – Pôster da campanha eleitoral para as Presidências de 16/03!
Há quatro décadas que a Guiné-Bissau e seu povo clamam pela justiça, de intentonas em intentonas, golpes de estado em golpes de estado, envenenamentos políticos em envenenamentos políticos, de violações das esposas dos camaradas entre outros, de encenações de suicídios em encenações suicídios, de raptos sem rastros em raptos sem raptos, de viagens de serviços em viagens de serviços para se abusar das esposas solitárias, Guiné-Bissau no sua melhor, versão PAIGC....
Depois da governação desastrosa do PRS na legislatura pós-conflito militar de 1998, que ceifou a vida de milhares guineenses, sem que ninguém fosse traduzido à justiça, nem responsabilizado pelas perdas humanas causadas, contrariamente ao assalto que um grupinho de empresários (empresários dos partidos, que só conseguem empresariar em excelência falsificando títulos públicos em conivência com as autoridades de fato) fizeram ao tesouro publico exigindo centenas de bilhões de fcfas em indenização da guerra. A questão pertinente nesse caso é quantas famílias foram indenizadas pelas perdas dos seus entes queridos bombardeadas suas próprias casas, propriedades destruídas, assassinatos seletivos e muitos outros? Quer dizer os empresários (criados por partidos) são os únicos prejudicados dessa guerra? A final quanto foi pago em indenização aos empresários e civis e quem são eles? Transparência! Já que os guineenses conhecem os vossos prejuízos que eram visíveis?
É verdade que em cada crise, seja ela familiar, particular, política ou militar, nasce-se uma oportunidade para resolver os problemas mal geridos. Não adiante condenar, criticar, recorrer pressão interna ou externa, o correto é chamar a razão e reconhecer que há um problema que precisa ser resolvida para passar a face seguinte, sem que objetivo seja encontrar quem tenha razão, mas sim encontrar a solução viável a ambas as partes. Depois das ondas de assassinatos e espaçamentos políticos encomendados, no país ao longo de varias anos da nossa existência como nação, muitas personalidades, políticos e ONGs, entre vitimas a cidadão comum clamavam a intervenção internacional para ajudar estabilizar o país, o que muito das nossas autoridades de fato ora recusava aceitar essa saída, ora aceitava, mas não tinham apoio interno e externo para a causa.
De crise em crise, de apelo em apelo, parece inevitável a criação de tribunal internacional para julgar crimes de sangue na Guiné-Bissau e dou parabéns ao Ex-Primeiro Ministro em abraçá-la como sua arma política, como advogavam alguns guineenses vitimas diretos ou indiretos. Mas a pergunta que muitos guineenses gostariam de fazer é, como o ex-primeiro ministro espera a criação do tribunal internacional ao mesmo tempo em que concorre a alta magistratura do país (Presidência da Republica), dado que, em cada 10 acusações de crimes de sangue na Guiné-Bissau, 7 mencionam o nome do ex-primeiro ministro, o que seria já suficiente para abertura do processo para ouvir os acusadores e acusados visando elucidar o crime em questão?
Alguns me dirão, se vier a ser eleito Presidente da Republica, com essa promessa imperativa da campanha eleitoral, cumprira com a criação do referido tribunal como é natural o político cumprir as suas promessas e colocara a disposição da justiça. Mais como? Mantendo-se na presidência e deixando o tribunal fazer seu trabalho livremente ou demitira das suas funções provocando mais outra crise política no país?
No primeiro caso, onde se manteria nas suas funções deixando o tribunal fazer seu trabalho a vontade, não é viável em nenhum estado, nenhum bairro, nenhuma associação, etc., porque a historia nos tem mostrado o contrario no exercício das suas funções como chefe do governo, varias acusações de assassinatos foram feitas contra sua pessoa em conferencias de imprensas, processos judiciais de assassinatos que provocaram demissões de vários Procuradores Gerais de Republica por não terem apoio e segurança para divulgar o inquérito sobre esses assassinatos e o arrastar dessa situação nos levou novamente a outra crise.
Quanto ao segundo caso, em que demitiria das funções provocando crise política, é impensável dado ninguém agüenta mais crises políticas com contornos sempre indesejáveis, não que as autoridades precedentes fossem flores que se cheiram, sem esquecer que nunca foram (políticos) capazes de realizar eleições em 40 anos da nossa existência sem apoio financeiro e logístico da comunidade internacional que atinge cerca 100%. Ah, é normal no nosso sistema político, os diretores gerais, administradores, secretários nacionais, ministros admitirem que nem os premiados com Nobel de economia seriam capazes de dar solução econômica ao pais, ou seja, não garantimos a segurança do cidadão nacional, vamos responde-lo forte e feio, não tenho solução na empresa, sem que se demitam das respectivas funções.
Para concluir renovo meu apoio ao Ex-Primeiro Ministro na criação de tribunal internacional para julgar crimes de sangue na Guiné-Bissau e exorto os guineenses e blogueiros internos e externos a causa guineense, a se juntar a ditadura do consenso nessa iniciativa, sem esquecer-se de lembrar os acusados de se colocarem a disposição da justiça a fim de provarem as respectivas inocência, para depois voltar a servir o pais, como acontece em todas as democracias ao redor do mundo.
Boa sorte Guiné-Bissau, não deixe que seus filhos abafem mais uma a verdade que os permitira reconciliarem e devolvê-la o respeito e reconhecimento conquistado com suor a bravura.
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