quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Caro Compatriota Doka,
 
 
Permita-me lhe endereçar meus votos de boas entradas, nesse ano novo que inicia junto a sua querida familia e aqueles que lhe estejam proximos. 

Tenho acompanhado o seu trabalho em prol da Guiné-Bissau, em busca da verdade ou melhor da sua identidade, por que onde paira mais mentira que verdade, não ha identidade, não se sabe quem é quem. 

E este, é a nossa triste realidade, um povo sem identidade. Mas que não renunciamos a sua busca, porque queremos existir como outros existem. Por varias vezes, apeteceu-me escrever-te, seja, para discordar, apoiar ou sugerir, da forma como tem conduzido o seu trabalho da investigação, mas absteci por achar que embora soframos indistintivamente dos males que assolam o nosso pais, não fiz o que tens feito, por isso, poderia ser injusto na minha sugestão, discordância ou apoio, optando assim, por ser um espectador. 

E notavel também seu esforço em chamar razão as nossas autoridades e aos guineenses em prol do Fadul, desde que foi atacado barbaramente no exercico da sua cidadania, funcionario do estado e como lider de uma formação politica e consequentemente a negação da assistencia que estado guineense lhe deve como servidor  (caso de quem tenha acidentado no exercicio das suas funções). 

Lhe escrevo para discordar da sua ultima postagem a favor da entrada do Fadul nesse governo de transição, sem rumo, para salvar a transição, nem que falte um dia para seu fim. 

Acredito que o tenha feito com melhores intenções, mas não ajuda e nem retira nada na imagem que Fadul construi em torno de si, ao longo de varias décadas de luta, pelo bem-estar do seu pais e povo (Guiné-Bissau e os guineenses). Mesmo que eles (autoridades de fato na Guiné-Bissau) tenham cogitado essa hipotese em forma de arrependimento, o Fadul não fara parte desse governo, porque é um democrata, embora reconheça que seria dificil um homem de estado como Fadul negar um pedido de socorro de um pais que tanto ama (Guiné-Bissau), mas se fosse para fazer diferença, como ja aconteceu na nossa jovem, velha e caricata democracia. 

Os guineenses conhecem Fadul como ninguem possa imaginar, quanto mais aos nossos governantes, o que reconhecem hoje as quatro paredes o povo guineense ja o fez énessimas vezes, mas é tão dificil e doloroso vir a publico e dizê-lo em voz alta, e quanto mais tarde mais dolorosa ainda sera. é facil mentir, mas dizer a verdade é para os poucos na Guiné-Bissau, mas Jesus Cristo ja nos avisou e não o malogrado grande Bispo de Bissau como tem sido popularizado no nosso pais " a verdade vos libertara" e não ha nada que possamos fazer enquanto não assumimo-la. 

Façamos eleições que quisermos, governos de transições que quisermos, as nossas verdades que queiramos impor, so passaremos a existir como outros quando a verdade estar no centro das nossas vidas ou dia-dia.
 
Cordialmente,

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