HIPOTECAR, PENHORAR OU
VENDER A GUINÉ-BISSAU?
É
óbvio que não se pode penhorar nem tão pouco vender um País independente com um
determinado território, política e geograficamente delimitado, habitado por um
povo com o instrumento altamente dominante duma convicção e de um viver
coletivo forte! A Guiné-Bissau é um país soberano, com a sua tradição,hino, bandeira
e com um exército armado até aos dentes em Mansoa e altamente treinado!
A
Guiné-Bissau pertence a todos nós(guineenses) com os quais conta para resolver
os seus problemas permanentemente, quer seja no presente ou no futuro. Mal ou
bem o país ajudou e formou muitos quadros médios e superiores espalhados por
este mundo fora. Sem beiras e nem eiras, todosonho dum povo foi parar ao mar,
segundo canções do nosso querido cantor guineense “Aliu Bari”!
Reconheço
o PAIGC como partido libertador da nação guineense. Mais também teve a sua
quota-parte de culpa no que diz respeito, a não criaçãodum Estado ou Governo
independente para governar o povo e garantir a ordem através das leis, e uma
Constituição que beneficie todo um país. Por outro lado, também podia melhorar
a sua política externa, educação, saúde pública, energia, projetos no sector
agrícola, as infraestruturas e as pequenas industriais etc. etc.
Compatriotas,
tantos anos de independência para quê? A Guiné-Bissau atravessa um momento
caótico! O nosso país precisa de uma estabilidade política e autoconfiança,
urgentemente. Só assim poderá atrair o investimento vindo de fora, tão
indispensável para o seu desenvolvimento. Temos vindo a presenciar, nos últimos
tempos, a múltiplas facadas à democracia, com detenções arbitrárias sem culpa
formada, assassinatos, e privação de direitos fundamentais etc. etc.!
Parece-me
que, tudo vai mal neste momento no nosso país: desde caso de 74 Sírios (TAP).
Por outro lado, a nossa relação com Portugal, Cabo Verde e a Angola está
beliscadíssimo!Éo maior partido do país que até a data presentenão consegue
realizar o seu congresso, é o recenseamento que anda a passo de caracol, falta
de combustível, greves por todo lado!
Sendo
assim, com este tipo de comportamento o país corre o risco de ficar isolado no
plano internacional, comprometendo seriamente a débil e frágil jovem democracia
em construção no nosso país! Neste momento precisamos de restaurarcom urgência,
a representação democrático das Instituições, não podemos aceitar este tipo de
procedimentos.
Pergunto
há quem de direito: afinal, há ou não, a realização das eleições gerais para a
data anunciado pelo nosso Presidente da República?
Quero
pessoalmente, por este meio, apelar a todos guineenses e amigos da
Guiné-Bissau, que nos unamos neste momento difícil que o nosso país se encontra
para garantir a realização das eleições gerais agendada para o dia 16 de Março
de 2014, por forma a corrigir o deficit democrático vigente no nosso país!
Neste
caso: “Só o burro que não muda de opinião” “Mário
Soares”!
Depois
duma profunda reflexão, depois de terparticipado em vários debates sobre a
situação do nosso país, passei muitas noites a contar carneirinhos para poder
dormir echeguei a uma conclusão: Guiné-Bissau é estado membro das Nações
Unidas, vive uma situação de sucessivos desequilíbrios político-institucional,
económico-financeiro e social, com propensão e risco iminentes de que a tensão
social geral possa ceder à conflitualidade violenta e daí que, pode-se
solicitar uma missão integrada das Nações Unidas na Guiné-Bissau, baseando numa
das suas resoluções criadas para apoiar nações que precisam: por exemplo, assim
como a nossa que anda à flutuar a 40 anos!
Não
podemos penhorar e nem vender a Guiné-Bissau, mais sim, hipotecá-la a Nações Unidas durante 10 ou 15 anos no mínimo!
Até
breve!
Um
guineense nascido em Mansoa “Fidjudihomigarandi”!
Matosinhos,11
de Janeiro de 2014.
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