Fundo
Monetário Internacional
Washington,
D.C. 20431 USA
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Comunicado de Imprensa n.º YY/XX
PARA COMUNICAÇÃO IMEDIATA
23 de Janeiro de 2018
Corpo Técnico do FMI conclui visita
à Guiné-Bissau
Os comunicados de
imprensa de fim de missão incluem declarações das equipas do FMI, que transmitem
conclusões preliminares na sequência da visita a um país. Os pontos de vista
expressos nesta declaração são os da equipa técnica do FMI e não representam
necessariamente os do Conselho de Administração do FMI, onde esta missão não
dará lugar a um debate.
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A actividade económica continua a demonstrar dinamismo,
apoiada numa gestão orçamental eficaz.
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O projecto de orçamento para 2018 espelha uma mobilização
acrescida da receita, dando maior relevo à despesa prioritária.
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Saúda-se um aumento do investimento, sublinhando-se a
necessidade de uma gestão cuidadosa.
Uma equipa do Fundo Monetário
Internacional (FMI), liderada por Tobias Rasmussen, visitou a Guiné-Bissau de
17 a 23 de Janeiro de 2018, a fim de apreciar o projecto de orçamento para
2018, aquilatar das implicações orçamentais e em sede de dívida, do previsto
recrudescimento dos investimentos infraestruturais, assim como trocar
impressões sobre as recentes evoluções registadas no sector bancário.
Na conclusão da visita, Tobias
Rasmussen emitiu o seguinte comunicado:
“A actividade económica continua a demonstrar
dinamismo, apoiada numa gestão orçamental eficaz. A inflação continua baixa e a
receita fiscal demonstra um aumento robusto, continuando o crescimento do PIB
real próximo do ritmo de cerca de 5,5 %, registado em 2017. A retoma do
investimento público e privado está a imprimir um novo impulso ao crescimento,
compensando uma provável estabilização nos preços do caju na sequência dos
marcados aumentos do ano passado.
“O orçamento para
2018, aprovado pelo Conselho de Ministros, espelha os esforços envidados pelas
autoridades para potenciar a mobilização de recursos e abrir espaço orçamental
para despesas prioritárias, em linha com os objectivos do programa apoiado pelo
FMI. Graças à contenção do défice orçamental geral abaixo dos 3% do PIB, o
aumento da receita deverá permitir um crescimento da despesa em cerca de 3
pontos percentuais do PIB, sobretudo em investimento infraestrutural.
“Saúda-se um aumento do
investimento, na medida em que poderá colmatar lacunas críticas na infraestrutura
nacional, sublinhando-se a necessidade de uma gestão cuidadosa. A consecução
dos efeitos pretendidos, em sede de desenvolvimento, depende de um correcto
planeamento e execução, levando em linha de conta os condicionalismos em
matéria de capacidade e endividamento. Alguns projectos de investimento carecem
todavia de plena integração no processo orçamental.
“Recomenda-se ainda vigilância, no sentido de garantir um sector financeiro
sólido capaz de apoiar um crescimento económico sustentável, o que inclui uma
supervisão bancária eficaz assim como a validação da observância das normas
prudenciais.
“A missão conta regressar a Bissau em Março, para trocar impressões com as
autoridades em sede da 5ª avaliação do programa apoiado pela FCA.”
A equipa reuniu com o
Presidente José Mário Vaz, Procurador-Geral da República Bacar Biai, Ministro
das Finanças João Fadia, Directora Nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) Helena Nosolini
Embaló e com outros altos responsáveis, assim como com representantes do sector
privado e da comunidade de doadores.
A missão do FMI deseja
agradecer às autoridades as conversações construtivas e a sua calorosa
hospitalidade.