PAIGC Secçâo - França
ESPERANÇA FRUSTRADA
Nos anos 1920, 30, 40 e 1950, os povos africanos
estavam em lutas ferozes de resistência contra a dominaçâo colonial europeia
com armas incomparàveis, depois da partilha da Africa em 1884 no Berlim.
Os africanos estavam condenados a resistir à todo o
custo, porque nâo havia outra saida que respeite as suas dignidades. Mergulhados
num conflito sem a esperança de paz nem uma soluçâo viavel em vista, à nâo ser
a submissâo ao poder das armas do colonialismo, esfomeados com o objectivo de
os enfraquecerem nas suas résistências como foi em « Cabo Verde »,
foram objectos de brutalidades, humiliaçôes dificeis à compreender ou mesmo a conceber
pelas geraçôes actuais na Guiné Bissau e em Africa.
As barbaridades que caracterizaram o poder colonial
levou os primeiros quadros formados pela « Administraçâo colonial » à
oferecerem uma saida honravel e digna aos nossos povos desesperados pelas
violências das armas.
Assim nasceu uma « Esperança » de organizar as suas lutas de uma forma moderna e
eficaz permitindo assim aos povos africanos de respirar um ar de liberdade e
dignidade restauradas pelos filhos dignos da Africa.
O PAIGC répresentava naquela
época uma Esperança divina, vinda do céu ao socorro do povo màrtir da Guiné
Bissau e Cabo Verde. O Partido de Amilcar CABRAL ofereceu aos povos da Guiné
Bissau e Cabo Verde o que o colonialismo em mais de 500 anos nâo conseguiu dar
nem sequer algo identico.
O PAIGC criou a justiça do povo, pelo povo e para o
povo ; criou as infraestruturas directamente ligadas à vida do povo como
os hospitais, a agricultura, as escolas, os meios de comunicaçôes administrados
pelos guinéenses e caboverdianos.
Mas a maior realizaçâo que
transformou o PAIGC em um Partido de esperança do povo com experiência e
maturidade politica é a organizaçâo e a consolidaçâo da sua unidade que
transformou por completo a résistência armada com uma éficacidade jamais
conhecida.
Essa é a maior obra e realizaçâo do homem : Amilcar CABRAL, pensador, téorico,
estratego, e lider incontestavel da sua geraçâo na luta de libertaçâo na Guiné
e Cabo Verde.
Amilcar CABRAL foi assim distinguido e estimado pelo
povo, pela Africa e o mundo progressista.
Na independência, todos os guinéenses acreditavam e
apostavam no partido PAIGC com confiança, entusiasmo e muita alegria por causa
de um future certo que estava garantido à todos e a todos os niveis. Esta
esperança foi adiada em novembro de 1980 pelo golpe de Estado que pôs fim ao
projeto ideal da independência nacional da Guiné Bissau concebido e realizado
pelo camarada Amilcar CABRAL pessoalmente.
Depois da destruiçâo de todas as conquistas do nosso
povo pelo sistema anti-social que se instalou na Guiné Bissau com o objectivo
de desenraizar os valores do PAIGC, falam hoje do PAIGC deste ou daquele Senhor.
Camaradas o PAIGC nâo pertence à ninguém se nâo o
povo ! Foi criado pelo camarada Amilcar CABRAL e os seus companheiros, mas
com a inteligência dele, soube entregar ao povo uma arma para a sua defesa
contra qualquer tipo de dominaçâo, como a de CEDEAO, e um ustensilio de
trabalho para garantir a sua sobrevivência e a sua dignidade humana.
Hoje fala-se do PAIGC deste ou daquele para enganar,
manipular as consciências ainda em sonolência. Por isso dizemos que o Partido
actualmente transformou-se numa esperança frustrada infelizmente para o povo da
Guiné Bissau.
Porque nôs na Guiné como na Diaspora nâo fechamos a
porta ao camarada Domingos Simôes Pereira em 2014 quando foi apresentado aos
camaradas. Por isso é incompreensivel a sua atitude de fechar as portas e
janelas do Partido aos camaradas, provocando assim uma divisâo ainda mais pior
que antes da sua vinda no Partido em 2014.
Provocou sacrificios enormes aos camaradas, pondo em
perigo a soberania nacional que nos custou muito caro em relaçâo aqueles que
confiaram as suas soberanias aos outros. Muitos camaradas morreram por causa da
crise provocada pela sua intransigência no Partido, criando ôdios e rancores.
O nosso desejo é que tudo isso sirva de liçâo para as
geraçôes futuras que devemos preparar jà e nâo achar nas ruas individuos sem
valores nem referências para introduzi-los como venenos no Partido.
Nem toda a gente é do Partido,
quem o disse e o porquê?
Estamos abertos ao dialogo como sempre ensinou o
camarada Amilcar CABRAL mas firme e determinados na luta pela verdade, justiça e fraternidade na Guiné Bissau.
Viva o PAIGC !
Viva Amilcar CABRAL !
Viva os combatentes da Liberdade
da Pàtria !
Viva o povo da Guiné
Bissau !