PARTE I:
SERÁ QUE AINDA VALE A PENA SEGUIR NOVAMENTE OS CAMINHOS DE PAIGC?
Dr. SANCUM CAMARÁ
A Guiné-Bissau tem sido governada, há mais de 4 décadas, por um regime politicamente suportado por um único partido.
Nesta perspectiva, todas as questões de fundo, pelo bem ou pelo mal, relacionadas com acções governativas, são da responsabilidade única e exclusiva do actual regime, que durante todos esses anos, da pós-independência, se pautou por ser um Partido-Estado e vice-versa.
A triste realidade guineense é visível, por todos quantos na Guiné-Bissau vivem, para aqueles que a visitam e mesmo por guineenses que há muitos anos residem no exterior. Embora se reconheça que os sucessivos momentos conturbados, tenha sido responsável pela degradação das condições de vida no nosso país, é nossa convicção que, os guineenses já deveriam conhecer uma realidade diferente.
A GUINÉ-BISSAU vive uma realidade deprimente, com a perspectiva de se agravar ainda mais, caso o actual regime mantenha as rédeas da acção governativa.
Aquilo que vimos é desolador, PAIGC e os seus governantes enganam e continuam a enganar todos, principalmente juventude, que pena.
O PAIGC revela-se incapaz e sem vontade política de fazer as transformações profundas necessárias desde a independência, que nos permita ter uma verdadeira democracia.
O PAIGC e os seus dirigentes governaram este país durante 4 décadas, e não conhecem este povo, nem conhecem as suas necessidades, nem a realidade deste povo e desta terra, que sempre desprezou, passando o tempo a humilhar as pessoas, sempre que começam as campanhas eleitorais as portas dos dirigentes estão sempre abertas para qualquer apoiante, porque precisam dos votos. Depois de alcançada a vitória, apenas os seus familiares e amigos, ou comadres é que conseguem trabalho, dinheiro, casa, carros de luxos, facilidades, autorizações, contratos, etc.
PAIGC arruinou o país, um estado soberano e democrático, sem Saúde para os seus filhos – continua ser péssima, até entristece comentar o estado dos nossos cuidados de saúde e hospitais que, praticamente, não existem. Isso é triste e lamentável. Precisamos de cuidar deste serviço, com o potencial humano, para que os próprios dirigentes do país, se sintam orgulhosos dele. Temos verificado que por qualquer coisa vão a Ziguinchor, Senegal, Portugal e França, mas nunca vimos um senegalês, português ou um francês, virem ao nosso país para tratamentos.
Os estrangeiros criaram um bom sistema de saúde, para se poderem tratar condignamente e na sua terra. Mas com todo esse maltrato a população continua apoiar cegamente o PAIGC, qual o beneficio desse apoio. A Educação - com greves constantes, o nosso sistema de ensino tem se fragilizado por completo. PAIGC não deve merecer mais o voto de confiança dos jovens.
Bem-haja!
Dr. SANCUM CAMARÁ