terça-feira, 31 de dezembro de 2019

N,toni balela e os seus planos planejados: 
Data 31/12/19
Artigo feito por: nicky nicky

Sempre usou as pessoas e descartou  assim fez com o baciro dja  no congresso de cacheu  e com Cipriano cassama e vários outros com grande reputação no campo politico e dirigentes do paigc.

Depois de ter escutado o áudio vazado de cossa cossa em lisboa depois de formação de governo o líder de apu pdgb falava com estrutura do seu partido em lisboa num encontro promovido por militante do seu partido o cossa cossa aproveitou explicar o seus militantes e responsáveis do seu partido na disporá que o paigc e um partido de egoístas e oportunistas e atraidores como vinham ser constatado em pouco tempo.

N,toni balela começou armar ofensiva para depois  das  eleição presidências de 24 de Novembro  do mesmo ano  belela  foi a casa do líder de renovadores para mais uma vez tentar convencer a deixar o acordo assinado com madem g-15 de incidência parlamentar para governar .

N,toni balela disse ao líder de renovadores que ele tem mais confiança em cossa cossa e também partido apu pdgb só tinha cinco mandatos que isso representa uma fraca coligação  só pode ser aprovado programa e o orçamento  de governo mais pode mudar algumas diplomas como sabem para votar  algumas leis e preciso ter 67 mandatos mais com 54 não pode mudar nada e só pode aprovar programa e OGE de governo.

Balela não desistiu  dos  seus planos de fragilizar o partido apu que e fiel da balança com cinco mandatos se ele tem assinado antes com renovadores e madem G-15 daria 53mandatos  isso e uma nova maioria parlamentar também só pode aprovar o programa e OGE   mais não pode aprovar diplomas como lei eleitoral e veto do PR.

Se apu tinha assinado com renovadores e madem G -15 esse acordo de incidência teria mais consistência  e fiabilidade e segura que só pode terminar no 4 anos de mandatos por que todos os três partidos tem bancada no hemiciclo e também esta com  representante no comissão permanente  e na conferencia dos lideres.

N,toni  balela esta  preparar para colocar o partido de apu pdgb. Contra parede depois das presidências vai fazer o seguinte: demitir o governo liderado por AG. Invocando crise institucional e outros demitir o governo de incidência parlamentar. Assinado por 4 partidos com assento parlamentar PAIGC com 47 mandatos/ APU PDGB com 5 mandatos/ PND com 1mandatos/ UM PARA MUDANÇA com 1 mandatos.

E para nomear outro PM esta entre três figuras: PAULO GOMES/ MAGDA NELY ROBALO/ G.MARTINS esses nomes na agenda do balela que já planejou há tempos por que numa passagem ele disse os seus agentes que esse processo tem duas fase primeira e segunda partes já esta e pensar num segundo bloco governamental mais antes de avançar para nomear o novo PM ele tem de voltar a mesa de negociação com o partido APU para reduzir as pastas só deus sabe como balela esta ser pressionado pelos seus pares e dirigentes por que ter cedido o partido APU com 5 mandatos os ministérios e secretaria de estado tao importante como ministério de interior e secretaria do transporte e telecomunicação.

Só pretende deixar com duas pastas no próximo governo um ministério e um secretaria de estado caso APU rejeitar n, toni balela vai derrubar assembleia nacional popular e vai formar um governo de iniciativa só vai fazer parte elementos do PAIGC e marcar eleição legislativas num período de 90 dias como esta plasmado na nossa constituição a lei magna  e ganhar eleição legislativa com 76 mandatos  esse numero de mandatos consegue mudar as leis e aprovar diplomas  com dois tersos  de deputados  com efectividade em função.
N,toni balela vai extinguir partidos recém criados como MADEM G-15/ APU PDGB/ FREPASNA/ 

Vai colocar caos no partido e um clima caça as bruxas no seio de renovadores para os seus fins políticos

Balela não gosta de lidar com o ponto de vista dfrentes ele e um anti democrata que só gosta de aplausos de clima de medo tornou partido PAIGC num centro de marionete só dizem matchu <<< matchu<<<< um líder que só traz batalhas ao seu povo não seria uma novidade.
Cossa cossa acordou página se virou USE e presidente.

Viva umaro sissoco embalo
Viva inquebrável solidez Braima camara (Ba de povo)
Viva bloco de oposição dos partidos políticos 

Nova era se começa amanha dia 1 janvier
MAXIMUM ALERT!

Raspadinha de nick aerton
THE CHAIRMAN OF THE NATIONAL ELECTIONS COMMISSION, JOSE PEDRO SAMBU, WILL BE HELD RESPONSIBLE FOR THE TRAGIC CONSEQUENCES OF ANY ATTEMPT TO CHANGE THE ELECTION RESULTS. FROM RELIABLE SOURCES OF HIS OFFICE, WE KNOW THAT HE IS UNDER A HEAVY PRESSURE AND WITH PROMISES OF OCEANS OF MONEY, BUT HE SHOULD RATHER THINK ABOUT HIS WIFE AND KIDS, IF HE HAS ANY. 
LAST NIGHT HE MET TWICE WITH ENVOYS IN A VERY WELL-IDENTIFIED LOCATION, BECAUSE HIS MOVES ARE BEING MONITORED BY TRUE INTELLIGENCE PROFESSIONALS. AS SUPREME COURT OF JUSTICE MAGISTRATE STILL ENJOYING SOME REPUTATION HONOURABLE SAMBU SHOULD BE CAREFUL AND RENDER THE SERVICES HE WAS CHOSEN FOR BY PRS.
IT IS A QUESTION OF MATHEMATICS. ONE PLUS ONE IS TWO (1+1 = 2). THAT’S ALL.

People are expecting anything but counter their will that expressed the urn on elect general el mocktar sissoko even though I yanick voted for him for conviction and knew about a quiet conscience-
Estes são os resultados reais na posse da CNE, OBSERVADORES E COMUNIDADE INTERNACIONAL. 
DOKA INTERNACIONAL NA LINHA DA FRENTE 




ARCAISMO NA DIVULGACAO DOS RESULTADOS ELEITORAIS

Não é normal que, em pleno Séc. XXI, os resultados de eleições, sejam elas autárquicas, legislativas ou presidenciais ou de outra natureza politica, levem mais de 24 horas para serem publicados pelo órgão legalmente competente. Isso demonstra o estado de atraso em que está a nossa mamã Guiné-Bissau, comparada com países da sub-região.

Na vizinha Gâmbia, antes das 23 horas ou seja 11 horas da noite do dia do escrutínio, os resultados são divulgados pelos órgãos de comunicação social públicos, na voz do primeiro responsável da instituição encarregue de organizar as eleições, neste caso a Comissão Nacional de Eleições. 

Daí a urgente necessidade de se proceder à urgente revisão da nossa caduca lei eleitoral que, entre outras gritantes lacunas, não prevê a observação nacional. 

O sistema vigente ale de ultrapassado cria condições para conflitos pós-eleitorais, porquanto abre possibilidades para a fraudes, através dos subornos. 

Importa referir que em relação as eleições de ontem, dia 29 de Dezembro de 2019, quer a CNE publique ou não os resultados amanhã ou na quarta-feira, o certo é que os resultados já são conhecidos nos dois campos, e qualquer tentativa da sua alteração vai levar o país a uma situação de caos total. 

Que o Zé espertalhãos saiba que também existem um Zé espertinhos por aí dispostos a tudo.

Não se trata de uma ameaça, mas sim um alerta para o Boss da CNE que é pai de família e pessoa de bem. 

Esta historia teria já terminado se o DSP tivesse a hombridade de telefonar o USE para lhe felicitar pela vitória, que é a vitória da democracia Guineense, caso ainda não o tenha feito.

Que o bem-haja guine bissau e se povo
FEITO POR: YANICK AERTON

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Lutando nas sombras!

Feito por: yanick aerton
NDIANTA”, COMO NOS ACONSELHA O HERÓI VIVO, EL COMANDANTE MANUEL SATURNINO COSTA

No momento em que se aguardam os resultados da segunda volta da eleição presidencial, ainda que ja seja conhecido o vencedor, importa lembra aos Guineesnes o seguinte:

Somos Guineenses e a Guiné-Bissau esta acima de todos nos, e o engajamento de todos deve ser no sentido de defendermos os sagrados interesses do povo, o que passa necessariamente pela nossa entrega total ao trabalho – falar pouco e trababar mais, por uma Guiné-Bissau com que sonharam os PAIS FUNDADORES:

Que o maior vencedor neste pleito eleitoral é o POVO, the PEOPLE, le PEUPLE, el PUEBLO, que aspira a mudança, e para isso, tinha que apostar num Guineense para se libertar do atraso em que foi posto durante todos esses anos pelos actores politicos doutra era, preferindo apostar na nova geração. 
Não é que aquele que foi escolhido seja o melhor, ou o vencido seja pior, mas a opção do povo é de definitivamente afastar-se tanto do PAIGC quanto do PRS, dois partidos que governaram o pais na “diskarna”. 

Os elementos de um (PAIGC), passaram todos esses anos a eliminarem-se fisicamente, ignorando completamente o Programa Maior. Os membros do outro (PRS), em vez de servirem o povo nos cargos que ocuparam no aparelho do Estado, passaram todo o tempo a apoderar-se do erário público para se enriquecerem ilicita e impunemente, facto que se constata pelos bens que possuem, sobretudo imobiliários, indo até ao ponto “di serpente nguli dinheiro”. 
Tudo isso perante a passividade dos órgãos chamados a reprimir esses actos criminosos lesivos aos interesses do marterizado povo (o Ministério Público, a Inspecção Geral das Finanças, a Inspecção Superior Contra a Corrupção, o Tribunal de Contas, etc);

A partir desta viragem da página na história do nosso povo, devemos eleger como prioridade a reconciliação nacional e o desenvolvimento das nossas capacidades para que cada um de nos, dedique todas as suas energias para crescer;

A partir de ontem a meia-noite, os insultos, os ataques, pessoais, os pronunciamentos que criam o mal-estar devem cessar, e considerar-se aquilo que se passou durante a campanha eleitoral na óptica da mera propaganda politica para angariar mais simpatias, embora muitas vezes tenha havido exageros.

O Jomav, o Cadogo Jr, o DSP, o USE, o Nuno Nabian e outros compatriotas que participaram nesta competição eleitoral são todos bons filhos da Guiné-Bissau, e assim devem ser considerados. Observemos um periodo de interregno durante o qual vamos falar pouco de politica ou fazer política politiqueira e arregaçarmos as mangas “pa pui mon na lama, pa terra ranka um bias pa sempre (slogans de alguns candidatos);

 Aos candidatos Cadogo Jr, Jomav, Nuno, aos ex-presidentes da República Sirifo Nhamadjo, Raimundo Pereira, não deixem só ao USE com essa gigantesta tarefa de unir os corações, porque é vossa obrigação e de também transmitir a vossa vivência para fazer sonhar de novo o Guineense;

Devolvamos a cadeira da Primatura ao DSP, por uma questão da justica eleitoral, o qual não deve recusar, para que, de forma humilde e com a abertura que se deseja ver nesta nova era, demonstrar o que na prática pode fazer, em perfeita sintonia com o Parlamento e a Presidência da República, com base nos princípios da separação de poderes constitucionalmente consagrados. A decisão de nomear o DSP ao cargo sera um grande serviço que o novo PR ira prestar a Guiné-Bissau. 

Ao novo PR, que evite ser refém de um grupo ou lobby “pa i ianda cu si pe i pensa pa si cabeça”.

Esta e a contribuição de um cidadão que espera poder ver a Guiné-Bissau ARRANCAR, termo da autoria do Ba Dabo, Major do Povo (Que a sua alma descanse em paz), antes de ir responder no Reino do Altissimo.

Sin iara aguin, pa i purdan pabia no entra na era di purda cumpanher. 

Peace and Love!
Viva a Guinendadi!
Viva a Democracia!
Viva General El Mokhtar Umaro Sissoco Embalo!
Aguardamos!
E agora? E agora? 
Como a derrota do DSP e já uma realidade, será que o Primeiro-ministro Aristides Gomes se vai demitir, como afirmou numa das suas declarações?
E os dois “mother fuckers” que juraram de pés juntos de que o candidato Umaro Sissoco Embaló não será Presidente da Guiné-Bissau? Será que vão transformar-se em kamikazes para o eliminar fisicamente. E o analfabeto, o coxo, o super-envidado soi-disant empresário que matou o Português Dias e se apropriou da sua pastelaria na praça do Império?
Esta pergunta é legítima porque o tom das suas declarações leva a qualquer ser humano que goza das suas faculdades a pensar que a intenção é essa. 
Mas só que não se lembram de que o Umaro e um expert em inteligência e sabe como evitar as ciladas de pessoas mal-preparadas como essas que pronunciaram essas leviandades.
Adeus ao Dominguismo!
Viva o PAIGC de Cabral!
Viva a Guinendadi!
Viva a Unidade Nacional!
Viva o Presidente Umaro El Mokhtar Sissoco Embalo!
Carpis vs carpis

domingo, 29 de dezembro de 2019

MUITO URGENTE!
Está em curso a montagem de um esquema de fraude no M.I,  encabeçado por comissário Armando Nhaga, em conexão com os funcionários da C.R.E- Bissau, o Sr. Gilberto Bacurin, responsável  para a introdução dos  dados no sistema informático e o Sr. Braima, Adjunto do Bacurin.
Chama-se a atenção da população guineense e da Comunidade Internacional sobre possíveis consequências.
Círculo 18 ; Sonaco
Resultados de apuramento das Atas sinteses:
DSP 2865=23%
USE. 9693 =77%
Projeção à boca das urnas

De acordo com as primeiras projeções no âmbito da votação tida hoje em todo o território nacional, Umaro Sissoco Embaló será o próximo Presidente da Republica da Guiné-Bissau.

O provável sucessor de José Mário Vaz, na Presidência da Republica, pode atingir os 63 porcento contra 37 do seu adversário Domingos Simões Pereira do PAIGC.

Uma nota importante, o numero de abstenção nesta segunda volta subiu de uma forma expressiva, podendo atingir os 32,63 porcento.

Já são contados mais metade de votos em todo o território nacional. Também faltam os dados da diáspora.
CONSIDJU!

To all our compatriots!
The attempt that is being rehearsed involving high PAIGC personalities and the Chairman of the National Elections Commission will not succeed because we are on maximum alert.
Those who are trying to orchestrate this dirty game should remember that Guinea-Bissau is not Gabon or the RD Congo, where the winners were simply declared losers and replaced by puppets. 
No one is saying that x or y should be given the victory as a gift to later serve the interests of his godfathers, but CNE Chairman should be a true professional and remember that he is a Magistrate of the Supreme Court of Justice. 
That means a lot, especially to someone who wants to be remembered in the future for the good job done.

Nada de tentar prestar um mau serviço a Nação. O mundo ouviu o áudio e os patriotas estão atentos e à espera do Presidente da CNE uma atitude de nobreza, de verticalidade, de um verdadeiro Mansoanca que não vai manchar o nome dessa prestigiada comunidade, conhecida pelo sua seriedade, trabalho e orgulho próprio. 

Please, não se deixe arrastar para um caminho do qual ficará arrependido pela eternidade, por umas migalhas de gente sem escrúpulo. E sobretudo não se esqueça de que foi o PRS, um partido de patriotas que não se vendem, que o propôs para o cargo de Secretário Executivo da CNE, não para servir interesses inconfessos mas sim para server, com dignidade, o país que o viu nascer.

Finalmente, lembre-se que a Guiné-Bissau não é o Gabão e nem a RDC, onde os vencedores foram declarados perdedores. 
Portuguis cuma “ quem te a visa, teu amigo é”.

Li, kila ca na sedu NUNCA! NUNCA! NUNCA! NUNCA! NUNCA!
Es ika nenhuma ameaça i apenas pa tchomau atenson pa bu lembra cuma sumu juiz cu bu sedu bu ta obedeci so a dus Cusa: lei cu bu consciência.
Fugu ca ta brincacadu cu el!
VIVA GUINENDADI!
VIVA UNIDADE NACIONAL!

VIVA DEMOCRACIA!
VIVA GENERAL DI POVO!
VITÓRIA E CERTA!
De mestre nick clermont
    SKY NEWS
Feito por: nick clermont
Ganhar ou perder, faz parte do jogo democrático em eleições, principalmente em disputas eleitorais para a conquista do poder político nas autarquias, legislativas ou presidenciais. A essa regra a Guiné-Bissau não é uma excepção, por isso é que o bom senso deve reinar nos Guineenses. 
Esta segunda volta das eleições presidenciais não são o fim do mundo em si, e depois de proclamados os resultados eleitorais e empossado o novo Presidente da Republica, o General Umaro El Mokhtar Sissoco Embalo, a vida vai continuar. 
Neste preciso momento em que escrevo este artigo, de fonte fidedigna, a partir da localidade de Nhoma, deu-se inicio a distribuição de arroz e dinheiro na vã tentativa de compra de consciência de homens e mulheres íntegros, que por nada desse mundo, vão trocar a sua dignidade, aquela dignidade com que o POVO BRASSA é conhecido, por umas migalhas ou um produto de cuja produção são uns dos maiores especialistas.
Essa operação é liderada, segundo a fonte, pelo presidente do executivo regional que, para garantir a sua continuidade do cargo (o critério da sua nomeação não se baseou na competência, porque de competente não tem nada), está disposto a cometer todas as asneiras sem olhar a consequências. Mas que se cuide, porque dentro de pouco tempo vai ser surpreendido por uma reacção a este acto de ofensa de que ficará arrependido por toda a vida.
Esta mesma operação está programada para começar depois da meia-noite em todos os bairros de Bissau, mas a juventude das FORÇAS DO BEM, MADEM, PRS, APU, movimentos do JOMAV e do Botche, bem como das candidaturas do CADOGO JR, do AFONSO TE e outros apoiantes, está atenta e vai reagir forte e feio.
Espera-se do DSP uma atitude nobre de um bom perdedor, felicitando o seu adversário amanhã logo que a contagem dos votos ultrapasse os 70 % e tenha a plena consciência da sua derrota. Que não escute aqueles que o traíram em toda a linha no PAIGC e que nada fizeram para que a sua progressão em termos de resultados na primeira volta fossem além dos 10% quando comparado com os resultados das eleições legislativas de 10 de Março de 2019.
O DSP é sem dúvida um bom quadro, teoricamente falando, e pode dar ainda muito ao seu pais, por isso se for chamado a assumir de novo o cargo de PM, em nome da estabilidade, ica dibi di nega, porque o seu partido ganhou as eleições, ainda que com uma maioria relativa. 
Assim, ele poderá demonstrar na prática aquilo que diz poder fazer, porque ainda não nos provou nada de concreto, salvo os discursos bonitos e as boas intenções não traduzidas ainda na prática. 
A partir de segunda-feira, todos os Guineenses devem enterrar o machado de guerra, abraçarem-se e inaugurar uma nova era para em três anos a Guiné-Bissau passar a ser um exemplo a seguir. 
Em consequência, cada partido ou pretendente ao trono deverá organizar-se melhor e preparar-se para os próximos embates políticos, nas autarquias, legislativas e presidenciais.
Viva a Guinendadi!
Viva a Guiné-Bissau!
Viva a Unidade Nacional!
Viva o Presidente General Umaro El Mokhtar Sissoco Embalo!

Inicio da votação da segunda volta está marcado com esquemas de fraude do PAIGC.

A candidatura do PAIGC,  mandou vir pessoas de diaspora cujos nomes não constam no caderno eleitoral e, no sentido de aumentar numero de votos mandaram para mesas de voto como delegados. Isso se chama fraude eleitoral

sábado, 28 de dezembro de 2019

PASSA LINHA!
ARTIGO DE nick clermont
Feito em Bissau dia 28/12/19
Há menos de 48 horas para uma nova era na pátria de Cabral, a de renovar da esperança não podia de
Forma alguma deixar de emitir a minha opinião sobre os aspectos que me parecem ser mais importantes e conducentes ao reforço da unidade e coesão do nosso povo.
Virada a página de uma intensa campanha eleitoral sem incidentes maiores dignas de menção, os Guineenses devem agora esquecer aqueles aspectos menos plausíveis próprias de uma campanha em que as forças em competição se gladiaram de todas as formas para convencer o eleitorado e mobilizá-lo a abraçar a sua visão, para federar todas as energias, independentemente das considerações político-partidárias, religiosas e étnicas ou comunitárias (em termos identitários), no sentido de desenvolver a nossa mamã Guiné e criar o bem-estar às suas populações, que vêm sofrendo ao longo dos 46 anos de independência, a favor de uma vida de luxo da sua elite política.
O candidato que vai ser eleito, e que será indiscutivelmente o General Umaro Sissoco Embaló, não deve considerar-se vencedor, mas sim atribuir essa vitória a uma legítima aspiração dos Guineenses à mudança, e desta feita, contar com o apoio de todos na prossecução dos objectivos consignados no seu manifesto, que a partir da sua tomada de posse passa a ser o manifesto de todos os Guineenses. 
O momento é o do reforço da unidade da nossa Guinendade e da reconciliação nacional, esquecendo todos os males e de perdoarmo-nos, porque o povo está expectante, e o período da graça será muito curto, tendo em conta as promessas eleitorais.
O PAIGC que ganhou as eleições ainda que com uma maioria relativa deve ser dada a oportunidade de governar, em nome da justiça eleitoral e o líder chamado a assumir a chefia do governo. E só quando o PAIGC não conseguir garantir a maioria parlamentar é que se poderá pensar num plano B, e com o sagrado propósito de consolidar o funcionamento das instituições da República. Outra solução diferente desta será pura e simplesmente prolongar a crise.
Não existem dúvidas sobre a existência de apetites, mas é preciso dar o tempo ao tempo e respeitarmos religiosamente as regras da democracia e os instrumentos que regulam o funcionamento dessa grande conquista da Humanidade, sobretudo a Lei Magna.
Poder Deus cu ta dal. Poder ta conquistado na urna, i PAIGC conquista nan poder na legislativas suma cu USE na conquista poder amanhã na urna. 
Por isso, para que os males sobretudo do passado recente, sejam esquecidos é bom permitir ao Presidente eleito para andar com os seus pés e pensar com a sua própria cabeça. Nada de influências negativas e eu que o conheço muitíssimo bem, sei que não se vai deixar influenciar para se desviar dos seus objectivos pa i passanta djintis borgonha.
Se há um Presidente da República que não deve ter direito a erro e o USE, razão pela qual deverá ter como principais conselheiros, não estatutariamente, o Jomav, o Cadogo jr e o Nuno, pelo menos até aos novos embates eleitorais em que inevitavelmente irá defrontá-los, caso se recandidate para um segundo mandato. Tudo isso deverá ser feito em nome do heróico povo da Guiné-Bissau, para se poder pôr definitivamente termo a este ciclo de instabilidade.
Vamos todos eleger uma MORATÓRIA de pelo menos 3 anos e voltarmos a considerar-nos como fidjus di um pape cu um mame, porque na verdade assim é que é – anos tudo i ki um son!
Viva Guinendade!
Viva Democracia!
Viva Reconciliação Nacional!
Viva Presidente Umaro El Mokhtar Sissoco Embalo!
                                            Diversão!
Artigo feito por: nick clermont


Estamos a fazer tudo, menos debater as questões essenciais que nos interpelam, nas vésperas deste virar de página, na história política da Guiné-Bissau. 
São os insultos, são as calúnias, são as difamações, são os actos teatrais absurdos, etc., em vez de ouvirmos mensagens que nos permitam avaliar os vários candidatos nestas eleições presidenciais.
Falar de coisas que nunca existiram no nosso pais, nem na Guine pré-colonial, na Guine-Portuguesa e nem tão pouco na moderna Guiné-Bissau. 
Aquilo que vem sendo veiculado nas redes sociais ou nos órgãos de comunicação social sobre o tribalismo ou questões de índole religiosa, não passa de mera diversão. Não existe e jamais existirá. 
O que se passa no terreno é absolutamente normal. Desde a introdução do multipartidarismo, o eleitor Guineense nunca votou com base nos conteúdos programáticos das candidaturas.
Quando foi fundado o PRS, quem foram os que mais se juntaram a esse partido? Evidentemente aqueles Guineenses que mais se identificavam com o seu líder e, coincidentemente, membros da etnia a que pertencia o Koumba. Um fenómeno natural.
A mesma coisa se pode dizer em relação a uma formação politica criada por um Fula, um Creolo, um Mandinga, um Manjaco, um Muçulmano ou um Cristão. Isso não significa que esse acto seja tribalismo. 
Alguma vez alguém questionou os 30.000 votos da região de Biombo atribuídos fraudulentamente ao Presidente Nino, nas eleições em que teve como principal adversário o Presidente Bacai? É isso também tribalismo? 
É uma grande inverdade tentar enganar as pessoas que alguns políticos estão a promover o tribalismo ou intoxicar a sociedade com questões de pertença religiosa, porque o povo não é burro e sabe “separar o jóio do trigo”.
Para atacar o adversário, muitos estão a bombardear a sociedade com frases como: salera cana bai Palácio. As mesmas pessoas que diziam no passado: Palácio transforma na Nghaendadi. Na presidência do Jomav, falaram de Djambacusndadi. 
Sem nenhum complexo, mas se fosse um Creolo oriundo do perímetro alcatroado de Bissau zinho, aí, tudo seria considerado “mar de rosas”.
O mais chocante é ver “dos nossos”, soi-disant “grandes quadros”, só porque “eta tchami cu elis”, por medo de perder o “curo”, os acompanham nessa cruzada inglória de tentar desviar o eleitorado do essencial. 
Se um muçulmano acede a presidência da república, ele vai levar a “chaleira” para o Palácio, mas quando o Cristão é eleito presidente da república, ele não leva nenhum sinal que o identifica com a sua religião? Quando isso acontece, isso é, a ocupação do Palácio Rosa por um Cristão, isso significa que o Palácio está entregue em boas mãos.
Essas tentativas de se refugiarem nesses discursos vazios não passa de uma estratégia de “namorar” os votos dos menos esclarecidos, quando na realidade esses “caras” como dizem os Brasileiros, são os mais tribalistas, uns complexados e, em privado, fazem-se de vítimas do sistema por serem da uma determinada confissão religiosa.
É bom procurarmos ser mais realistas. A medida que os membros de uma comunidade ganham consciência e compreensão dos grandes desafios que têm a sua frente, as escolhas passam a ser mais selectivas e, no contexto sobretudo Africano. 
Assim, em igualdade de circunstâncias, optam por escolher aquele candidato com quem mais se identificam e capaz de defender os seus interesses. É precisamente o que estamos a verificar nestas eleições presidenciais, em que cada comunidade preferiu dar o seu voto aquele candidato com quem mais se identifica e julga capaz de defender os seus interesses.
É só na Guiné-Bissau que uma meia dúzia de gatos-pingados, uma minoria assimilada e creolizada, conseguiram manipular a maioria durante todos esses anos. Não é normal uma minoria passar todo esse tempo a manipular a maioria, como se os seus membros ou a sua elite fossem carneiros, os seus membros se deixaram “encarneirar”. 
Daí a premente necessidade de se criarem universidades públicas, pelo menos uma em cada província, para permitir que os filhos dessas localidades possam estudar localmente e formar-se. 
A partir daí, nada será como dantes, porque ninguém poderá enganar os progenitores desses filhos, como se tem verificado nesses anos todos. 
Falemos de outra coisa que não seja de tribalismo ou de “religionismo”, porque é um falso debate. Pura e simplesmente, as pessoas ganharam a consciência de que o exercício de altos cargos a frente dos grandes partidos políticos, do Estado, etc., não é reservado apenas a uma certa gentalha.  
Nenhum político poderá dividir os Guineenses, por mais que tente com discursos enganadores. 
Nós, Guineenses somos unidos e indivisíveis! 

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019







           Sobre o debate televisivo.

Data 27 de DEZEMBRO
Artigo feito por: nick clermont
Antes de mais, gostaria de felicitar os dois candidatos a segunda volta das eleições presidenciais, Domingos Simões Pereira, apoiado pelo PAIGC e Umaro Sissoco Embalo, apoiado pelo MADEM G15, pela sua presença no debate televisivo desta noite de 26 de Dezembro de 2019.
Na minha perspectiva, o debate correu de acordo com aquilo que eram as expectativas do público, isto é, de forma civilizada. Mas o que me intrigou, desde o início das publicidades feitas a volta desse debate, é a carga que se colocou em relação a língua em que o debate ia ser conduzido. Tanta propaganda! Tanta fanfarronice a volta de uma língua de cuja projecção hoje no mundo é devido a existência dos PALOP.
Debate em Português”, “debate em Português”, como se todos os Guineenses fossem formados da escola de Camões, ou seja fossem falantes da língua de Luís de Camões. 
A comunicação é a interacção verbal entre o emissor e o receptor, daí a razão porque quando o interlocutor é uma pessoa singular e existirem vários receptores, se deva utilizar a língua mais falada no devido espaço geográfico para transmitir a mensagem.
O político Guineense deve compreender que a língua mais falada pelos Guineenses de todos os horizontes e o Creolo, e essa língua serviu no passado para cimentar e reforçar a unidade entre os combatentes tendo permitido assim que os objectivos da luta de armada de libertação nacional fossem atingidos, na união e coesão do nosso povo. 
No debate, tivemos dois atores, um que quis impressionar o telespectador urbano, convencido de poder mobilizar os eleitores a votarem nele, e o outro, que é de uma escola de pragmatismo, que quis atingir o maior número de Guineenses eleitores, que além de não terem o domínio da língua portuguesa não têm acesso aos órgãos de comunicação áudio e nem tão pouco audiovisual. 
Os debates são muito essenciais para o esclarecimento de certos aspectos relacionados com o exercício do cargo político ao mais alto nível, porquanto permite aos protagonistas exporem as suas ideias, falarem dos seus projectos ou manifestos, como é o caso do nosso regime em que o Presidente da República não tem poderes executivos, competências reservadas ao governo, nos termos da Constituição da Republica.
Pensar que no contexto africano os debates, os projectos, por mais bem concebidos que sejam, podem mudar o sentido do voto do eleitor é mera ilusão. Ao longo da história das eleições na Guiné-Bissau, os resultados conseguidos na primeira volta das eleições sempre se reconfirmaram na segunda volta, a fortiori, nestas eleições de um contra todos. 
Por isso, “que le débat soit en Balante, en Swahili, en Créole et à plus forte raison en Portugais», a língua que está a resistir graças aos PALOP, isso não altera em nada e nem tem influência no eleitor.  
Mas qual é o público-alvo que queremos atingir? Uma meia dúzia de gatos-pingados da zona alcatroada ou a grande maioria da população da Guiné-Bissau? 
Daí, que facilmente o candidato do PAIGC compreendeu e mudou de táctica, indo jogar no campo do adversário, incorporando na sua tese o Creolo, facto que merece ser aplaudido, porquanto a promoção e a defesa desse património comum deve ser uma das prioridades dos decisores Guineenses.
“Comparaison n’est pas raison”, como dizem os Franceses, mas é bom lembrar aos nossos compatriotas ou informarem aqueles que disso ainda não tinham conhecimento de que em vários países Africanos os soi-disant académicos nunca se destacaram a testa dos países que dirigiram. 
Ao contrário da tese que muitos defendem, aqueles países que hoje apresentam maiores índices de desenvolvimento humano não foram ou não são dirigidos por académicos de renome, mas sim por patriotas comprometidos com a defesa dos sacrossantos interesses do seu povo. 
Em conclusão, aqueles que pensavam que com a utilização do Português no debate, o DSP vai melhorar o seu score no dia 29 de Dezembro ou que o USE sairia humilhado, estão enganados, porque nada vai mudar. 
O USE vai melhorar o seu score e os votos dos três candidatos que o apoiam vão permitir a sua eleição ao cargo de Presidente da República da Guiné-Bissau, abrindo assim uma nova era de esperança na pátria de Cabral. 


índices de desenvolvimento humano não foram ou não são dirigidos por académicos de renome, mas sim por patriotas comprometidos com a defesa dos sacrossantos interesses do seu povo. 
Em conclusão, aqueles que pensavam que com a utilização do Português no debate, o DSP vai melhorar o seu score no dia 29 de Dezembro ou que o USE sairia humilhado, estão enganados, por que nova era de esperança na pátria de Cabral. 

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

G ou Z, não interessa.

Em muitas partes do mundo a pronúncia dos vocábulos tem grande valor etimológico , porque identifica origem etnológica e/ou regional do oralista. Na língua germânica  apartir da pronúncia identificamos que o sujeito é um suiço alemão, ou saxon, ou da bavieira ou austríaco. 

O brasileiro orgulhosamente deformou a língua portuguesa, os cabo-verdianos e os angolanos estão no mesmo caminho. 

Lamentavelmento o guineense com medo de claque dos « praceiros » e para não ser qualificado como sendo um « burro «  por falar ou escrever deformadamente a língua de Camoes, ganhou complexo de expressar livremente. Consequentemente o português perdeu terreno no meio popular na nossa terra. 

No Senegal, segundo algumas estatísticas, apontam actualmente a existência de mais de 80 mil cidadãos daquele país, sem dúvida com sotaque Wolof que falam e escrevem o português. Um país que não foi colonizado pelo Portugal é muito significativo comparativamente com a Guiné-Bissau. Neste ponto de vista, 
julgo que os intelectuais/praceiros guineenses devem abandonar o Barco de claque da pronúncia dos grupos ou étnicos ou simples erros ortográficos. 

Por outro lado encorajar e contribuir junto a nossa população para ultrapassar todas as  barreiras que conduzem complexos de expressar oralmente em português. Sera bastante positivo que cada cidadão exprima livremente em função da sua origem etnológica, mesmo permutando o G por Z, L por C, ou como os árabes que mudam P por B, etc. 

Esses factores não devem de forma alguma constituir uma escala para classificar o nível intelectual ou valor social do indivíduo. 
Feliz Natal.
Júlio Bade

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019



MUITO INTERESSANTE! Nino Vieira acusa o actual presidente da República em exercício, Malam Bacai Sanhá, de ter sido o autor moral do golpe de Estado de Ansumane Mané. E desconfia também da mão do ex-primeiro-ministro Saturnino da Costa. Em entrevista exclusiva a O Independente, o presidente deposto não deixa também de comentar a ausência diplomática do ministro Jaime Gama: “Como houve um vazio, retomaram-se os combates.” Nino Vieira diz-se agora de saúde e pronto para voltar à Guiné, desde que lhe dêem as garantias de um julgamento justo. Em que, aliás, não acredita.

Quando teve conhecimento do levantamento militar de 7 de Junho de 1998?

Às duas horas da manhã. Os ministros da Defesa e do Interior, Samba Lamine Mané e José Pereira, informaram-me que o brigadeiro Ansumane Mané tinha comunicado que ia haver nesse mesmo dia uma reviravolta na Guiné e que ia tomar conta da situação. Chamei o presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Malam Bacai Sanhá, e o primeiro-ministro Carlos Correia. Bacai Sanhá perguntou-me como era possível Ansumane Mané organizar uma acção destas. Respondi que não sabia. Ficámos na expectativa até ouvirmos os primeiros tiroteios.

Curiosamente, houve quem fosse morto e quem fosse poupado pelos revoltosos…

Os que foram mortos nem eram militares. Mas o Saturnino da Costa, que passou por ali no dia seguinte, não foi preso. Podia até ser morto. A esposa do actual presidente da República chegou dias depois mas ninguém tocou nela, nem no carro. Depois do Acordo de Abuja, o carro apareceu nas mãos de Bacai Sanhá, intacto.

Que ordens deu depois do levantamento?

Não houve ordens nenhumas, fomos surpreendidos. Samba Lamine disse-me que podíamos tentar negociar e encontrar uma solução. Mas, como continuaram a bombardear, perdemos o contacto.

E foi aí que pensou em chamar as tropas do Senegal e da Guiné-Conacry?

Pedi esse apoio cinco ou seis dias depois, ainda tentámos resistir. Só depois dos contactos que tive com o exterior – Dacar e Burkina-Faso – é que decidi pedir a intervenção, com base nos acordos de defesa que tínhamos com eles.

Estava consciente de que a maioria dos efectivos das Forças Armadas estava do lado dos revoltosos. Por que é que não consultou a Assembleia Nacional Popular (ANP)?

Não foi só isso, porque a Junta estava a destruir a cidade e a matar civis inocentes. Como é que eu podia reunir a ANP se estive com o seu presidente até às cinco da manhã? Estava tudo em debandada, ninguém olhou para trás.

Mas depois a ANP reuniu-se…

Sim, depois do Acordo de Abuja. Foi uma assembleia debaixo de ameaças, no terreno da Junta Militar. Estava tudo cercado pelos revoltosos. E a primeira coisa que a ANP fez foi demitir o presidente.

Está a dizer então que o próprio Bacai Sanhá faz parte da conspiração?

Claro. Foi um complot. Se me demitem e não me informam, é até uma vergonha para a nossa assembleia. Quem me elegeu foi o povo. Quando os meus colegas ouviram isso, muitos perguntaram-me: “Mas foste eleito pela ANP ou pelo povo?”

Como é que explica que o brigadeiro Ansumane Mané, homem da sua confiança, se revoltasse contra si?


Faço-lhe a mesma pergunta. Se não se revoltou durante todos estes anos, porque razão o fez quando foi suspenso das suas funções de chefia militar? Não sei muito bem quem o instigou. Conviveu comigo durante 37 anos e só agora é que achou que eu era ditador?

Faz ideia de como tudo terá começado?

Foi com a queda do governo de Saturnino da Costa. Algumas pessoas não gostaram e aproveitaram-se. Quando regressei de França, já estava tudo cozinhado. E serviram depois a refeição.

Como classifica a intervenção diplomática portuguesa durante o conflito?

Logo nos primeiros tempos, os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e Angola (Jaime Gama e Venâncio de Moura) foram os primeiros a chegar, depois da Gâmbia. Reuniram comigo e com a Junta Militar e houve o primeiro encontro entre as duas partes no navio da armada portuguesa “Côrte Real”. Falou-se de tréguas mas não evoluiu e a guerra foi retomada…

Porque acha que não evoluiu?

Porque não houve continuidade. Se Jaime Gama e Venâncio de Moura tivessem continuado os contactos, a coisa até podia resolver-se. Mas como houve um vazio, retomaram-se os combates. Sabe, na linha da frente basta um tiro para recomeçar tudo. Foi o que aconteceu.

Vou insistir: o que é que falhou?

A Junta Militar não respeitou o Acordo de Abuja. A CEDEAO, que tinha de enviar um efectivo em Homens, não cumpriu, e os países que prometeram a ajuda, falharam. O único país que financiou a operação foi a França, mas num número muito inferior ao acordado. O embaixador da França disse-me até que esse orçamento só seria suportado até ao mês de Julho. Se não houvesse mais apoios, ficariam de fora. Apelei à Comissão Nacional de Eleições para que adiasse as eleições para Julho e a maioria dos partidos políticos aceitou. Mas a Junta Militar, o Francisco Fadul (actual primeiro-ministro) e o Movimento Bã-Fata, entre outros, não viram com bons olhos a minha decisão.

Chegou a ter efectivos militares superiores aos permitidos?

Não é verdade. É uma grande mentira e em nenhum dos acordos se falou de números. O batalhão da guarda presidencial devia continuar. Como é que eu podia andar em Bissau com uma guarda de seiscentos homens? Sempre andei com dois carros de escolta. Incutiram mesmo na cabeça do Ansumane Mané que ele devia ter o mesmo número de homens e até já lhe chamavam de co-presidente…

Mas aparentemente davam-se muito bem nas imagens da televisão….

Quando nos encontrámos no Togo foi tudo muito bonito. Eram continência, respeito e disse sempre que o que eu achasse estava bem…

Está a dizer que Ansumane Mané fez bluff?

Talvez sim. Mas em Bissau, tornou-se difícil um encontro com ele. A primeira vez que isso aconteceu foi quando lá esteve a comissária da União Europeia, Emma Bonino, e depois com o ministro Jaime Gama e com João de Deus Pinheiro.

Não acha que a ausência das forças militares do Senegal e da Guiné-Conacry precipitaram o golpe de 7 de Maio?

Sim. Houve também grande pressão por parte da comunidade internacional e a imprensa internacional falava de tropas estrangeiras, inventaram mortes, pilhagens. Era tudo falso, até porque foi graças a essas forças que saiu muita gente pelo porto de Bissau. Confiámos mesmo que, saindo as tropas estrangeiras, o Acordo de Abuja seria integralmente respeitado. Infelizmente, eles não o respeitaram.

É acusado de ser um homem muito rico. É verdade que possui bens ou investimentos em Portugal, França e Bélgica?

Você sabe qual é o recurso da Guiné? O país não tem nada, tem que haver ajuda de algum Estado. Ora, se houver algum Estado que deu dinheiro ao Nino Vieira para fazer investimentos que não foram executados, então esse Estado é que é o responsável, porque deu milhões ao Nino e o dinheiro não foi aplicado. Não há nenhum Estado que dê dinheiro ao nosso país nessas condições. Nem é o Nino Vieira o executor na Guiné, nem em Portugal o são Jorge Sampaio e António Guterres. Ouvi até dizer por aí que tenho um apartamento da Expo Urbe – se é verdade, que o mostrem.

Mudemos de assunto. Alguma vez teve conhecimento – como refere o relatório da ANP – do tráfico de armas para Casamança?

Se ler o relatório, vai ver que não há ligação alguma. Falam de omissão, mas quem é que me acusou? Por que é que me querem acusar por tráfico de armas?

Ansumane Mané disse que o avisou, mas que você nada fez…

Isso é falso. Quando o grupo de oficiais foi apanhado a contrabandear armas, ele (Ansumane Mané) perguntou, na presença de todos os chefes dos três ramos das forças armadas: “Quem é que não vende armas?”. Se fosse verdade, eles é que teriam de responder, não eu. Mas eles não responderam, ninguém falou. Se tomei medidas contra o Ansumane Mané, que era o maior responsável, não acha que tinha de fazer o mesmo com os outros?

Foi traído dentro do seu partido, o PAIGC?

Pressenti essa traição aquando da queda do governo de Saturnino da Costa. Os partidos políticos e até mesmo a comunidade internacional contestavam esse governo. Depois, houve uma ruptura no partido – Carlos Correia teve uma boa gestão e eu queria reconduzi-lo – porque Saturnino não era capaz de assumir essas funções. Depois das eleições, fui para França fazer exames médicos. Como Saturnino era secretário permanente do partido, incutiram nele a ideia de que tinha de ser ele o primeiro-ministro. Regressei da viagem e reuni o Bureau Político para consultas, mas já era tarde…

... E Saturnino da Costa foi nomeado…

Sim. E cometia asneiras e todo o mundo sabia disso. Até no próprio PAIGC foi contestado. Os partidos da oposição também reagiram e fizeram um abaixo-assinado a pedir a salvação do país. Havia insegurança, pancadaria nas ruas…

Foi então que o aconselhou…

Primeiro, ouvi todos os partidos e, uma vez mais, todos pediram a sua demissão. Para bem do país, não podia ignorar isso. Até recebi chamadas de atenção por parte da comunidade internacional. A inflação já ia nos setenta por cento. O que seria da Guiné? Então disse-lhe: “Faz uma carta e pede a tua demissão”. Passaram-se horas e entregou-me a carta, mas quando a abri vi que tinha tudo, menos o pedido de demissão. Escreveu mesmo no último parágrafo: “Deixo ao seu critério para fazer o que entender”. Não entendia que a sua gestão era ruinosa e que estava a afundar o país. A Guiné estava a pique e nesse momento o governo dele caiu.

Está a dizer que o próprio Saturnino foi um dos mentores do golpe de Estado…

Eu não digo isso, mas para passar um dia depois do golpe e ninguém lhe fazer nada…

Em relação a Portugal e ao seu governo, independentemente do asilo político…

Sempre tive boas relações com Portugal. Com Cavaco Silva, com o primeiro-ministro António Guterres e com o próprio Mário Soares. Talvez por isso acharam que seria injusto não me dar o asilo. No próprio dia 7 de Maio, falei com Guterres e com o presidente Sampaio ao telefone. Com Mário Soares também.

Vai regressar à Guiné-Bissau?

Para isso, deixei uma declaração. Desde que se criem todas essas condições. Caso contrário será um risco. Mas estou pronto. O povo da Guiné está no meu coração, desde os dezanove anos que me bato por aquele povo e vou continuar a bater-me pela sua dignidade. Usufruo da amizade de muita gente.

Acha que já existem essas condições?

Ainda não me disseram nada. Diga-me uma coisa: como é que se julga alguém sem primeiro ser ouvido? Sou acusado de quê? A ANP pediu-me que fosse ouvido, mas não foram eles quem me elegeram. Até aceitei ir à segunda volta com os resultados que tive. Nenhum presidente em África aceitaria isso.

Exige garantias para voltar, mas não as deu ao ex-presidente Luís Cabral…

Não recusei dar segurança a Luís Cabral. Não lhe podia garantir isso. E a reacção dos familiares que perderam os seus entes queridos durante o seu mandato? Se houvesse qualquer coisa as pessoas diriam: “O Nino chamou Luís Cabral para o matar”. Não podia responsabilizar-me.

Especula-se muito sobre o seu estado de saúde. Quer clarificar isso de uma vez por todas?

No ano passado fui operado. Mas talvez porque sou presidente, uma grande personalidade no meu país, é que as pessoas se preocupam. Foi uma operação normal e estou recuperado.

França está a tentar que a União Europeia corte as ajudas à Guiné-Bissau, alegando que o Acordo de Abuja foi violado e que o actual governo é ilegal. Quer comentar?

A verdade é que o Acordo de Abuja foi violado. Aliás, toda a comunidade internacional condenou essa violação e os ministros dos Negócios Estrangeiros do G-8 também condenaram o meu derrube pela força das armas. Sabe, a África também tem que respeitar a democracia. Apoio incondicionalmente a França.

Não teme que, com o seu regresso, também possa ser responsabilizado pelas mortes de, entre outros, Paulo Correia e Viriato Pã?

Não temo nada! Eles foram julgados e tiveram acesso a advogados de defesa. O Tribunal Militar condenou-os e foram sentenciados à morte. O Conselho de Estado reuniu-se e aplicou a pena capital a seis elementos e comutou outras seis. Isso é da responsabilidade do Nino Vieira? Antes da independência, quantos é que não foram julgados, condenados e fuzilados? Quantos é que o próprio Paulo Correia não fuzilou? O que é que aconteceu aos quatro ex-comandos portugueses que o presidente (Ramalho) Eanes pediu a Luís Cabral? Foram simplesmente fuzilados, sem qualquer julgamento.

Entrevista publicada no semanário português «O Independente», em 1999.
Perante as maiores fraudes jamais vistas na historia das eleições na Guiné Bissau, toda a oposição estão preparados para contornar a situação.
O povo mostra a sua vontade em dar a vitoria ao General Umaro Sissoco.
No entanto, o paigc e o seu candidato preparam- se para tumultos e desacatos caso o vencedor seja Umaro Sissoco.

domingo, 22 de dezembro de 2019

Dizem que o discurso do nosso candidato pode abrir fortes possibilidades de mais um golpe de estado... eu diria o contrário, porque este comportamento do Governo e seu candidato pode criar um ambiente para uma guerra civil
Atenção 
Músicos / cantores, a dupla IVA& ICHY decepcionados com a diretoria nacional de campanha as presidenciais na primeira volta por não terem sido pagos pela mesma e que representavam a JOMAV.
INDIGNADOS a dupla IVA & ICHY prometem ir longe num direto com DOKA Internacional.