Prezado Doka,
Agradecia que
publicasse este artigo no seu blog.
No pensa diritu
suma Guineenses, pa no encontra mindjores soluções pa terra ".
E com muito
interesse que li no seu blog as duas reacções diferentes, em relação a nomeação
do Botche Cande, no bastante complexo e difícil cargo de Ministro da Administração
Interna. Na verdade, é de toda a justiça privilegiar o conhecimento
técnico-científico, aliada à experiência, quando se trata de desempenhar determinados
cargos na Administração do Estado. Embora se reconheça em cada cidadão o
direito de opinar, mas acho que a nomeação do Botche Cande não deve ser motivo
de polémica, porque ele não é culpado, e a sua nomeação reflecte pura e
simplesmente algo de incoerente da parte de quem o nomeou para esse cargo.
Os Guineenses
escolhidos para estarem à nossa frente não devem jamais refugiar-se naquela de falta
de quadros, como nos primeiros anos da independência nacional, porque
durante esses anos, o PAIGC pode ser acusado de falhar em muita coisa, mas não
na formação e qualificação dos recursos humanos do país.
No caso em
apreço, tem que se ter em consideração o relevante papel desempenhado por esse
politico para a eleição do Domingos Simões Pereira, tanto no famoso Congresso
do PAIGC em Cacheu, quanto na campanha eleitoral para as legislativas em que
saiu vencedor o partido libertador.
Não obstante
esse reconhecido papel, de facto, a recompensa foi grande demais, porque o
visado é já membro da Comissão Permanente do Bureau Politico do PAIGC, lugar
que não requer exigências, em termos de formação académica, e bastava que fosse
apoiado nos seus negócios para que a justiça fosse assim feita e não
bombardeá-lo com esse cargo.
Será que nomear
ministro o Botche Cande, com esse nível baixo de literacia, se é que tem algum,
não desencoraja as crianças a irem a escola, sobretudo em pleno Sec. XXI?
O Botche Cande tem
valor, como agitador político, mas sinceramente é já chegado o momento de, no
maior partido politico do pais, o PAIGC, fundado por um Engenheiro Agrónomo de
referência mundial, abandonarem-se práticas que não contribuem senão para
desincentivar a nossa juventude, dando uma falsa imagem em como o diploma ou o
conhecimento técnico-científico não é importante, mas sim o activismo político.
No Congresso de
Cacheu, alguns entenderam de que apoiar o Braima Camara, vulgo Baquecuto, era o
maior pecado, porque não tinha formação universitária. Mas, aqueles que conhecem
esse, que era candidato, principal rival do Domingos Simões Pereira, sabem
perfeitamente e podem testemunhar isso, de que esse jovem empresário e político
não é um cidadão qualquer, e muito menos um semi-analfabeto.
Não vou entrar
nessa do Balde, de Londres, sobre destacados auto-didactas como o Jonh Mayor, o
Jacob Zuma, o Jacques Delors, o Pierre Beregovoy, antigo Primeiro-ministro da
França que se suicidou após ter sido demitido das suas funções ou lopés e
fundinhos, burmedjus, pretos ou nok nok, tchom di pepel, etc, mas queria
informar aqueles que não sabem, de que o Baquecuto é altamente competente. Que
perguntem os membros da direcção da CCIAS…! O Ba é um grande auto-didacta e a
sua companhia favorita é o livro.
Mas quantas
pessoas é que se formaram através de cursos a distância, e bem formadas, embora
tenha a plena consciência de que o ciclo normal é, em certos casos, mais
estruturado?
Muitos dos que
se insurgiram contra este jovem político promissor, Baquecuto, sabem
perfeitamente "di kuma i mas elis tene cultura geral, ita skirbi mindjor
di ki elis, i mas elis tene caneta cumprido", um verdadeiro self-made man.
Frequentou vários cursos especializados de curta e média duração, em diversos domínios
como a Economia, o Comércio Internacional, Contabilidade, Marketing, etc.
Quero que fique
bem claro, ambos, o Botche e o Baquecuto, são pessoas que respeito muito pelo
seu percurso e o sucesso que cada um conseguiu, mas é bom separar o joio do
trigo. Isto é, em termos de know-how técnico-científico, não tentar aproximar e
nem comparar os dois, porque é precisamente o que muitos tentaram fazer em
Cacheu.
E agora? Onde está
toda aquela retórica de competência, mérito, etc. etc, na formação do
Executivo? Que fique igualmente claro de que não tenho relação, nem de perto e
nem de longe, com nenhum dos dois e nem me interessa o que cada um faz, tem ou
é. Estou apenas a comentar e a estimular o pensamento colectivo, sobretudo da
cidadania, sobre aquilo que nos é comum, a Guiné-Bissau.
Será que em
pleno Sec. XXI não constitui insulto termos, sentados à mesma mesa, directivo
do MAI, o Botche e o Secretário de Estado, o Jurista Doménico Sanca, um jovem
quadro de reconhecida competência técnica, com o agravante de se ter ainda a
mesma mesa, grandes capacidades técnicas do Ministério da Administração
Interna, altamente formados, entre oficiais superiores e oficiais generais?
PAIGC, ku DSP, bo tempacensa, djintis pui esperança tchiu na PM, pa limpanu
lágrimas, pa facinu diskici no kasabi.
Mas,
infelizmente uma vez que o mal já esta feito, até que o Domingos Simões Pereira
acorde,
Rezemos apenas
para que o Senhor ilumine o seu caminho do nosso vem querido PM, Domingos
Simoes Pereira e a sua equipa, para levarem o barco a bom porto. Deixemos o
Primeiro-ministro trabalhar e contribuamos com sinais de alerta preventiva para
evitar que caia no precipício. No rasa na mesquitas pa relis, no darma irans pa
relis, no cindi vela na igrejas pa relis
Uma coisa é
certa, o Botche é simplesmente uma gota nesse grande Oceano. Com ele ou sem ele
no governo, a Guiné-Bissau jamais será governada como dantes.
Juro pela alma
da minha falecida mãe de que as expectativas não serão defraudadas. Tenhamos fé
no Senhor, Todo Poderoso, Omnipotente e Omnipresente.
Muchas gracias
Hermano mio.
Fidju di Sul
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