Doka - minino de ouro!
Sua coragem impressiona, mas quando se trata de um mundo muito obscuro, onde as amostras desta obscuridade estão patentes aos olhos de cidadãos e com registros na mente de muitos cidadãos guineenses, então você sozinho não vai vencer os malfeitores.
Veja quantos guineenses estão no estrangeiro, muito deles muito capacitados, porém não regressam porque ainda não chegou a hora. A hora em que a DEMOCRACIA perseverará, hora em que os cidadãos estarão livres para expressar sua opinião e contrariar as opiniões dos outros, sem no entanto sofrerem punição, perseguição, ou algo mais absurdo.
Você é um jovem muito inteligente, algo que podia ser muito bem aproveitado dentro de uma sociedade de mente aberta.
Mas, quando os “PORÉNS” não são discutidos abertamente em uma sociedade ainda a construir-se, a construir-se porque o primeiro legado para superar a fase de obscuridade está ligado ao IDH, que no nosso caso está muito abaixo do desejado e por isso não ajuda na resolução dos problemas básicos.
Questionar um problema que não foi resolvido em outra época por alguma razão, não deve constituir crime ou motivo para perseguição.
Sustenta o velho ditado – QUEM NÃO DEVE NÃO TEME! Quando se levanta um problema, sem dúvida existem órgãos competentes para estudar o problema a fundo, trazer soluções que dele se requer para esclarecer a opinião pública.
Não é com ameaça que se resolve um problema, pelo contrário, se cria outro problema. De um tempo para cá, na nossa sociedade abriu-se feridas muito profundas que vem desde os tempos dos ex-soldados portugueses assassinados sem serem levados à justiça no regime do ex-presidente Luís Cabral.
Em seguida veio o regime de Nino, declarado como figura que ia unir os guineenses, pois, as valas abertas onde estavam sepultados os mortos demonstravam o quão cruel foi o regime de Luís Cabral.
O Conselho da Revolução dirigido por ele se comoveu e aos gritos pronunciou que as matanças não iam jamais acontecer na Guiné. O tempo passou e a história se repetiu em várias fases.
Portanto, meu caro Doka, dê tempo ao tempo, pois, a história se escreve associando figuras e personalidades no seu tempo, nada é deletado da mente do povo, o povo registra e na hora certa colabora para descrever histórias.
Um exemplo é a Segunda Guerra Mundial – muitas histórias que nos são revelados nos dias de hoje certamente surpreenderiam os membros da GESTAPO se estivessem em vida.
Caro Doka, termino aqui expressando minha opinião e suplicando a você para que não bata de frente. Suas duas crianças exibidas no seu Blog são provas vivas de quanto tu amas a tua família.
Valorize suas conquistas e colabore quando possível para mudar o pensamento de algumas pessoas dentro da nossa sociedade – tarefa extremamente complexa, porém, vale a pena persistir, acredite. O avanço da sociedade moderna não foi alcançado com pouco esforço, mas sim com muito esforço.
A consciência dos cidadãos da Inglaterra e a revelação de constituírem uma sociedade moderna, portanto, desses cidadãos do país onde vives , é um orgulho para qualquer cidadão que está de passagem ou vive nesse país.
Você já expôs no seu Blog sua revolta por muito coisa que não funciona adequadamente no nosso país, mas tudo isso tem haver com figuras que são escolhidas para dirigir este ou aquele órgão do governo.
Breve teremos os 100 dias para avaliar o NOVO EXECUTIVO GUINEENSE. O QUE FEZ? COMO FEZ? POR QUE NÃO FEZ? E OS ARGUMENTOS.
Por hoje é so isso. Desejo tudo de bom para você, Doka!
Um abraço.
Obs:
Obrigado meu caro amigo e irmão. Sei quem és e esta não é a primeira vêz que me aconselhas e orientas.
A dificuldade, é saber que bandidos ainda se achem inocentes ao ponto de exigirem e ameaçar aos que sofrem. E eu Doka nunca vou entrar nessa baboseira de ter medo deste ou daquele.
Eu não sou uma pessoa que provoca as situações, mas sim uma pessoa bem preparada para qualquer tipo de confronto desde que não haja maneira como evita- la.
E neste caso, quando se ameaça depois do que fizeram, a resposta apenas pode ser uma: Olho por olho, dente por dente.
Como dissestes, a minha luta e a minha conquista, são os meus filhos..., frutos daquilo que um dia me tiraram, e é por eles que eu luto por uma Guiné Bissau, livre, unida e verdadeira.
Só isso..., mas uma coisa é certa:
Na guiné Bissau nunca se aproveita o que é bom...., mas sim, aproveita- se aquele lixo que nem se quer dá para fazer reciclagem. Neste caso este homem, Tenente Coronel Zé Sanhá-
Obrigado irmão.
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