sábado, 4 de julho de 2015

PASSOS COELHO VISITA
GUINÉ-BISSAU

Atenção: a Guiné-Bissau não é casino ou bordel. E o nosso povo é alérgico à corrupção e à delinquência política, factores que tem perigado a paz e a estabilidade na nossa terra.

Segundo a notícia avançada por Correio da manhã publicada ontem, o primeiro-ministro português viaja no sábado para Cabo Verde, onde participará nas comemorações do 40.º aniversário da independência deste país, no domingo, e de lá partirá para a sua primeira visita oficial à Guiné-Bissau, na segunda-feira. Durante essa visita oficial, será assinado o Programa Estratégico de Cooperação entre Portugal e a Guiné-Bissau para 2015-2020, ao qual está associada uma verba de cerca de 40 milhões de euros para promover a democracia e o desenvolvimento deste país da África Ocidental, que tem um histórico de instabilidade política. Acompanham Pedro Passos Coelho nas deslocações a Cabo Verde e à Guiné-Bissau o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e o ministro da Saúde, Paulo Macedo.


Sugestão para a viagem do homólogo do DSP: levar também na sua “mala diplomática”, o exemplo de levantamento da imunidade ao deputado português do PSD Miguel Macedo, ex-ministro da Administração Interna, para que seja ouvido como arguido no caso dos vistos gold, sendo que cerca de dez membros do governo da Guiné-Bissau, chefiado por Domingos Simões Pereira, estarão nas idênticas condições. Mas todos eles recusaram imitar o gesto honroso de Macedo em apresentar a demissão do governo, até à presente data. Não serão casos típicos de abuso de poder? Portanto, a bem ou a mal, um dia sairão com os seus próprios pés. E nesse dia, os "historiadores" se encarregarão de juntar o acontecimento à lista de instabilidade política daquele país da África Ocidental. Se, porventura, não tomar essa diligência, os 40 milhões de euros para promover a democracia e o desenvolvimento na Guiné-Bissau, transformar-se-ão em investimento no escuro.

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