PORTO NÃO É VIAVEL?
Problema do porto de Bissau é paradoxal, eu não compreendo, quando o
Secretário de Estado dos Transportes e Comunicações afirma perante deputados da
nação que porto de Bissau não é viável.
Estou de acordo quanto a concessão do porto de Bissau à uma administração
privada, mas que não deveria ser esta a explicação para convencer
trabalhadores, deputados da nação e o
povo em geral. No entanto, na minha modesta opinião, faltam argumentos técnicos clarividentes e
convincentes na declaração do Senhor Secretário de Estado.
Pergunto o seguinte:
Quando é que essa inviabilidade se tornou notável? ou então, desde quando é
que o porto se tornou inviável?
Julgo que o Secretário de Estado foi infeliz na sua declaração, porque
depois de despedimento de mais de 100
(cem) trabalhadores, alegadamente por diminuir encargos salariais e
outras despesas, naturalmente a Empresa
deveria se tornar rentável. Obviamente
alguém deve ter feito um estudo económico e financeiro para argumentar o tal
despedimento.
Caso contrario, diria eu que é mais
um episodio político que se julga normal na nossa administração.
Entretanto os factos apresentados pelo Secretário de Estado demonstram que actual Direcção ao contrario
de uma boa gestão ou de rentabilizar a
Empresa, levou-a a falência.
Se partirmos de uma visão analógica
entre as declarações do actual Director
Geral dos portos da Guiné-Bissau, Senhor Mário Mussante, que afirmou perante a
comunição social, que houve desvio de
mais de 6 000 000 000 (seis bilhões) de
fcfa, nos cofres da APGB, durante o
período de transição e as recentes declarações do Secretário de Estado sobre inviabilidade da Empresa, leva-me a tecer seguintes questões e conclusões:
- Senhor DG, pode nos informar da
media do volume de negocio da Empresa?
- Senhor Director Geral quanto é que encontraste nos cofres da APGB? Porque a Direcção cessante deixou mais de que
1 000 000 000 (um bilhão) fcfa,
acontrário dos 290 000 000 xof (duzentos e cinquenta milhões) sendo
40.000.000 nos cofres da APGB. Porque que este montante se encontrava no cofre?
que herdou da direcção até 17 de Maiol de 2012, da qual o Senhor foi Director
Geral.
E se, as acusações do actual Director Geral forem verdadeiras, leva-me
atribuir mérito a gestão do período de transição que além dos “desvios de 6 000
000 000 FCFA (Seis Bilhões)” conseguiu viabilizar a Empresa e não despediu trabalhadores.
Acho salutar pautarmos para declarações
baseadas nos factos com rigor técnico e não baratas com vista angariar de adeptos ou
confiança do governo, pois gestão é uma ciência com os seus princípios e regras
explicitas.
E se os factos apresentados pelo Secretário de Estado dos Transportes e
Telecomunicações fossem verídicos,
naturalmente o porto de Bissau
não estaria sob gestão pública até a presente data.
O valor a cima herdado não era suficiente para pagamento de dois meses de
salario em atraso (existem provas
documentais). Um contrato de
prestação de serviço assinado pelo então Director Geral (Mário Mussante) e
empresa SANTY COMERCIAL no valor mensal
de 25.000.000 (vinte e cinco milhões) de
fcfa, para aluguer de Maquinas
movimentaçao de contentores nos horários normais de trabalho e 8.000.000 (oito milhões) de fcfa para horários
extras, sem contar com os custos de
aluguer de camiões porta contentores que
transporta contentores de cais para terminal dos contentores. Mais de
100.000.000 (cem milhões) de fcfa de dividas que foi logo apresentado pelo seu
então Diretor Financeiro, Senhor Amadu Lamine Sane (existem provas
documentais);
62.000.000 (sessenta e dois milhões) de Fcfa de juros bancários para pagar;
300.000.000 (trezentos milhões) de
Fcfa de divida com o Senhor Mário da Empresa ASCON (existem provas
documentais). O montante foi apresentado pelo Anselmo Bartolomeu Gomes Lopes
MOTCHA. É a divida relativa ao processo obscuro da pavimentação
que custou ao Estado da Guiné – Bissau o famoso valor de 2.5 bilhões de
fracos CFA financiado pelo Banco da África Ocidental (BAO), a obra mal
executada pela direçao de Mario Musante e que foi assumida pela então Direcção,
tudo foi despesa do entao Direçao.
Entretanto, pelo contrario do que se tenta insinuar, foi graças a gestão do
período de Transição cujo Director Geral
Senhor Augusto Cabi:
- O porto de Bissau se ostenta com duas maquinas novas (provas matérias);
- Liquidar juros em atraso das
dividas contraídas pela então direcção com os bancos comerciais de Bissau, antes da data prevista;
- Negociou valor de 62.000.000 Fcfa com o BAO, quer dizer o porto já não
conta com esse desconto.
A direcção cessante contratou justamente trabalhadores que foram expulsos
para substituir mais de 300 trabalhadores com
produtividade a meia gás. Foi comprovado que um estivador africano
sobretudo de porto de Bissau onde atividades são manuais, não pode resistir 15
anos de trabalho, por isso foi necessário recrutar a mão de obra jovem com mais
força afim de aumentar a produtividade portuária.
Pronto nós chegou um homem com a
sede de vingança e de reprovar tudo da direcção cessante, porque para ele a
gestão é milagre!
A ver vamos...
Desafio Mario Mussante a apresentar as sua despesas!
Se a Empresa for a bancarrota então alguém roubou! e quem é?
Bissau, 28 Jul 15 (ANG) - O Secretário
de Estado dos Transportes e Comunicações afirmou que o Porto de Bissau não é viável porque
acarreta mais despesas do que gerar
lucros, e corre o risco de ir a bancarrota.
Segundo a replica do Secretario do Estado no parágrafo anterior, nunca na
historia de Gestão portuária no mundo, ouvi que um porto principal do país foi
a bancarrota, será primeiro na historia da humanidade o porto do meu Pais no
qual fui dirigente. Se isso acontecer é resultado de má gestão no seu alto
nível.
E do conhecimento de todas gentes que neste período exportação porto de
Bissau não tem dinheiro, roubo generalizado, sobretudo neste período que se
fala da privatização, cada qual está
aproveitar RABATA-RABATA ASSUMBULELE.
Onde foi o dinheiro?
Serpente voltou a o engolir?
Guineenses é bom que unamos, caso contrario, continuaremos a remar sem
rumo, Porque problema crónico que os guineense têm é a falta de união e a
especulação.
Augusto Cabi
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