NA TERRA DI “MANDJAKUS”
O chefe do Governo cabo-verdiano chegou hoje a Bissau por volta da 01:00
hora (hora local). José Maria das Neves aterrou num ambiente de intriga
política. Depois de considerar a conclusão do processo de transição um ganho em
termos de prestígio internacional, deu a sua pitada dizendo que “É preciso
consolidar tudo isso através de um processo de diálogo interno”. Para depois
acrescentar que "Cabo Verde estará ao lado da Guiné-Bissau e das
autoridades guineenses". Pois, entendi, nunca esteve! E espero mesmo que agora saiba
posicionar-se. Como pode constatar, não há tribos nem militares ou narcotráfico. Mas, de repente tudo isso pode virar álibi dos derrotados. É que quando há a mais pequena fricção política na nossa terra, as autoridades
cabo-verdianas apressam-se em tomar partido de um dos contendores. Em raras ocasiões
se posicionou de forma idónea e isenta ao lado do povo guineense. Não lhe vamos
esconder o nosso desagrado, senhor Primeiro-ministro: Cabo Verde sempre
se posicionou de forma parcial e mesquinha face às desavenças políticas internas na Guiné-Bissau. Exemplo: procurou desforra com Nino Vieira, tendo como pano de fundo o derrube do regime de Luís Cabral em 14 de Novembro de 1980. Acabou encontrando um aliado de peso na pessoa de Cadogo Jr., etc., etc.. Os
senhores sempre foram oportunistas!
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.