quinta-feira, 14 de maio de 2015

As eleições na CCAIS  e o Estado Democrático

Todas as manhãs, ligo o meu televisor, sintonizo os principais canais internacionais (“Rússia 24”, “Al Jazeera Internacional”, “CCTV9” e “BBC World News”), que continuam a merecer a minha confiança, para me inteirar dos acontecimentos que considero de maior relevância para a paz e a estabilidade mundial: o conflito na Ucrânia que envolve a segunda maior potência militar do Planeta; o combate, no Iraque e na Síria, da maior ameaça terrorista dos últimos tempos (o ISIL- Estado Islâmico); acompanhar os dígitos do crescimento económico da China, que em termos globais, ajudam a disfarçar a profunda recepção em que se encontram imergidas as principais economias mundiais;  e acompanhar com revolta, a maior tragédia humana dos nossos dias - a epopeia do mediterrâneo, que ceifa a vida a milhares de cidadãos africanos e de outros continentes, cujos Países estão em conflito e que encontram nessa travessia o ponto de conclusão entre a esperança numa vida melhor e a tranquilidade duma morte absurda, sem direito a um tumulo de recordação, para ser homenageado com paradas militares ou simplesmente salvas de canhão. O Mundo está rendido as evidências e nada consegue disfarçar a desgraça do nosso continente e o extremo egoísmo de uma Europa introvertida.

Para concluir a minha rotina matinal, ligo o meu PC e vou a procura de novidades do meu País, recorrendo aos dois blogues mais credenciados: “Ditadura do Consenso” e “Doka Internacional”. Foi isso que me permitiu acompanhar de perto e com muito interesse o evoluir dos acontecimentos na Câmara do Comércio, Agricultura, Indústria e Serviços da Guiné-Bissau (CCAIS) e que culminou com a lógica reeleição do empresário Braima Camará ao cargo de Presidente desta prestigiada Instituição, para mais um mandato de quatro anos.

Importa sublinhar a minha profunda tristeza ao saber que apesar de todos os cuidados que envolveram os preparativos dessa eleição, não foi possível evitar desacatos que resultaram em ferimentos graves, ensombrando aquilo que devia ser mais um exemplo de participação cívica e de exercício democrático, num País que carece de bons exemplos.

O respeito é a base fundamental do sistema democrático – respeitando todo um conjunto de direitos afectos à pessoa humana, proporcionamos a igualdade de oportunidade à todos os membros da Sociedade. E, de acordo com o estabelecido na Lei, os candidatos às eleições democráticas usufruem das mesmas condições de partida, o que não implica necessariamente que nessa maratona não existem favoritos. Nessas condições, o favoritismo se assenta em diversos factores, reconhecidamente determinantes para o desfecho da contenda, como por exemplo a Imagem, a Experiência, um Historial de exercícios bem sucedidos no desempenho da tarefa em causa e de outras similares, a Credibilidade e Exequibilidade do Projecto e enfim a Capacidade de tornar a mensagem mais acessível e inteligível ao eleitorado.    

Quando todos esses factores jogam contra nós, não existem alternativas senão preparar um discurso apaziguador à reconhecer que apesar de o veredicto eleitoral não corresponder as nossas expectativas, estamos dispostos à acatá-lo, como manda a regra do jogo. Caso contrário, as eleições deixam de fazer sentido (se nela participamos com a premeditada intenção de em caso de uma derrota, ainda que previsível, contestar os seus resultados, numa desesperada tentativa de descredibilizar o processo e macular a vitória do adversário).

Era previsível que o empresário Braima Camará vencesse estas eleições e venceu-as com todo o mérito – o mérito de quem tem obra feita; de quem conseguiu fazer desta Instituição uma das mais prestigiadas do País, projectando positivamente a sua imagem além-fronteiras; de quem se norteia pelo sagrado princípio de conjugar o Saber e o Saber-fazer, revelando uma espantosa predisposição de aprender na vida e junto do nosso povo, nos livros e nas experiências dos outros, aprender sempre, visando enriquecer as suas qualidades humanas, para melhor servir o seu País.

Saúdo com esperança a esmagadora vitória de Braima Camará nestas eleições, convicto de que a Câmara do Comércio, Agricultura, Indústria e Serviços da Guiné-Bissau está bem entregue e desejar Sucessos e Boa Sorte ao seu Presidente e a sua equipa na árdua tarefa de implementação do seu Projecto.

“O acatamento voluntário da Lei é a suprema manifestação da liberdade do indivíduo!”


Bem-haja a Guiné-Bissau!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.