“EIXO DO MAL”
A CPLP virou um “observatório” estratégico direcionado contra a Guiné-Bissau,. Mais nenhum outro país da língua portuguesa merece esse tratamento, por mais tirano que o seu regime seja. É uma organização que nunca cumpriu o seu papel, por exemplo, de lutar para que o português torne uma língua de trabalho nas Nações Unidas.
Corrompida nos seus objetivos e já se esgrimem argumentos de legitimação de “ingerências nos assuntos internos” dos outros Estados e a criação de um “braço armado” para a manutenção dos seus negócios nesses países.
O balanço que se pode fazer da atuação da CPLP, nestes dois anos, é curtíssimo. O Secretário Executivo Murade Isaac Murargy, definiu o papel desempenhado pela CPLP - durante a visita do Presidente moçambicano à sede da CPLP, em Lisboa, no âmbito da sua deslocação oficial a Portugal - como ator internacional ativo e credível na resolução da crise política na Guiné-Bissau.
Ora, sabe-se que a menção tem um destinatário: o recém-criado FORPALOP. Portanto, a que nível a CPLP é ativo e credível? Se assim fosse não haveria necessidade dos cinco países africanos da língua oficial portuguesa criar um “órgão multilateral, privilegiando a concertação político-diplomática e de cooperação, bem como de aprofundamento das históricas relações de amizade e solidariedade”, no final de Junho, em Luanda. Por outro lado, a CPLP tem sido mais conhecido pelas romarias protagonizadas por Paulo Portas ao Conselho de Segurança das Nações Unidas;
Pelas ameaças de “tolerância zero” ao Governo de Transição e pelos alaridos da sua claque nos media controlados pelos lacaios. Impõe-se uma pergunta: como se explica o fato de a CPLP nunca ter sido um ator ativo e credível na crise que opõe o Governo de Moçambique e a Renamo?
É como diz “Emplastro”: “Trata-se de uma tentativa tardia e desinformada para converter a maior derrota da sua política externa dos últimos anos em algo parecido com uma desforra: qualquer pequena «capitalização» lhes serviria de compensação para a grande carga de esforços ingratos que despenderam ao longo de dois anos, tentando obstruir o processo de transição”. Apenas duas entidades poderiam cantar vitória na conclusão do ciclo de transição na Guiné-Bissau: a CEDEAO e Timor-Leste.
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