http://www.youtube.com/watch?v=tLtIjhH738k&feature=share
João Pedro Martins, jornalista da Rádio
Difusão Português para África, num dos seu programas radiofônicas, que emite no
período de manhã, nessa mesma instituição emissora, fez uma adaptação de texto
de Ferreira de Castro. Donde o remeteu pessoalmente ao Chefe do Estado Maior
das Forças Armadas (CEMFA) da Guiné-Bissau, Antônio Indjai.
Nessa mensagem, que aparenta
autenticamente uma sentença de condenação,consignada pelo Joao Pedro Martins,
contra o CEMFA da Guiné-Bissau, cheia de acusações francamente improvidas de
alguma ocorrência para corroborá-la.
Antes, foi a eurodeputada, Ana Gomes,
em acusar a CEDEAO de patrocinador de golpe do Estado de 12 de Abril 2012, na
Guiné-Bissau. Ao proposito, pergunto:
Qual foi a posição da eurodeputada e
do jornalista, quando a liberdade e os direitos dos guineenses estavam sendo
violados com perseguições, intimidações, torturas e assassinatos, antes de 12
de Abril de 2012?
Hoje, com ânimos bastante exaltados, estão
querendo comemorar a retoma da normalidade constitucional na Guiné-Bissau, entretanto,
sem apoio da CEDEAO, ou melhor, se a CEDEAO tomasse a mesma posição que
pretendiam, para ilibar da vossa acusação de ser patrocinador do golpe. Não
teriam motivos de comemoração?
Meus caros, jornalista e deputada,
graças à DEUS, pelos visto, percebe-se que o povo guineense, na sua grande
maioria ou no geral, não sente mínimo regozijo e orgulho com a situação em se
encontra o seu pais“no mama Guiné”.
Facto comprovado recentemente, no dia 13 do corrente, quando foram chamados às
urnas para exerceram os seu direitos cívicos, à proposito das eleições gerais.
Apesar de tantas circunstancias que jogaram para insucesso desse processo,
porém, o povo guineense, com espirito de luta, e ainda,incrementado pela sua
imensa avidez de unidade, testemunharam ao mundo a sua afirmação de um povo
unido e lutador para conquista da sua independência e soberania. Eu sei que
esse facto,sempre incomoda os portuguesesfascistas e colonialistas, que nem o
senhor jornalista e a senhora deputadaestão querendo parecer.
Entretanto, saibam que, essa grande
determinação do povo guineense, pela sua liberdade e autonomia, deve-se porque,
como cantou uns dos nossos músicos, Iva e Ichi, “ i no balurDEUS kudanuel, nin no kamansirkalnan” ( é a nossa serventia
dado por DEUS, sem têrmo-lo pedido). Aliás, os guineenses são dignos das suas
liberdades e autonomias, pois, é um privilégio venerável de todo ser humano.
Pelo que, sempre os guineenses estarão dispostos a preservá-las.
Senhor jornalista, estáincriminando
queo CEMFA pisou sobre outras camaradas, para se ascender à esse posto, e,
outras acusações insinuadoras de ódios e conflitos, desprovidas de nenhuma
prova vidente, senão a pretensão de caluniar e difamar.
Também, é patente na sua mensagem, o intento
de descreditar os sacrifícios heroicos dos nossos bravos combatentes, e a
tenção de subestimar os feitos de alguns combatentes, quando afirmou que o povo
guineense já se esqueceu dos sacrifícios de heroísmo do CEMFA e outros
combatentes, durante a luta de libertação.
Meu caro, nós, todos guineenses,
estamos eternamente gratos pelos nossos combatentes da liberdade da pátria,
pelos seus sacrifícios pela liberdade do nosso povo, sem descriminação de
qualquer que seja contributo de cada um. Portanto, desista-se da intenção de os
classificarem de forma indiscriminada.
Caro jornalista, no preciso momento,
o povo guineense, indispensavelmente, espera e conta com apoios dos seus
amigos, no sentido de consolidar mais a sua coesão e a sua afirmação na senda
internacional, mas não as vozes que evocam fogo ou temporal para destruir a sua
morança.
Não se imiscua nos problemas internas
de um pais por acaso, sem se inteirar melhor da real situação, ou não intente
impor a sua posição de política colonialista e fascista.
“Bo tem pasensa, si bokanadjudakumpu,
kabodananubambaran” (se não estão a fim de ajudar em construir, não nos
estraguem a família, se faz favor)!
Acha que, ainda a Guiné-Bissau é a
Província Ultramarina Portuguesa?
Sei que ainda padece gravemente, das
dores de cotovelo, os portugueses fascistas e colonialistas, pela derrota e
humilhação sofrida na perda de Província Ultramarina de Guiné.
Ah, que dó! Pois, jamais a República
da Guiné-Bissau tornará Província Ultramarina Portuguesa. Posto isso, é melhor desavezar
dos anseios de ver permanentemente a Guiné-Bissau como colônia ou sob rédeas de
Portugal.
Viva liberdade,
Viva independência,
Viva Guiné-Bissau,
Viva Unidade Nacional,
Un dia no kabas na sabi, nona
kumetoku no limbi mon.
Velho Nael
Florianópolis 20/04/2014
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