VIII CIMEIRA DO G20: SÃO PETERSBURGO AGRIDOCE
Sobre a questão do ataque com armas químicas na Síria: Casa Branca e Kremlin, de novo, a dividir o mundo?
Podemos dizer que, durante a Cimeira do G20, Barack Obama não obteve apoio explícito para uma ação militar direta na Síria. Pelo lado das posições defendidas pelos EUA, que “apontam claramente a responsabilidade do governo sírio no ataque químico e que pedem uma enérgica resposta internacional ao regime de Damasco” figura a França, Reino Unido, Itália, Espanha, Austrália, Japão, Canadá, Correia do Sul, Arábia Saudita e Turquia. Do lado contrário, contra a interven4ao militar na Síria, a Rússia, China, Alemanha, India, Indonésia, Brasil e Argentina.
A questão síria dominou a cimeira a ponto dos dois líderes Obama e Putin não terem abordado a questão Edward Snowden, asilado na Rússia. Falaram durante vinte a trinta minutos, mas não chegaram a convencer-se mutuamente. As suas posições foram qualificadas de “construtivas”, “sinceras” e “abertas”, segundo Putin.
Enquanto Obama insiste que foi no regime de Bachar el Asad que usou armas químicas contra a população civil, Putin afirma que se trata de uma “provocação dos guerrilheiros” para obter ajuda internacional. Sustentou Obama que as potências como os Estados Unidos, melhor com o voto do Conselho de Segurança, mas também sem ele, não podem deixar impune uma transgressão das normas internacionais que proíbem as armas químicas, porque isso estimulará novas e piores transgressões.
Putin argumentou em sentido contrário, dizendo que uma atuação unilateral sem o voto favorável do Conselho de Segurança pode contribuir para a proliferação armamentista, porque os pequenos países procurarão defender-se por si mesmos dentro um contexto que julgarão anárquico. O líder russo deu o exemplo da Correia do Norte.
Doka
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