sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Liga Guineense Direitos Humanos-  TINGIDA DE SANGUE

É preciso recordar o que sucedeu no dia 26 de Dezembro de 2011. O regime de Carlos Gomes Júnior formulou uma “inventona” que chamou de tentativa de sublevação militar. Na sequência desse “iniciativa” essencialmente “reformista”, dezenas de militares foram detidos. 

Foi uma verdadeira caça às bruxas nos aquartelamentos espalhados pelo país, numa operação sob a tutela do Estado-Maior General das Forças Armadas, e teleguiadas pela Missang. O objetivo do regime era capturar Bubo na Tchuto, atual CEMA, Watna na Lai, ex-CEME e Cletche Na Ghana, ex-Vice-CEME, para que se pudesse ter o “terreno fértil” para a promoção de novas chefias militares e formação de novos quadros, dando assim um passo decisivo para a reforma do sector de Defesa e Segurança, em que a “Missão Angolana” em Bissau, assumiria inegável destaque, prevista para arrancar, justamente, em Janeiro de 2012.

Terá sido nesses dias que o Primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior recebeu avultada soma de dinheiro do Governo angolano, cerca vinte e cinco milhões de dólares que passaram diretamente para sua conta em Portugal

Nessa mesma altura que o Presidente Malam Bacai Sanhá encontrava em estado crítico e dizia-se em “coma induzido” no hospital Va-de-Grâce, em Paris. Cadogo Jr corria Paris e luanda com o objetivo de assaltar o poder com a vacância que se adivinhava, com a morte de Sanhá. 

Como dizia, Angola, em troca terá oferecido ao CEMGFA, António Injai, “condições privilegiadas” para se afastar do cargo de forma “pacífica”. A finalidade abrangia, por outro lado, a captura dos políticos incómodos ao regime e ao esquema neocolonialista angolano, como veio a verificar, um dia depois, com o major Iaia Dabó, o deputado Roberto Cacheu e Marcelino Lopes Cabral, Djoi, do Ministério do Interior.

E onde é que entra, então, o Presidente da Liga guineense dos Direitos humanos (LGDH), o embusteiro, Luís Vaz Martins? 

O dito-cujo, atuou sempre politicamente e atrelado aos preconceitos xenófobos do regime de Carlos Gomes Júnior. 

Não é por acaso que tem estado a disparatar ultimamente. Pode tentar lavar-se, inclusive, com lixívia, as suas mãos permanecerão sujas de sangue!  

No fatídico dia 27 de Dezembro desse ano, o blog “ditaduradeconsenso” noticiava em exclusivo, dizendo que Iaia Dabo foi morto a sangue frio, dentro do carro do Deputado Conduto de Pina


Na criminalidade, há sempre dois culpados: os que cometem o crime e os que não cumprem com a sua função de impedi-lo, informando a polícia ou remetê-lo a justiça

Iaia Dabó foi executado pelos elementos da Polícia de Intervenção Rápida. O Presidente da LGDH presenciou tudo. Seguia numa outra viatura atrás da do Deputado Conduto de Pina. Contou que eram pelo menos vinte agentes que fizeram disparos para o ar e o major foi retirado à força do carro, levado para a esquadra e executado. Disse ainda, Luís Vaz Martins que o incidente registou-se por volta das 19 horas e que chegaram a temer pelas suas próprias vidas, salientando ainda que o ato se tratou de uma retaliação, que “os agentes acham que foi o major que abateu um dos seus colegas”, Vladimir Lenine Lopes Crato. 

Era, pois, uma clara tentativa de transferir a culpa do crime para a vítima. . 
Mais caricato é que o assassinato a sangue frio ocorreu na presença dos representantes da Liga Guineense dos Direitos Humanos e dos responsáveis do Movimento Nacional da Sociedade Civil, que assistiram o “julgamento sumário” cuja sentença definitiva foi dada pelos agentes da PIR , que esses dois responsáveis, sujos de sangue, levantaram, justificaram a perversão, viraram as costas, e voltaram para casa para lavar as mãos. 

Depois para cinicamente a LGDH condenar o ato, dizendo: A LGDH registou com enorme tristeza o assassinato bárbaro do agente Iaiá Dabó, abatido a tiros pelos agentes da Polícia de Intervenção Rápidaquando voluntariamente se entregava às autoridades, por supostamente ter participado da tentativa de insubordinação, anunciada no passado dia 26 de Dezembro de 2011.”

Luís Vaz Martins transformou-se num quisto a remover da LGDH, desde o dia 26 de Dezembro de 2011. A LGDH não recuperará a sua credibilidade se não fizer uma catarse no seu interior!



Abraços do Doka Internacional

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.