domingo, 15 de setembro de 2013

AO COMANDANTE PEDRO PIRES…

A propósito dos 40 anos da independência da Guiné-Bissau, o semanário Expresso noticiou no dia 14 de Setembro, uma entrevista do jornalista João Pedro Castanheira a Pedro Pires que continua a insistir na sua campanha de calúnia e fustigação aos militares da nossa terra, dizendo que “as Forças Armadas transformaram-se em instrumento de tirania e de delinquência”. João Pedro Castanheira é um que tem versado sobre a temática relativa ao assassinato de Amílcar Cabral. Sobre o tema, que desenvolve há mais de uma década, proferiu palestras, publicou vários trabalhos e artigos interessantes. 

Mas, no fundo, o jornalista parece estar a ser perseguido por um fantasma que não o permite chegar a uma síntese, que o de tentar “ilibar o colonialismo português” da autoria pelo assassinato de Amílcar Cabral, a 20 de Janeiro de 1972, em Conacry.

Para consolar os seus fantasmas, o jornalista encontrou um alibi: Pedro Pires, a quem, cinicamente, se ri e encolher os ombros quando lhe perguntam porque é que a comissão de inquérito sobre a morte de Amílcar Cabral, da qual, fazia parte, mandou assassinar centenas de homens acusados injustamente de terem participado nesse hediondo assassinato do líder da guerrilha do PAIGC. 

É caso para dizer que se a exploração sexual ou laboral de mulheres e crianças é uma violação fundamental dos direitos humanos, a legislação nacional e internacional devia, a meu ver, adotar o princípio que leve a proteção dos idosos caducos face os assédios com o objetivo de manipulação para tirar vantagem das suas ideias. Nada disso desembaraça Pedro Pires pela idade que tem, 79 anos, visto que ele próprio se considera lúcido e responsável pelo que diz e faz. 

O que é caricato é o fato de umas determinadas individualidade tentarem aproveitar declarações de figuras ditas históricas para atingirem os seus objetivos. No caso de Pedro Pires, pelo seu percurso político, não é propriamente aquela figura que granjeia simpatia dos guineenses. Ponho a minha mão no fogo se me indicassem entre os seus camaradas de luta guineenses, pelo menos um único amigo do peito. Por outro lado, é escusado perguntar-lhe se sabe falar alguma língua da nossa terra. Não vale a pena, porque, este senhor, sempre as menosprezou!

Sobre “tirania e delinquência” das nossas Forças Armadas de que fala, pergunto-lhe, eu, e sobre os políticos guineenses, o que tem a dizer das “promessas”, em várias áreas, não realizadas durante cerca de quatro décadas? 

Senhor Pedro Pires, as suas declarações tornaram-se uma afronta e insulto não apenas às nossas Forças Armadas mas também um desprezo e clara provocação às constatações no terreno do Representante de Ban Ki-moon, José Ramos-Horta. Pedro Pires foi sempre um homem preconceituoso e complexado. Os seus insultos jazem em alicerces especulativos e grosseiros dos inimigos do povo guineense. Em nenhum momento lhe escutamos - tal como tem feito publicamente Ramos-Horta – a denunciar a pilhagem dos nossos mares pelos piratas das pescas europeus.


Pedro Pires é um frustrado e caduco. A sua primeira grande “frustração política” foi causada pelo derrube do regime de Luís Cabral em 14 de Novembro de 1980. O segundo desgosto e que lhe fez despejar toda a sua ira contra a Guiné-Bissau, tem a ver com o contragolpe ocorrido a 12 de Abril de 2012. 

Eis os modelos de governação “ideal e civilizada”, no ponto de vista de Pedro Pires: Luís Cabral e Carlos Gomes Júnior. Eu, não comungo o ninismo, mas dá para entender o conceito de Pedro Pires sobre “governo civilizado”, como gosta de dizer. Portanto, como o velho já não vai a tempo de se retratar, vou reformar a pergunta que lhe havia feito anteriormente: partindo-se de uma visão patriótica, peço-lhe que compare a vida nas casernas, nos hospitais e escolas guineenses com a sumptuosa vida dos políticos “civilizados” na nossa terra.  

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