quinta-feira, 10 de maio de 2018

Não! Na política não vale tudo, como muita gente pensa e propala. A política, à  semelhança das demais actividades  de interacção humana, tem como alicerce um conjunto de valores fundamentais, nomeadamente o respeito, a coerência, a fidelidade, a intransigência, a flexibilidade e todo um conjunto de pressupostos que quando ignorados, esvaziam o exercício político da nobreza da sua essência  -  diálogo, acertos, concertos, acordos e assunção de compromissos na busca de soluções consistentes e consensuais para os problemas que preocupam a mente e o coração dos homens. 

É a intransigente observância destes valores e destes pressupostos que dão um colorido especial à actividade política e fazem dela um espaço de concertação e organização da sociedade, da definição das estratégias da implementação dos seus objetivos, tendo em consideração os interesses individuais e coletivos dos seus membros.

As arbitrariedades das últimas decisões da actual Direcção do PAIGC referente às nomeações no actual Governo resultante do Acordo de Lomé, sem respeitar a regra estabelecida para o efeito e sem respeitar os compromissos assumidos com o PRS, numa clara tentativa de espezinhar os seus parceiros, parece seguir a mesma lógica da sua triste actuação no concernente à implementação do Acordo de Conakry, cujo falhanço se deveu essencialmente à falta de bom senso, a arrogância, o ódio, o rancor, a ausência do espírito de patriotismo e de diálogo, revelados pela actual liderança do Partido de Amílcar Cabral, que numa atitude irresponsável, de profundo desprezo pelo actual Chefe do Governo e completamente desimbuido de pragmatismo, ameaça mais uma vez abortar o presente Acordo e bloquear todo o processo de governação que deverá culminar com a realização das Eleições Legislativas no próximo mês de Novembro.

Sabendo de antemão que as suspensões e novas nomeações devem antes de tudo ser acordadas entre as partes signatárias do Acordo de Lomé e sujeitas à apreciação, discussão e aprovação do Concelho de Ministros, a Direção do PAIGC, numa atitude provocatória, recorre mais uma vez à sua nefasta estratégia de "Fuga-em-frente", para complicar ainda mais uma situação já por si muito complicada.

Para a salvaguarda do bem comum e dum clima propício à paz e estabilidade social, apelamos ao bom senso e ao respeito pelas instituições e pela dignidade humana, sobretudo à Direcção do PAIGC que pretende odiosamente transformar este processo numa campanha de perseguição, à semelhança do que aconteceu num passado recente e que nos trouxe até aqui. COMO É CURTA A NOSSA MEMÓRIA!

O CONSELHEIRO 

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