sábado, 25 de janeiro de 2020

A propósito do despacho do Supremo Tribunal de Justiça, datado de hoje, dia 24 de Janeiro de 2020, tenho a dizer o seguinte:
A Guiné-Bissau nunca viveu uma situação pós-eleitoral como a que estamos a assistir neste momento, e há urgente necessidade de reflectirmos sobre as razões que levaram a sua ocorrência da mesmo e de criarmos as condições para que no futuro não volte a acontecer, na perspectiva da consolidação da nossa jovem democracia. 
A nossa justiça é corrupta, e isso não constitui segredo para nenhum cidadão atento, mas enquanto não temos outra, temos que nos conformarmos com ela, sob pena de não estarmos a contribuir para a construção de um verdadeiro Estado de Direito Democrático.
Os radicalismos ou extremismos não levam a nada senão a agudização das contradições que já existem e que estão a dividir a família Guineense cada vez mais, por meras e banais questões político-partidárias. Daí a razão por que todos nós devemos fazer uma introspecção e não esquecermos que o que nos une é mais do que aquilo que nos separa, e que a Guiné-Bissau é o nosso bem comum que temos a obrigação patriótica de preservar “ad eternum”.
Durante todo este tempo não estive preocupado, mesmo com o telefonema do candidato derrotado, Domingos Simões Pereira para aquele que chamou de irmão, a felicitá-lo pela sua eleição e predispor-se a colaborar na defesa dos sacrossantos interesses do povo Guineense, e o volte-face que daí se seguiu, dando o dito por não dito. Mas confesso sinceramente que fiquei assustado com o despacho do STJ de hoje, dia 24 de Janeiro de 2020, assinado pelo conhecido Venerando Juiz Conselheiro, Osíris Ferreira, a ameaçar a Comissão Nacional de Eleições. Isso, depois do porta-voz daquela instituição, o conceituado jornalista Salimo Vieira, ter publicamente declarado que o Acórdão do STJ de 1 de Janeiro de 2020 não recomenda nenhuma recontagem dos votos que resultaram na publicação dos resultados eleitoras pela CNE e que e deram vitória ao candidato General Umaro Sissoco Embalo, como futuro Presidente da República da Guiné-Bissau.
A minha pergunta é a seguinte: 
Esta estratégia é para impedir a posse do Umaro Sissoco Embalo, como Presidente da Republica, pelo simples facto de não sair daquela suposta elite urbana? Que o normal era ter o Domingos Simões Pereira, como Presidente da República, ainda que não tenha sido a escolha dos eleitores no dia 29 de Dezembro de 2019?
Repudiei na altura a decisão tomada pelo Presidente Koumba Yala, quando deu uma machadada no STJ e pôs na cadeia os seus principais responsáveis, porque o meu entendimento era de que essa não era a melhor via para resolver os problemas de corrupção naquela instituição judicial suprema, além de afectar os esforços que estavam sendo feitos para se ir consolidando a nossa jovem democracia. 
Tinha ou não razão o Presidente Koumba Yala? Não! Porque não trouxe nenhuma solução alternativa que pudesse pôr fim a corrupção, através da criação das indispensáveis condições para o cumprimento da missão por parte dos Venerandos Juízes Conselheiros daquela Corte Suprema de Justiça.
A CNE, único órgão competente nessa matéria, de acordo com as normas que regem o seu funcionamento já esgotou todos as diligências, tendo anunciado os resultados finais e declarado vencedor o candidato Umaro Sissoco Embalo, numas eleições consideradas por todos quantos participaram activamente no processo e que estiveram no terreno.
Com base nas informações fidedignas que receberam, alguns chefes de estado já felicitaram o presidente eleito, Umaro Sissoco Embalo, pela sua eleição, nomeadamente de alguns países membros da CEDEAO.
Estamos a assistir ao inicio de mais uma manobra do Cipriano Cassama, para mais uma vez prestar bons serviços ao Domingos Simões Pereira, como o fizera na legislatura passada, para em consequência ser compensado com a sua escolha como candidato presidencial do PAIGC nas eleições de 24 de Novembro de 2019, acabando por ser traído pelo líder do PAIGC, que forçou a sua candidatura e foi derrotado na segunda volta pelo General Umaro Sissoco Embalo.
Perante este novo cenário, o que fazer, uma vez que a CNE já anunciou os resultados eleitorais?
Proceder ao apuramento nacional (o que já foi feito pela CNE).
Ignorar pura s simplesmente o despacho do STJ, o que poderá resultar no agravar da crise e retardar a inadiável e infalível posse do presidente-eleito, Umaro Sissoco Embalo, e por ultimo,
O ainda Presidente José Mário Vaz, recorrer a receita do falecido Presidente Koumba Yala, mandando fechar as portas do STJ e pôr na cadeira todos os Juízes Conselheiros que estão a criar confusão e que querem a todo o custo forçar o Presidente da CNE, Venerando Juiz Conselheiro José pedro Sambu, a transferir a vitória do General Umaro Sissoco Embalo para o candidato derrotado Domingos Simões Pereira, porque o outro é djintiu e este e “cibilisado/criston” e o mais formatado para substituir o presidente cessante José Mari Vaz na cadeira presidencial.
Uma coisa é certa, é chegada a hora do Presidente José Mário Vaz bater duramente com a mão na mesa, porque ainda ele conserva todos os poderes, ou
A CEDEAO intervir, mais uma vez, para pôr termo a esta situação que envergonha a nossa Guiné-Bissau, bem como a organização regional a que todos nós pertencemos.
E isso deve ser já! Nas próximas 72 horas, porque Enough is Enough. 
JÁ CHEGA!
 JA BASTA!
POVO KANSA!
SE IKA SIM INA BIM NHABI!
Por: mago yanick Noah

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