segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Orçamento chapa-chapa...., eu Doka internacional chamo atenção deste artigo, porque a pessoa que o escreveu, de uma forma real e verdadeira tem o conhecimento da causa. Leiam.

O Primeiro-Ministro indigitado apresentou para apreciação na ANP a proposta de Orçamento. O que está em causa não é o Orçamento em si, que já sabemos demasiado dependente de hipotética ajuda externa. 

O que está em causa é a viabilização de um governo postiço e caduco.
Carlos Correia, falando aos jornalistas, quis fazer passar como uma qualidade a falta de originalidade do «seu» orçamento copy/paste, falando em continuidade. 
Estamos cansados da «continuidade» do PAIGC. Durante a campanha eleitoral, defendemos uma «ruptura radical» com esta mentalidade esclerosada e, passado um ano e meio de intermináveis intrigas ao mais alto nível (descemos mesmo baixo) de Estado estamos cada vez mais conscientes da sua absoluta necessidade.

Brevemente a meio da legislatura, como espera o corrente Primeiro-Ministro poder convencer a opinião pública que a melhor opção é um orçamento DSP sem DSP? A falácia da proposta de «continuidade» é apresentada em tom de autoridade, sob a forma de chantagem: «Os deputados terão de o aprovar». Terão?!

Supostamente porque é o mesmo Orçamento que o povo aprovou. O que não corresponde à verdade, pois o povo votou em DSP e muita coisa se passou. Entretanto, o PAIGC delapidou a confiança não só do seu eleitorado tradicional, como de todos e todas que nele haviam votado para castigar o período de transição.

Além disso, o outro argumento apresentado, de ter sido aprovado pelos deputados, também está desactualizado, pois foi num Governo inclusivo com forte participação do PRS. Ao contrário do que pretende o Primeiro-Ministro indigitado, seria incoerente, por parte dos deputados do PRS, depois da humilhação a que o Partido foi sujeito em todas estas reviravoltas, referendar este género de Governo, sem perspectivas de sucesso nem de futuro. 

O PRS tem todo o interesse em exigir a devolução da poder ao povo, pois terá a ganhar em termos relativos, face a um PAIGC descredibilizado, que será duramente castigado nas urnas pelo eleitorado.

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