RAMOS-HORTA DELIRA
Desculpem-me a expressão. Pois, não é nossa vocação caluniar ninguém. Acontece que o guineense não é otário. Não suportamos lacaios e mentirosos no nosso seio.
Quem não conhece Ramos-Horta que o compre. Nunca foi flor que se cheire. Conhecemo-lo como um enviado do conservadorismo salazarista mascarado de Representante de Ban Ki-moon. Chegou a Guiné-Bissau em Janeiro de 2014 a matar. Mas, em pouco tempo, deu pirueta e baixou a crista. Sabia ele que podia - por excesso de linguagem - ter o azar de se cruzar com uma bala perdida, tal como acontecera com ele em Fevereiro de 2008 no seu próprio país.
Presunçoso, é como Ramos-Horta pisou o nosso chão. Gabava-se de salvador da pátria, mas o seu campo de acção era o mercado de Bandim, com as vendedeiras. Acabou-se por se envolver, inclusive, com uma cidadã com idade para ser sua neta. Cenas dignas de constituir crime de pedofilia. A rapariga residia em Bairro de Ajuda. Consta que o velho gagá deixou-a grávida. Se assumiu a paternidade, não sabemos. Mas, quem sabia de tudo e fazia/faz ligação entre os dois tem sido Filimeno Cabral do Movimento da Sociedade Civil.
Em termos políticos, Ramos-Horta diz-se, hoje, consternado com a crise na Guiné-Bissau. Já lhe enviamos a mensagem de condolência. O lacaio sofre porque o seu castelo salazarista chamado “Governo de inclusão”, em menos de um ano, ruiu. Domingos Simões Pereira foi um “presente envenenado”, importado directamente da CPLP, onde estivera como Secretário Executivo durante dois mandatos, por Guiné-Bissau, primeiro, e depois por Angola. Não é por acaso que Ramos-Horta o considera “escolha acertada do PAIGC e do eleitorado nas eleições livres de 2014. Com ele a Guiné-Bissau entrou no bom caminho e começou um período de melhorias visíveis e sentidas por todos. Em pouco tempo!”. Nota-se que o dito-cujo, não só não conhece e nunca mais acompanhou a evolução política do nosso país, como não leu e nem quis acompanhar as duas comunicações ao país feitas pelos dois contendores nos últimos tempos em Bissau.
Para nós guineenses, Domingos Simões Pereira, em menos de um ano revelou-se “cancro da corrupção” na nossa sociedade. É de conhecimento público a sua desgovernação no país. A Guiné-Bissau não pode ser a única democracia no mundo onde é proibido mudança de governo, como engendrou Ramos-Horta. Não existe cooperação desinteressada como não há almoço grátis. Ramos-Horta disparata quando apresenta publicamente o investimento de cerca de 20 milhões de dólares do Estado timorense no processo eleitoral e estabilização da Guiné-Bissau. A procissão vai no adro, ainda não fizemos acerto de contas. Espero que a sua ingratidão não chegue ao ponto de menosprezar a contribuição da Guiné-Bissau e do seu povo na luta pela libertação timorenses.
Pergunto: na estratosfera onde se encontra, se não fosse movido por instinto golpista e de incitamento à violência, quem é Ramos-Horta para lançar apelo, neste momento, às nossas forças da defesa e segurança?
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