PARTIDO DE RENOVAÇÃO SOCIAL (PRS)
Considerando
o impacto extremamente devastador que a queda do Governo teve para o
Primeiro-ministro que despendeu tanto tempo a fortalecer os alicerces do seu
Poder, precisamente para evitar que o Presidente da República conseguisse
destituí-lo, não era difícil antever que, na qualidade de Presidente do PAIGC,
o Eng.º Domingos Simões Pereira tudo faria para dificultar o entendimento entre
o seu Partido e o Chefe do Estado, com o intuito de gerar uma crise política de
grandes proporções, que inevitavelmente desembocaria na dissolução da
Assembleia Nacional e na realização de eleições legislativas antecipadas,
colocando-nos perante um emaranhado processo de negociações, visando o
estabelecimento de alianças e parcerias, tendo em conta as estratégias e os
interesses das Formações Políticas representadas na Assembleia Nacional.
Entretanto,
o cenário de eleições legislativas antecipadas, só será possível com a
conivência do Partido de Renovação Social (PRS) que, como tudo indica, não está
minimamente interessado na interrupção da actual legislatura, por ser a mais
bem sucedida da sua história.
Dando como
certo este raciocínio, o PRS demarcar-se-á do PAIGC (considerando que a sua participação no actual Governo inclusivo não
resulta de um acordo vinculativo de coligação), evoca a excelência dos
interesses nacionais e desencadeia todo um processo de negociações para
integrar (em condições muito mais
vantajosas) o futuro Governo de Iniciativa Presidencial, encabeçada pelo
PAIGC (Partido vencedor das legislativas), mais precisamente por alguém oriundo
da ala dissidente do PAIGC (neste caso
concreto, o Dr. Baciro Djá), estabelecendo alianças que lhe outorgam uma
maioria imprescindível para assumir e exercer o Poder durante os próximos três
anos.
Desta forma
o PRS regressaria ao Poder sem Golpes de Estado ou outras formas de violação da
Ordem Constitucional, num momento muito propício para governar e bem, na medida em que o País dispõe de todos os
ingredientes necessários para qualquer Partido mostrar serviço, cultivar uma
nova imagem e estabelecer novas parcerias e relações políticas e económicas,
tanto no âmbito nacional, como internacional.
Há muito que
estavam criadas as condições objectivas para a demissão do Governo do Eng.º
Domingos Simões Pereira, que ao longo da sua curta existência, deixou um rasto
horrível da sua passagem pela história da nossa jovem democracia. E os poucos
que ainda continuam a defender a sua continuidade têm a sua razão e as suas
motivações, derivadas sobretudo da escassez de informações precisas sobre a
realidade imergida em consequência desta desastrosa desgovernação, que o
Primeiro-ministro, revelando uma tendência ditatorial, dedicou quase
exclusivamente ao reforço e consolidação do seu Poder Pessoal:
a) Excluindo dos Órgãos do Partido (Bureau Político e Comité Central)
todos os militantes suspeitos de não lhe serem fiéis;
b) Subornando, alienando e controlando os líderes dos Órgãos Sociais
do Partido (UDEMU, JAAC e CONQUATSA);
c) Formando um Governo Inclusivo, para afectar, silenciar,
comprometer e alienar a oposição, com a finalidade de submeter ao seu controlo os
Poderes Executivo e Legislativo;
d) Isolando/excluindo do Governo e da Direcção do Partido (em todos
os níveis), todos os que não gozam da sua confiança pessoal;
e) Declarando uma guerra sem tréguas aos Órgãos e Instituições do
Estado que se disponham a desafiar o seu instinto ditatorial, nomeadamente a
Administração Presidencial, o Ministério Público e todo o sistema do Poder
Judicial, a Classe Castrense, etc.
Considerando
que o PRS não se sente na obrigação de se identificar com os cíclicos conflitos
políticos derivados dos desentendimentos pós-eleitoral que caracterizam o
Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e que têm
gerado enormes problemas à nossa sociedade, na qualidade de maior Partido de
oposição, baseando-se nas seguintes razões, deve naturalmente assumir-se como
alternativa credível e capaz de dar seguimento ao actual exercício governativo:
1. O PRS (Partido de Renovação Social) é um Partido do Poder (cujo o
objectivo é a conquista e o exercício do Poder Político);
2. O PRS dispõe de enorme potencial humano que lhe proporciona
capacidades e atribui a legitimidade de reivindicar o exercício do Poder à
escala nacional;
3. O PRS, enquanto segundo maior Partido Político da Guiné-Bissau,
reclama o direito de agir em conformidade com a visão estratégica que preconiza
para a Guiné-Bissau e seus legítimos interesses, consoantes com os interesses
nacionais e devidamente plasmados nos seus Estatutos e Programas;
4. A Participação do PRS no Governo do PAIGC (Inclusivo) é
voluntária, livre e motivada essencialmente pela patriótica necessidade de
transmitir ao nosso povo e ao Mundo a esperançosa mensagem duma Nova
Guiné-Bissau, apostada em combater definitivamente o seu passado de sofrimento,
sangue e lágrimas e na afirmação da paz e da estabilidade sociopolítica e não
estava ligada a nenhum compromisso eleitoral ou acordo de coligação, na medida
em que o PAIGC dispunha de uma maioria parlamentar que lhe atribuía o direito
constitucional de governar sozinho o País;
5. A Participação do PRS no Governo do PAIGC (Inclusivo), não lhe
retira a autonomia de estabelecer outras alianças e decidir por outras
alternativas, tendo em conta os interesses nacionais. Neste quadro, o Partido
da Renovação Social reconhece que neste momento existe um impasse institucional
derivado do conflito entre o Presidente da República e o Presidente do PAIGC
(ex-Primeiro-ministro), que resultou na queda do Governo e na nomeação de um
novo Primeiro-ministro, pelo que, urge posicionar-se de forma a evitar o
agravamento da crise imergente reforçar os alicerces e a credibilidade do
Estado e assegurar o normal funcionamento das instituições, durante o
estabelecido periodo de vigência da
presente legislatura;
6. Manifestar-se contra quaisquer possibilidades da realização de
eleições legislativas antecipadas, por considerar que antagoniza com a visão
estratégica que preconiza e que não oferecem soluções para ultrapassar a
presente crise e pôr o País a funcionar, o Partido da Renovação Social
declara-se disposto a integrar e
viabilizar o novo Governo.
VIVA O
Partido da Renovação Social!
Viva o nosso
Povo!
Bem-haja à
todos!
EDP – para
os amantes da Paz e da harmonia nacional!
Bissau Kila Muda
Desbarato das finanças públicas
Estão na pose de informações
Afirmando
publicamente que o Governo não dispunha de meios financeiros para fazer face à
um hipotético aumento dos salários dos Deputados, mas quando foi necessário
aliená-los na sua guerra contra o Presidente da República, o Governo conseguiu
arranjar meios não só para aumentar os salários
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