UM ESTADO POLICIAL
Na
Guiné-Bissau, por força da circunstância, nunca existiu um Estado no verdadeiro
sentido da palavra: entre 1974-1980, o Estado, solenemente proclamado à 24 de
Setembro de 1973, na realidade, não existia e as suas funções eram desempenhadas
pelo PAIGC e os seus Órgãos do Poder, nomeadamente o Comité Executivo de Luta,
O Conselho Superior de Luta, a Comissão Nacional do PAIGC para a Guiné, a
Comissão Nacional do PAIGC para Cabo Verde, etc., etc.
1980-1994 –
Instaurou-se o culto da personalidade, o PAIGC foi substituído por um regime
totalitário, uma ditadura personificada, corrupta e sangrenta, que devastou e
fez da Guiné-Bissau um dos Países mais pobres, mais atrasados e mais desorganizados
do Mundo.
1994-1998 –
A Guiné-Bissau realiza as suas primeiras eleições multipartidárias, surgem
novos actores na arena política, exigindo reformas institucionais que tornassem
possível a democratização da sociedade.
Entretanto a vitoria do PAIGC, tanto nas eleições Legislativas como nas Presidenciais, deixou tudo na mesma, adiadando indefinidamente o verdadeiro espírito do multipartidarismo, assente nos alicerces de um Estado moderno, democrático e funcional.
Essa situação, deveras sufocante do ponto de vista político, acabou por desembocar num conflito armado que fez cair por terra todo o processo transitório, arruinando por completo o pouco que restava do “Estado”, criando um vazio institucional que teve como cosequência todo um ciclo infernal de violências, assassinatos anarquias e impunidades.
Entretanto a vitoria do PAIGC, tanto nas eleições Legislativas como nas Presidenciais, deixou tudo na mesma, adiadando indefinidamente o verdadeiro espírito do multipartidarismo, assente nos alicerces de um Estado moderno, democrático e funcional.
Essa situação, deveras sufocante do ponto de vista político, acabou por desembocar num conflito armado que fez cair por terra todo o processo transitório, arruinando por completo o pouco que restava do “Estado”, criando um vazio institucional que teve como cosequência todo um ciclo infernal de violências, assassinatos anarquias e impunidades.
As últimas
eleições gerais realizadas no País e que acalentou tanta esperança no coração
do nosso povo, por se traduzir na tão famigerada transição geracional do Poder,
está-se revelando um autêntico fiasco do ponto de vista do diálogo
institucional, enquanto condição indispensável à coesão nacional, à Paz e a
Estabilidade sociopolíticas, imprescindíveis à realização das inadiáveis
reformas que visam o fortalecimento do Estado.
Hoje, na
Guiné-Bissau, o Estado continua a funcionar de forma deficiente, devido a falta
de interacção entre os òrgãos da Soberania e a desesperada tentativa do 1º
Ministro e Presidente do PAIGC (DSP) de instaurar um regime policial no País,
contando com a total passividade do próprio Presidente da República, Sua Ex.ª,
Sr. José Mário Vaz (JOMAV):
- O 1º Ministro obstrui impunemente a justiça, sempre que o suspeito de um crime de corrupção é um membro do governo próximo do seu círculo de convivência;
- O 1º Ministro persegue impunemente, através de estruturas por ele montadas e para o efeito, os representantes de outros Órgãos de Soberania;
- O 1º Ministro declarou hostilidade ao Presidente da República e à todos os elementos da Administração Presidencial, incitando os jovens à denigrir a imagem do Mais Alto Magistrado da Nação, num blogue “o Progresso Nacional”, especialmente criado para o efeito;
- Como se não bastasse o facto de o 1º Ministro e Presidente do PAIGC (DSP) desrespeitar publicamente os seus Ministros; Usurpar os seus poderes sempre que lhe convém, utilizar as estruturas do governo para projectar amigos e familiares; Isolar e descriminar os “indesejáveis” que não apoiaram a sua candidatura no Congresso do seu Partido; Dividir a sociedade e o Partido que lhe indigitou como cabeça de lista às eleições legislativas; Dividir a própria Comunidade Internacional em amigos do seu governo (CPLP) e inimigos em quem não se deve confiar (CEDEAO), o 1º Ministro e Presidente do PAIGC, Eng.º Domingos Simões Pereira, dá-se ao luxo de impunemente ordenar escutas telefónicas dos nossos cidadãos:
- Por ordem do 1º Ministro, todos os altos funcionários do Estado têm os seus telefones sob escuta, inclusive o próprio Presidente da República e seus familiares, numa atitude de flagrante violação dos Direitos Fundamentais – o Direito a privacidade e a liberdade de expressão.
Sua Ex.ª,
Sr. Presidente da República da Guiné-Bissau, Dr. José Mário Vaz. Será que o
Senhor ainda não compilou argumentos suficientes para nos livrar deste que é o
governo mais corrupto e banditesco da nossa história? Será que o Senhor irá
pactuar com a situação vigente, tornando-se cúmplice desta situação e
consequentemente ser arrastado pelo caudal de indignação popular ou se
identificará com a suprema vontade da maioria que deseja o fim deste governo e
ser absolvido pela história? UM DILEMA
MUITO COMPLICADO, SR. PRESIDENTE!
Bem-haja a Guiné-Bissau!!!
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