"NÔ KORDA SINTIDU"...
SILVESTRE ALVES ERA A SEGUNDA VOZ A DIZER “NÃO” À MISSANG : 03 DE ABRIL DE 2011
O MDG, partido na oposição sem assento parlamentar, manifestou-se
terça-feira “contra a vinda da tropa angolana” alegadamente porque
“ela não vai servir para nada, senão para piorar a governação do
PAIGC do Senhor Carlos Gomes.”
Silvestre Alves que falava em conferência de imprensa terça-feira afirmou que MDG “é contra a vinda da tropa angolana porque vai custar muito caro ao país. É contra a vinda da tropa angolana porque a presença da tropa angolana não vai melhorar a administração, muito menos trazer a boa governação e arrisca-se a criar mais instabilidades e alguma coisa correr mal.”
Esta reacção surge, praticamente uma semana depois do lançamento no país da MISSANG (Missão de segurança Angolana na Guiné-Bissau), cerimónia que contou com a presença do ministro da defesa angolano, Cândido Pereira Van Dunem a frente de uma delegação integrada pela ministra da Comunicação Social, Carolina Cerqueira, o secretário de Estado para as Relações Exteriores, Manuel Augusto, o chefe do Estado Maior General adjunto para área de Educação Patriótica das Forças Armadas Angolanas (FAA), general Egídio Sousa e Santos, entre outros responsáveis.
O MDG diz ainda que a vinda da tropa angolana porque, quando muito, vai criar aparência de sossego, em benefício dos actuais governantes que são justamente os responsáveis pela desgraça económica, social, cultural e política do país.
Segundo Silvestre Alves, os jovens, todos aqueles que têm menos de 35 anos, “não sabem o que aconteceu neste país” e apontando o dedo acusador disse que “na verdade, os responsáveis pela instabilidade são aqueles que usaram e abusaram dos dinheiros e bens públicos. São eles que criaram a ganância. Pelo seu exemplo como Chicos espertos, os guineenses passaram a encarar a nomeação como uma oportunidade para se enriquecer, num autêntico “rabata rabata”. O Homem sério é censurado pelos próximos com a expressão sintomática que todos conhecem “abo que na bim cumpu Bissau?”
Reportando-se ao passado, o líder do partido na oposição, sem assento parlamentar, recordou que “na primeira metade da década de oitenta, veio a público o primeiro caso de desvio de dinheiros públicos que envolveu o Dr. Victor Mandinga. Foi preso, o processo foi constituído, mas parece que não chegou a ser julgado. Correu então informação de que o processo foi congelado por intervenção do então conselheiro predilecto do General, o senhor Manuel dos Santos, estratega da privatização, o homem que desmontou as empresas públicas do país, desfez o parque de armazéns vendido ao preço da chuva aos amigos e decidiu o perdão da dívida aos que pagassem metade da dívida nominal. Enfim, o homem que privatizou, sem uma lei quadro de privatização, que só se deu ao trabalho de fazer aprovar, depois das I Jornadas Jurídicas em que interpelei o prof. Sousa Franco sobre o assunto…”
“A partir dessa data a pouca vergonha começou a alastrar”, afirmou em tom crítico o líder do MDG para prosseguir dizendo que “foi criado o Banco de Desenvolvimento Económico, designado DESECO e, mais tarde o Banco Nacional de Crédito. O dinheiro público foi distribuído a amigos.” Para Silvestre Alves “muita negociata foi feita na DESECO. Havia especialistas de projectos que, como intermediários, negociavam e recebiam comissões, em pagamento de tráfico de influência, isto é, garantia aprovação e de financiamento do projecto. Foi assim que muita gente se enriqueceu do dia para a noite e despertou em muitos outros cidadãos o oportunismo, a ganância e a ideia de se aproveitar da incapacidade que os governantes da época tinham em controlar o aparelho do Estado.”
O político nomeou um cidadão que supostamente terá conseguido criar os seus negócios “com os fundos que conseguiram, na sua roda de amigos”.
Falando da Empresa de Electricidade e Águas da GuinéBisssau (EAGB), Alves referiu o ex-director geral Pedro Batista que, “enquanto director da EAGB preferiu comprar gasóleo de outro fornecedor que ficava mais barato e não da Petromar, a bem da empresa, Carlos Gomes permitiu-se exonerar um técnico respeitável, conhecedor dos seu trabalho, que se dedicou de corpo e alma à EAGB para aí colocar um amigo dele, um aventureiro, que não perdeu tempo em imitar Carlos Gomes, arbitrando-se subsídio de um milhão e meio. Fala-se mais insistentemente na privatização da EAGB.”
“O MDG exige do governo responsabilidade e transparência. Não vai permitir a privatização da EAGB”, garantiu Silvestre Alves.
Reportando-se ao passado, Silvestre Alves conta que em 1993, respondendo a acusação de Tiago Aleluia Lopes, um comunicado do PCD dizia que a empresa Geta Bissau não devia oito milhões de dólares e que o património da empresa dava para cobrir todas as suas dívidas mas, doze anos depois enquanto ministro das Finanças, “o dr. Victor Mandinga abusando-se das suas funções e violando as regras conseguiu libertar-se das suas dívidas.” E Silvestre Alves questiona: “Dr. Victor Mandinga pode explicar-nos hoje como é que constituiu o seu império económico? Terá esse senhor condições de representar este povo?”
Virando as baterias para o actual ministro das Finanças o líder do MDG afirma que é dono de um considerável património mas “tal como os outros não recebeu qualquer herança. De empregado do Banco Nacional a empresário e proprietário vai uma grande distância.” Mais a diante o dirigente político interroga : “Como conseguiu constituí-lo? Não terá com a sua conduta contribuído para a corrupção que hoje pretende combater?”
“Igualmente o Primeiro-Ministro Carlos Gomes é o maior ricaço guineense. Dono de um império económico, de uma parte considerável do parque imobiliário da cidade de Bissau e de várias empresas. Com ele a DICOL caiu na desgraça e foi desmantelada, sob a governação do General” afirma o líder do MDG para a seguir colocar estas questões: “Como conseguiu tamanha riqueza? Pode explicar ao povo deste país? Pode explicar ao país as razões da sua desavença com algumas figuras do PAIGC, designadamente Victor freire Monteiro que deram lugar à manchete no jornal “quim cu cobam na cobal?”
Segundo Silvestre Alves “o anúncio da nomeação do senhor Manuel dos Santos como embaixador da Guiné-Bissau em Angola constitui mais uma razão de indignação do MDG, mais um sinal de que coisa boa não virá desta relação com Angola e mais uma razão para repudiar a vinda de tropa angolana. A nomeação do senhor Manuel dos Santos é indício forte das negociatas em curso.” E remata a sua leitura assim “o nosso Presidente que não é “Presidente de zigue-zague está a deixar o país resvalar para perdição e a responsabilidade é inteiramente dele.”
“O MDG face à experiência de 1998 exige do governo a organização de debates e de referendo para esclarecer o povo e para que seja o povo a decidir”, defende Silvestre Alves. GAZNOT
SILVESTRE ALVES ERA A SEGUNDA VOZ A DIZER “NÃO” À MISSANG : 03 DE ABRIL DE 2011
Dr. Silvestre Alves |
Silvestre Alves que falava em conferência de imprensa terça-feira afirmou que MDG “é contra a vinda da tropa angolana porque vai custar muito caro ao país. É contra a vinda da tropa angolana porque a presença da tropa angolana não vai melhorar a administração, muito menos trazer a boa governação e arrisca-se a criar mais instabilidades e alguma coisa correr mal.”
Esta reacção surge, praticamente uma semana depois do lançamento no país da MISSANG (Missão de segurança Angolana na Guiné-Bissau), cerimónia que contou com a presença do ministro da defesa angolano, Cândido Pereira Van Dunem a frente de uma delegação integrada pela ministra da Comunicação Social, Carolina Cerqueira, o secretário de Estado para as Relações Exteriores, Manuel Augusto, o chefe do Estado Maior General adjunto para área de Educação Patriótica das Forças Armadas Angolanas (FAA), general Egídio Sousa e Santos, entre outros responsáveis.
O MDG diz ainda que a vinda da tropa angolana porque, quando muito, vai criar aparência de sossego, em benefício dos actuais governantes que são justamente os responsáveis pela desgraça económica, social, cultural e política do país.
Segundo Silvestre Alves, os jovens, todos aqueles que têm menos de 35 anos, “não sabem o que aconteceu neste país” e apontando o dedo acusador disse que “na verdade, os responsáveis pela instabilidade são aqueles que usaram e abusaram dos dinheiros e bens públicos. São eles que criaram a ganância. Pelo seu exemplo como Chicos espertos, os guineenses passaram a encarar a nomeação como uma oportunidade para se enriquecer, num autêntico “rabata rabata”. O Homem sério é censurado pelos próximos com a expressão sintomática que todos conhecem “abo que na bim cumpu Bissau?”
Reportando-se ao passado, o líder do partido na oposição, sem assento parlamentar, recordou que “na primeira metade da década de oitenta, veio a público o primeiro caso de desvio de dinheiros públicos que envolveu o Dr. Victor Mandinga. Foi preso, o processo foi constituído, mas parece que não chegou a ser julgado. Correu então informação de que o processo foi congelado por intervenção do então conselheiro predilecto do General, o senhor Manuel dos Santos, estratega da privatização, o homem que desmontou as empresas públicas do país, desfez o parque de armazéns vendido ao preço da chuva aos amigos e decidiu o perdão da dívida aos que pagassem metade da dívida nominal. Enfim, o homem que privatizou, sem uma lei quadro de privatização, que só se deu ao trabalho de fazer aprovar, depois das I Jornadas Jurídicas em que interpelei o prof. Sousa Franco sobre o assunto…”
“A partir dessa data a pouca vergonha começou a alastrar”, afirmou em tom crítico o líder do MDG para prosseguir dizendo que “foi criado o Banco de Desenvolvimento Económico, designado DESECO e, mais tarde o Banco Nacional de Crédito. O dinheiro público foi distribuído a amigos.” Para Silvestre Alves “muita negociata foi feita na DESECO. Havia especialistas de projectos que, como intermediários, negociavam e recebiam comissões, em pagamento de tráfico de influência, isto é, garantia aprovação e de financiamento do projecto. Foi assim que muita gente se enriqueceu do dia para a noite e despertou em muitos outros cidadãos o oportunismo, a ganância e a ideia de se aproveitar da incapacidade que os governantes da época tinham em controlar o aparelho do Estado.”
O político nomeou um cidadão que supostamente terá conseguido criar os seus negócios “com os fundos que conseguiram, na sua roda de amigos”.
Falando da Empresa de Electricidade e Águas da GuinéBisssau (EAGB), Alves referiu o ex-director geral Pedro Batista que, “enquanto director da EAGB preferiu comprar gasóleo de outro fornecedor que ficava mais barato e não da Petromar, a bem da empresa, Carlos Gomes permitiu-se exonerar um técnico respeitável, conhecedor dos seu trabalho, que se dedicou de corpo e alma à EAGB para aí colocar um amigo dele, um aventureiro, que não perdeu tempo em imitar Carlos Gomes, arbitrando-se subsídio de um milhão e meio. Fala-se mais insistentemente na privatização da EAGB.”
“O MDG exige do governo responsabilidade e transparência. Não vai permitir a privatização da EAGB”, garantiu Silvestre Alves.
Reportando-se ao passado, Silvestre Alves conta que em 1993, respondendo a acusação de Tiago Aleluia Lopes, um comunicado do PCD dizia que a empresa Geta Bissau não devia oito milhões de dólares e que o património da empresa dava para cobrir todas as suas dívidas mas, doze anos depois enquanto ministro das Finanças, “o dr. Victor Mandinga abusando-se das suas funções e violando as regras conseguiu libertar-se das suas dívidas.” E Silvestre Alves questiona: “Dr. Victor Mandinga pode explicar-nos hoje como é que constituiu o seu império económico? Terá esse senhor condições de representar este povo?”
Virando as baterias para o actual ministro das Finanças o líder do MDG afirma que é dono de um considerável património mas “tal como os outros não recebeu qualquer herança. De empregado do Banco Nacional a empresário e proprietário vai uma grande distância.” Mais a diante o dirigente político interroga : “Como conseguiu constituí-lo? Não terá com a sua conduta contribuído para a corrupção que hoje pretende combater?”
“Igualmente o Primeiro-Ministro Carlos Gomes é o maior ricaço guineense. Dono de um império económico, de uma parte considerável do parque imobiliário da cidade de Bissau e de várias empresas. Com ele a DICOL caiu na desgraça e foi desmantelada, sob a governação do General” afirma o líder do MDG para a seguir colocar estas questões: “Como conseguiu tamanha riqueza? Pode explicar ao povo deste país? Pode explicar ao país as razões da sua desavença com algumas figuras do PAIGC, designadamente Victor freire Monteiro que deram lugar à manchete no jornal “quim cu cobam na cobal?”
Segundo Silvestre Alves “o anúncio da nomeação do senhor Manuel dos Santos como embaixador da Guiné-Bissau em Angola constitui mais uma razão de indignação do MDG, mais um sinal de que coisa boa não virá desta relação com Angola e mais uma razão para repudiar a vinda de tropa angolana. A nomeação do senhor Manuel dos Santos é indício forte das negociatas em curso.” E remata a sua leitura assim “o nosso Presidente que não é “Presidente de zigue-zague está a deixar o país resvalar para perdição e a responsabilidade é inteiramente dele.”
“O MDG face à experiência de 1998 exige do governo a organização de debates e de referendo para esclarecer o povo e para que seja o povo a decidir”, defende Silvestre Alves. GAZNOT
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