MEMÓRIA DE 7 DE JUNHO DE 1998
A guerra civil na Guiné-Bissau estalou a 7 de Junho de 1998, quando o exército formado pelo brigadeiro Ansumane Mané (antigo chefe do Estado-Maior) pretendeu levar a cabo um golpe de Estado que conduzisse à queda do presidente Nino Vieira. O pretexto era a acusação pública e mandado ilegal de captura movida pelo Presidente da República, Nino Vieira, contra Ansumane Mané, sobre venda de armas aos separatistas de Casamansa (MFDC). As tropas rebeldes entraram em confronto com as forças presidenciais, que foram ajudadas pelos senegaleses. O país entrara numa guerra sangrenta, que durou cerca de 11 meses, e que fez milhares de refugiados guineenses, espalhados, sobretudo, pelos países vizinhos da Guiné-Bissau.
Tivera lugar várias tentativas de acordo entre as partes beligerantes. A primeira tentativa de acordo deu-se no mês seguinte, nos dias 25 e 26 de Julho, tendo sido celebrado o "Memorando de Entendimento", um documento que, em Agosto, viria a dar lugar ao cessar-fogo. Houve, com efeito, a colaboração das partes na trégua, que culminou, por exemplo, no reconhecimento público das instituições e da legalidade democrática, até à abertura do aeroporto Osvaldo Vieira para receber a ajuda humanitária. O estacionamento de forças de observação e interposição da CEDEAO também fora outra das condições impostas no acordo. Mesmo assim, a paz entre as duas facções não tivera sido, no entanto, alcançado de imediato.
A Junta Militar liderada por Ansumane Mané, era vista como defensora da soberania nacional, instrumento do povo para o libertar o país das garras da tirania e do sofrimento incutido pelas tropas senegalesas em apoio de Nino Vieira. As ofensivas militares dos insurgentes continuaram em 1999, tendo-se levado os revoltosos a conquistar a maior parte do território em seu favor. A capitulação de Nino Vieira viria a ter lugar em Maio de 1999. A necessidade de evitar as tropas de Ansumane Mané levou-o a pedir ajuda a Portugal, em cuja embaixada se refugiou durante 30 dias. De recordar que
Nino Vieira dirigiu-se às entidades portuguesas para lhes pedir asilo político mas - e apesar da resposta afirmativa por parte do governo de António Guterres - a Junta Militar (que substituiu Nino no governo) não autorizou a sua saída definitiva do país, sem antes ser julgado num tribunal nacional ou abdicar-se do poder. Nino Vieira optara-se pela renúncia ao poder para poder obter autorização da Junta Militar para sair do país.
A guerra civil na Guiné-Bissau estalou a 7 de Junho de 1998, quando o exército formado pelo brigadeiro Ansumane Mané (antigo chefe do Estado-Maior) pretendeu levar a cabo um golpe de Estado que conduzisse à queda do presidente Nino Vieira. O pretexto era a acusação pública e mandado ilegal de captura movida pelo Presidente da República, Nino Vieira, contra Ansumane Mané, sobre venda de armas aos separatistas de Casamansa (MFDC). As tropas rebeldes entraram em confronto com as forças presidenciais, que foram ajudadas pelos senegaleses. O país entrara numa guerra sangrenta, que durou cerca de 11 meses, e que fez milhares de refugiados guineenses, espalhados, sobretudo, pelos países vizinhos da Guiné-Bissau.
Tivera lugar várias tentativas de acordo entre as partes beligerantes. A primeira tentativa de acordo deu-se no mês seguinte, nos dias 25 e 26 de Julho, tendo sido celebrado o "Memorando de Entendimento", um documento que, em Agosto, viria a dar lugar ao cessar-fogo. Houve, com efeito, a colaboração das partes na trégua, que culminou, por exemplo, no reconhecimento público das instituições e da legalidade democrática, até à abertura do aeroporto Osvaldo Vieira para receber a ajuda humanitária. O estacionamento de forças de observação e interposição da CEDEAO também fora outra das condições impostas no acordo. Mesmo assim, a paz entre as duas facções não tivera sido, no entanto, alcançado de imediato.
A Junta Militar liderada por Ansumane Mané, era vista como defensora da soberania nacional, instrumento do povo para o libertar o país das garras da tirania e do sofrimento incutido pelas tropas senegalesas em apoio de Nino Vieira. As ofensivas militares dos insurgentes continuaram em 1999, tendo-se levado os revoltosos a conquistar a maior parte do território em seu favor. A capitulação de Nino Vieira viria a ter lugar em Maio de 1999. A necessidade de evitar as tropas de Ansumane Mané levou-o a pedir ajuda a Portugal, em cuja embaixada se refugiou durante 30 dias. De recordar que
Nino Vieira dirigiu-se às entidades portuguesas para lhes pedir asilo político mas - e apesar da resposta afirmativa por parte do governo de António Guterres - a Junta Militar (que substituiu Nino no governo) não autorizou a sua saída definitiva do país, sem antes ser julgado num tribunal nacional ou abdicar-se do poder. Nino Vieira optara-se pela renúncia ao poder para poder obter autorização da Junta Militar para sair do país.
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