segunda-feira, 8 de outubro de 2018


Um pais com cheiro de sangue



Foram muitas almas mortas durante a colonização.

Tantas almas vendidas e destroçadas durante a escravatura.

Muitos compatriotas mortos nas guerras étnico-tribais.

Homens e mulheres morreram durante a resistência.

Quantos ficaram na luta?


Não há uma estatística exata sobre combatentes e população civil mortas durante a luta pela independência.

A história ainda não esclareceu as alegadas vítimas das valas comuns do regime do presidente Luís Cabral.

Perdemos muitas almas inocentes durante a guerra civil de 1998. E nos sucessivos levantamentos militares de pós-7 de junho.

A nossa memória recente de homens mortos e desaparecidos sem que houvesse justiça.


As sucessivas disputas eleitorais que culminaram com mortes, golpes de estado, etc…

E hoje, mais uma vez estamos a assistir pacificamente atropelos no processo de recenseamento eleitoral que de antemão sabemos que poderá trazer problemas, e estamos calados.

Estamos a alegar a imposição da CEDEAO e da Comunidade Internacional para a realização do escrutínio a data marcada.

Os grandes partidos Políticos a fingirem que tudo está conforme, porque acham que estarão em vantagens.

Mais uma vez o País a cheirar sangue e carnificina, que o nosso egoísmo partidário não consegue sentir e nem ver.

Mas, desta vez, tudo será diferente. Porque conhecemos e identificamos pessoas singulares e coletivas a responsabilizar, incluindo a CEDEAO se insistirem com eleições a 18 de novembro sem que seja respeitada a constituição da Guiné-Bissau, no que concerne as leis eleitorais.

E desta vez, ninguém viajará para o estrangeiro pedindo áxilo político com a tese de que não esteve envolvido nesta decisão.

Basta de sangue neste país.

Não queremos mais mortes e mutilações neste País.

Queremos o desenvolvimento e bem-estar do nosso Povo.

Queremos eleições Livres, Justas e Transparentes, respeitando a constituição da república

Viva a Democracia, que vença a Vontade Popular.



Blungudjibá

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