quarta-feira, 3 de outubro de 2018


Uma nova forma de fazer politiquices

 Mestre Ismael Sadilú Sanhá

Hoje quando decidi fazer uma radiografia sobre a política no mundo atual ocorreu-me que na política não deve valer tudo. 

Porém, infelizmente, algumas pessoas têm recorrido à política do “bota abaixo” para macular e colocar no purgatório os colegas da mesma trincheira, pois tudo fazem para impedir quiçá a sua ascensão ou caso seja possível, afasta-los definitivamente do cenário político. 

A invenção e a calúnia têm sido utilizadas para dizer que as pessoas não estão de corpo e alma no partido pela sua amizade ou simplesmente pela sua forma de pensar. E só a cabeça de um totó, pode aceitar que uma vez que se milita num partido e faz política ativa aos olhos de toda gente, se pode pensar que se deve estar lá só porque se adora fazer papel do bobo da corte. O mais intrigante, é que quando se pede para provar, o acusador simplesmente não consegue. Uma coisa é não gostar de fulano ou sicrano, outra é quando se trata de questões meramente partidárias. 

Como disse e bem, um alto dirigente do MADEM-G15 “jamais será permitido que alguém condicione a sua amizade ou com quem deve falar ou deixar de falar”. 

No entanto, uns podem manter intactas as suas velhas amizades ou até fazer novas do outro lado da barricada, só porque acham que pode coartar o direito dos outros. 

Assim, é mais que evidente que na política não existem inimigos permanentes, mas sim adversários circunstanciais que num momento podem ter ideais divergentes e noutro ideias coincidentes. 

Quando o Pedro Santa Lopes decidiu renunciar a sua militância no PSD por não se rever na política de atual direção, o que para além de ser um dos pressupostos básicos da democracia, que é liberdade de escolher e de dar opinião, evitou-se sem dúvida que o partido fosse fustigado pela luta intestinal e por uma disputa que ninguém pode prever o alcance. Camaradas deixemo-nos de guerrinhas sem cabimento e vamos sobretudo trabalhar em prol do nosso partido, com vista à vitória final, porque a intriga e a tentativa de eliminar o outro, não será uma panaceia.

Este tipo de comportamento já deu cabo de muitos partidos e de organizações de alta dimensão. 

As pessoas estão ou não estão connosco, mas ninguém pode obrigar alguém a ir onde não quer, porque se a pessoa está lá é porque quer.

Mas como é que possível uma pessoa ser militante e pertencer aos órgãos de um partido e não se entregar a 100%? No mínimo além de ser ridículo é uma estupidez. 

Se há democracia e liberdade de escolha, cada um escolhe onde quer ir e o que quer fazer.


Bissau, 03 de outubro de 2018

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