sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Os partidos habituais, os mesmos que contribuíram para o bloqueio e a estagnação do país desde 1994, querem continuar a ser relevantes, com a ajuda de caos eleitoral, da "comunidade internacional" e da disfunção política. 

E é por isso que está claramente em andamento um plano para hipotecar o pouco que restava da democracia guineense. E estes partidos, uma meia dúzia deles, vão fazer tudo para que este processo eleitoral não decorra bem -- para simular graves condições políticas internas pós-eleitorais -- e, consequentemente, reforçarem a necessidade para a aplicação do seu Acordo de Estabilidade (excluindo a maioria dos partidos políticos guineenses), sob os auspícios da CEDEAO e da Comunidade internacional (i.e. P5). 

Já vi este circo político -- à imagem de cruel drama televisivo "House of Cards" que, infelizmente para nós, começou com o Acordo de Conacri e passou pela adenda de Lomé. E também infelizmente para nós -- por calculismo, incompetência e cumplicidade -- a metrópole política da Guiné-Bissau passou a ser a Abuja ou rotativamente outros países e capitais da sub-região. 

O nosso Presidente da República, a nossa Constituição da República e as nossas leis são apenas umas tantas "figuras e amostras" para os menos atentos, ou seja, a maioria da população que ainda acredita no existencialismo dum Estado e de um país. 

Todavia, por menos atento que ele seja, o povo guineense deve exigir o devido respeito. O MGD certamente exige respeito para com ele. Nós nunca faremos parte da conspiração política em andamento para minar o que ainda resta da nossa democracia e da nossa soberania. 

Se vamos ter eleições, então que sejam livres, justas e transparentes. E que sejam, sobretudo, democráticas. Caso contrário, tragam agora ao público a propalada proposta parlamentar de "Estabilidade Política" e vamos todos à mesa de negociação e em pé de igualdade. Desta forma pelo menos poupariam o dinheiro da própria comunidade internacional e o sacrifício do povo guineense. 

--Umaro Djau Presidente, MGD 28 de Setembro de 2018

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