PARA OS QUE VÃO NA “BERLINDA”…
Nós os contribuintes deste país e o povo em geral, temos a obrigação política de chamar atenção aos que irão ser chamados para a “berlinda” de que o fato de terem sido escolhidos não significa que vos saiu o euro milhões. No dia da Vossa investidura, vão entrar no salão do povo mártir para jurar mais uma vez respeitar a lei e a Constituição guineense e preservar a independência da nação forjada na luta e sua integridade territorial. O ritual não terá nada de ligeireza.
Representa os árduos sacrifícios consentidos pelo nosso povo e suas aspirações. A tarefa de conduzir o país a bom porto, não vai ser fácil! Não toleraremos mais a promiscuidade entre a política e os negócios pessoais dos servidores do Estado. Quem, por ventura, entender que tem mais vocação para negócios é melhor que se retire da “berlinda”!
Não cansamos de lhes recordar que receberam os nossos votos em troca do compromisso de, com urgência, apetrechar a saúde e o ensino! Garantiram-nos que a justiça será competente, célere e eficaz. À frente de todos nós, ousaram provar a terra sagrada, garantindo-nos de que jamais implementarão “reformas tribalistas” idênticas as que a tirania de Carlos Gomes Júnior tentou promover no seio das nossas gloriosas forças armadas, com o programa da MISSANG.
Recordo-vos ainda de que as razões subjacentes a “bastardia política” dos governantes são análogas às que levem a separação do vínculo conjugal (entre homem e mulher). Erro de idade de outro cônjuge ou omissão quanto à orientação sexual, prática de crime anterior, defeito físico irremediável, doença mental ou transmissível por herança genética ou contágio, podem implicar a anulação do vinculo conjugal. A incompatibilidade de génio é, também, um dos fatores da separação dos casais (ou do povo da sua liderança política). Quando fica constatado que não há condições de convivência entre as partes por total falta de afinidades/acordo em determinados setores ou em todos, a desgraça é a mesma! Refiro-me aos desentendimentos constantes aliados a incompreensão, a intolerância e a prepotência (política). Os desencontros e a falta de afinidade que conduzem a vida a dois sem motivação, algo que galvanize a família ou o povo, enfim o desamor conduz a desagregação social (e política).
Continuamos, por isso, a apelar a necessária “assinatura do compromisso de Boa Governação” por parte dos que agora vão na “berlinda”, a fim de acautelarmos a “separação conjugal” por morte, divórcio, anulação ou por “empeachement”.
Deus abençoe Guiné-Bissau!
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