CONCEITO DE CIDADANIA
CRÍTICA A
ALGUNS FILHOS DA MINHA PÁTRIA QUE JULGO NÃO ENTENDEREM E NEM VALORIZAM AINDA O
CONCEITO DE CIDADANIA
Hoje eu me atrevo a filosofar. Mesmo que não
me sinta como tal, porém a pouca noção que curso de licenciatura em filosóficos me
fornece e encoraja a filosofar.
Às vezes quero ficar em silêncio, mas sempre
há voz que me diz: “o que é mais incomodo
é o silencio dos que deveriam contribuir de alguma forma, mas não o fazem”.
O PROJETO GUINÉ BISSAU CONTRIBUTO E DOKA INTERNACIONAL oferecem-me espaço
para manifestar o meu sentimento e dar a minha contribuição. Embora tenho
utilizado esses veículos com pouca freqüência.
Neste artigo almeja-se contribuir no sentido de uma reflexão sobre ser cidadão/ã em Guiné Bissau.
Para tal suponho que em primeiro lugar vale à pena pensar na formação
acadêmica e social do cidadão para que tenha condições de pensar em seu dever
perante a nação a que pertence. Falo dessa forma norteando na obra filosófica
“A republica” do filósofo grego, o Platão.
Posso estar errado, mas não sinto medo de afirmar que o sentimento de alguns
cidadãos guineenses, não ultrapassou ainda o sentimento de pertença a: Balanta,
Bejagos, Fulas Nalu e por aí vai. Talvez porque academicamente e ou socialmente
não acordaram para visar um sentimento de pertencimento único que leve a todos
ao sentimento de nacionalista. Para mim; falte deste sentimento atrapalha e
continuará atrapalhar a nossa cidadania guineense.
Eu M’bana N’tchigna apelo
freneticamente que haja profunda transformação em nós sobre conceito de formação
do cidadão guineense. É
urgente ter encontro com identidade nacional independente de sermos; Balanta, Bejagos, Fulas Nalu etc. Uma vez que o mundo lá fora não nos vê
etnicamente. O mundo nos vê e nos trata como guineenses negros e bantus da
África! Enquanto internamente não nos vemos assim a nossa existência é
insignificante! A consciência de formação da cidadania guineense depende de nós
mesmo.
Amilcar Lopes Cabral fez bonito, pois
nos ajudou a enxergar a noção da cidadania. E por que não entendemos até hoje
esse legado? Eu pergunto: Quem está nos influenciando para negar o que somos
convocados e obrigados a reconhecer? – A cidadania guineense. Precisamos ir a
Grécia para estudar Sócrates ou Platão sobre o que é ser cidadão?
Interesse de alguns filhos e “amigos”
da Guiné Bissau não deve exercer e nem deve ser determinante a ponto de destruir
o sentimento nacionalista que floriu no
céu a bandeira da luta..! Neste ponto lembro-me de Kumba Yalá com saudade.
Pois esse valorizava interesse nacional e era nacionalista. Ele a meu ver era cidadão. Porem, não o defendo quando em várias vezes teve erros e falando até
algumas coisas que eu não falaria e nem incentivaria ninguém a falar.
Quero frisar que eu penso que todos os
guineenses, independente de que base tribal lhe trouxe ao mundo deve lutar para
compreender conceito claro e seguro da palavra cidadania. Dentro de plataforma da educação sabe-se que muitos guineenses têm
condições acadêmicas em compreender esse termo. O por quê não aderem é eu não
sei! Sabe-se que o termo cidadania
vem de cidade. Da mesma forma o termo político.
O que
significa dizer que cidadania é exercício político
do homem onde aprende a conviver com as diferencias na mesma cidade. E por quê alguns guineenses negam a convivência coletiva?
Não sejam tardios a reconhecer que ter: cidadania, civismo, educação, participação coletivos, respeito às diferenças e política não se dissociam. Da mesma forma Bijagos, Balantas, Nalus, fulas, mandingas..., não se pode dissociar nenhum do grupo. Se se busca a compreensão do termo cidadania! É urgente reconhecer a necessidade da palavra cidadania se fincar em Guiné Bissau.
Da mesma forma que Platão como cidadão
da Grécia vivia harmoniosamente com o termo.
Realce a cidadania guineense!
Licenciado em filosofia.
M’bana N’tchigna
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